28 de julho de 1938
Agindo de surpresa, uma tropa da polícia desbaratou o bando encontrado na Grota de Angicos, em Poço Redondo, Sergipe. Onze deles não conseguiram escapar, entre eles, Lampião e Maria Bonita, que foram mortos e decapitados.
Poço Redondo, Sergipe, Brasil
28 de julho de 1938
As cabeças ficaram expostas no museu do Instituto entre 1938 e 1969, quando foram entregues aos familiares. O paradeiro das cabeças é desconhecido, apesar dos familiares afirmarem que estão enterradas em um cemitério de Aracaju.
cemitério Quinta dos Lázaros
cemitério da Consolação
Para vingar a morte do pai, entre outros motivos, Lampião entra para o cangaço, por volta de 1920. A princípio segue o bando de Sinhô Pereira. Mostrando-se hábil nas estratégias de luta, assume a chefia do bando em 1922, quando Sinhô Pereira deixa a vida do cangaço.
Lampião (1897-1938) foi o mais famoso cangaceiro brasileiro, chamado de "Rei do Cangaço", andava em bando cometendo crimes motivados por vingança, revolta e disputa de terra, espalhando o medo por onde passava.
Outra característica muitas vezes destacada na vida das mulheres do cangaço é a maior autonomia adquirida. Elas eram não apenas companheiras, mas também co participes, ativas nas atividades do bando. Maria Bonita, por exemplo, acolhia e orientava as recém chegadas no bando, ensinando sobre a vida no cangaço.
Cangaço foi o nome dado a um grupo de pessoas que protestava contra a situação de precariedade e injustiça social na qual vivia a população da região Nordeste do Brasil, entre os séculos XIX e XX. O termo cangaço tem origem na palavra “canga”, madeira utilizada na cabeça do gado e que servia para transporte.
Esse movimento está diretamente relacionado à disputa da terra, coronelismo, vingança, revolta à situação de miséria no Nordeste e descaso do poder público. Os cangaceiros aterrorizavam as cidades, realizando roubos, extorquindo dinheiro da população, sequestrando figuras importantes, além de saquear fazendas.
O primeiro Azulão era integrante do bando de Antônio Silvino, o segundo do bando de Sinhô Pereira, o terceiro e o quarto pertenceram ao bando de Lampião. Havia também os que não adotavam esse subterfúgio, desafiando o mundo. Bradavam os seus nomes verdadeiros para mostrar valentia.
Nomes como Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco, e José Ribeiro Filho, Zé Sereno, foram os principais cangaceiros dessa época. Cada um deles tinha o seu próprio bando, que atuava em regiões específicas do sertão.
Lampião era extremamente religioso. Lampião foi recrutado para lutar contra a Coluna Prestes, um movimento armado que passava pelo interior do Ceará na época de Lampião. Virgulino chegou a receber armas, uniformes e até o cargo de capitão do exército para combater o grupo.