Esse artigo discutirá as camadas do coração (o epicárdio, o miocárdio e o endocárdio) e explorará a sua importância clínica.
O átrio direito recebe sangue desoxigenado das veias sistêmicas, e o bombeia para o ventrículo direito, que em seguida o encaminha aos pulmões. O átrio esquerdo recebe sangue oxigenado dos pulmões, e o envia para o ventrículo esquerdo, que o distribui por todo o corpo.
Por baixo das células mesoteliais encontramos uma camada de tecido adiposo e conjuntivo que conecta o epicárdio ao miocárdio e atua como uma camada de amortecimento. Os nervos e vasos sanguíneos que irrigam o coração encontram-se no epicárdio. Nas raízes dos grandes vasos, o epicárdio se dobra e continua como pericárdio parietal, formando o saco pericárdico. O saco é preenchido com fluido pericárdico seroso, e evita o atrito durante as contrações cardíacas.
Os grandes vasos do coração são: a aorta, a artéria pulmonar, as veias pulmonares e as veias cavas superior e inferior. Por que eles são chamados grandes vasos? Porque eles são possuem grandes dimensões. O diâmetro da aorta ascendente é de 2,1 centímetros, um pouco maior que o diâmetro de uma moeda de 10 centavos de Real, que tem 2,0 centímetros!
A endocardite é a inflamação do endocárdio. A sua etiologia mais frequente é infeciosa. Afeta principalmente as valvas cardíacas danificadas e, na maioria dos casos, é causada pela bactéria Streptococcus viridans. Porém, quando a valva afetada é saudável, o patógeno mais frequente é o Streptococcus aureus. Independentemente da bactéria em causa, a patogênese é a mesma. A bactéria é transportada pela corrente sanguínea até às valvas cardíacas, onde invade o endocárdio. Elas podem causar destruição do tecido cardíaco, o que leva à formação de vegetações friáveis compostas por debris necróticos (células cardíacas mortas), trombos, e microorganismos. Porções dessas vegetações podem se soltar e viajar pela corrente sanguínea, disseminando a infecção pelo corpo e formando depósitos secundários de infecção. Se a bactéria causadora for muito virulenta, a endocardite terá um curso fulminante, resultando frequentemente em morte. Por outro lado, quando as bactérias não são tão virulentas, elas podem persistir por algum tempo no coração causando lesões nas valvas.
A endocardite infecciosa é uma infecção bacteriana ou fúngica do coração, e pode incluir as valvas cardíacas, não estando entretanto limitada somente à essas estruturas. Ela se manifesta por formações vegetativas infecciosas que podem ser agudas ou crônicas, e são perigosas, já que têm o potencial de emitir êmbolos caso sofram fragmentação.
As metades direita e esquerda do coração são separadas pelos septos interatrial e interventricular, que são contínuos entre si. Além disso, os átrios são separados dos ventrículos pelos septos atrioventriculares. O sangue flui dos átrios para os ventrículos através dos orifícios atrioventriculares (direito e esquerdo), que são aberturas nos septos atrioventriculares. Essas aberturas se abrem e se fecham alternadamente pelas valvas cardíacas, dependendo da fase do ciclo cardíaco.
Os grandes vasos que se originam do coração encaminham seus ramos para a cabeça e o pescoço, o tórax, o abdome e os membros superiores e inferiores.
Os principais ramos da aorta incluem o tronco braquiocefálico (que se bifurca nas artérias subclávia direita e carótida comum direita), a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda.
O endocárdio é a camada mais interna do coração. Ele reveste a superfície interna das quatro câmaras cardíacas, incluindo as valvas. O endocárdio tem duas subcamadas. A camada interna reveste as câmaras cardíacas e é constituída por células endoteliais. Externamente, encontramos a segunda camada, constituída por um tecido conjuntivo subendocárdico que é contínuo com o tecido conjuntivo do miocárdio. A camada subendocárdica possui ramos do sistema de condução do coração no seu interior.
As diferentes variações de doenças cardíacas congênitas geralmente não possuem etiologia conhecida. Algumas síndromes que ocorrem devido a anormalidades cromossômicas geralmente estão relacionadas a defeitos cardíacos, incluindo defeitos septais atriais, defeitos septais atrioventriculares, um ducto arterioso patente e em alguns casos até transposição de grandes vasos. As síndromes de Down e Turner estão entre as anomalias cromossômicas mais comuns e bem conhecidas.
O fluxo sanguíneo através do coração é bastante lógico. Ele ocorre em função do ciclo cardíaco, que consiste em contrações e relaxamentos alternados do miocárdio dos átrios e ventrículos. O período de contração do miocárdio é chamado de sístole, enquanto o período de relaxamento é chamado de diástole. Note que sempre que os átrios se contraem (sístole atrial), os ventrículos se relaxam (diástole ventrícular), e vice-versa. Vamos traduzir em palavras o fluxo cardíaco do coração:
Os cardiomiócitos são ricos em depósitos de glicogênio e em mitocôndrias. Isso tem um importante significado funcional, pois o miocárdio está constantemente se contraindo e precisa de uma grande quantidade de energia a todo o momento. Os cardiomiócitos também contêm grânulos amarelos de lipofuscina. Esses grânulos não possuem nenhuma importância funcional específica, mas eles são interessantes, já que são marcadores da idade da célula. Quanto mais velha for a célula, mais lipofuscina terá.
Os cardiomiócitos se comunicam através de um tipo de junção intercelular especial chamada de disco intercalar. Esses discos são compostos por três porções: junções aderentes, desmossomos e junções comunicantes (gap junctions). Esses três componentes asseguram a unidade mecânica dos cardiomiócitos, e são uma via direta para a propagação dos potenciais de ação. Por essa razão, o miocárdio funciona como um sincício, e não como um grupo de células independentes.
Internamente, o coração é dividido em quatro câmaras: dois átrios (direito e esquerdo) e dois ventrículos (direito e esquerdo).
O sangue venoso do coração é coletado para as veias cardíacas: magna, média, parva e posterior do ventrículo esquerdo. Essas veias convergem para uma estrutura venosa comum, o seio coronário, um vaso calibroso que leva sangue desoxigenado do coração para o átrio direito.
O coração precisa também de sangue oxigenado para seu adequado funcionamento. O suprimento arterial do coração é realizado por duas artérias, as artérias coronárias direita e esquerda.
O epicárdio é a camada mais externa do coração. Ele na verdade é a camada visceral do pericárdio seroso que está em contato com o miocárdio. Histologicamente, é constituído por células mesoteliais, tal como o pericárdio parietal.
O miocárdio é a mais espessa das três camadas do coração. Esta é a camada muscular que permite as contrações cardíacas. Histologicamente, o miocárdio é composto por cardiomiócitos. Os cardiomiócitos têm um só núcleo localizado no centro da célula, o que facilita a sua distinção das células musculares esqueléticas, que têm múltiplos núcleos dispersos na periferia da célula.
O coração é um órgão essencial no organismo humano. Você pode viver sem seu baço, ou com um único rim. Você possui até mesmo a capacidade de regenerar parcialmente seu fígado, mas você não pode viver sem um coração. Esse artigo fornece uma introdução à anatomia desse órgão.
A maioria dos estudantes se lembra facilmente da anatomia do coração, com seus dois átrios e dois ventrículos, responsáveis pelas diferentes fases do ciclo cardíaco. Mas para entender o funcionamento do coração também é importante conhecer a sua anatomia microscópica. Histologicamente, o coração tem três camadas de tecido: o epicárdio, o miocárdio e o endocárdio. É isso que discutiremos neste artigo.
As valvas cardíacas separam os átrios dos ventrículos, bem como os ventrículos dos grandes vasos, situando-se nos orifícios atrioventriculares e nas raízes do tronco pulmonar e da aorta. Cada uma delas possuí dois ou três folhetos, também chamados de cúspides.
Endocárdio - Uma fina membrana serosa que forra o órgão interiormente e cobre a superfície das válvulas cardíacas. É formado por um tecido epitelial de revestimento interno que nas artérias e veias chama-se endotélio. Esse tecido permite a não coagulação do sangue.
Em condições normais, a bactéria Streptococcus viridans encontra-se na cavidade oral, onde a forma mais fácil de chegar ao coração e formar vegetações em valvas doentes é durante um procedimento odontológico. Por isso, nesses casos, é importante que você informe o seu médico e seu dentista se tiver um problema nas valvas do coração, para que ele possa prescrever antibioterapia profilática.
Internamente, o coração é dividido em quatro câmaras cardíacas: dois átrios (direito e esquerdo) e dois ventrículos (direito e esquerdo).
Os vasos pelo qual o sangue chega ou saem do coração, têm suas raízes situadas na base do coração e por esta razão esta região não apresenta uma nítida delimitação. No átrio direito desembocam (chegam) as seguintes estruturas, a veia cava superior e cava inferior.
Os vasos sanguíneos que chegam ao coração trazendo sangue das diversas partes do corpo encontram-se sob baixa pressão e são denominados veias. Os que saem do coração, conduzem sangue aos órgãos sob alta pressão e são chamados artérias.
Todas as artérias conduzem o sangue do coração para o corpo, exceto a artéria pulmonar. Saindo do coração pelo ventrículo direito, o tronco pulmonar se ramifica em duas artérias pulmonares: artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda, que também se ramificam através do hilo pulmonar.
A artéria pulmonar é diferente das outras pois transporta sangue venoso, rico em gás carbônico. O sangue sai do coração (bombeado pelo ventrículo direito) e vai para os pulmões para ser oxigenado.