O Ciclo do Ouro foi um dos ciclos da economia brasileira ao longo do período da colonização, sendo esse o momento correspondente à descoberta de ouro e diamantes em Minas Gerais e ao início da mineração como atividade econômica durante o período colonial. O ciclo da mineração se estendeu ao longo do século XVIII, mas, nas últimas décadas desse século, a atividade já estava em decadência.
Na busca de evitar a sonegação, a Coroa criou as Casas de Fundição no ano de 1520. Todo ouro encontrado deveria ser encaminhado para esse órgão, onde ele seria transformado em barras que receberiam o selo real. O ouro que circulasse dentro da colônia deveria apresentar essas características, caso contrário era considerado contrabando.
Ele teve o seu início no final do século XVII quando as exportações de açúcar tiveram uma queda substancial, com a preferência da Europa pelo açúcar holandês que além da boa qualidade também era mais barato.
Desde a chegada dos portugueses até a primeira metade do século XX, o Brasil sobreviveu economicamente falando, de três produtos: o açúcar, o ouro e o café. As demais atividades praticadas nos períodos desses ciclos eram voltadas quase que essencialmente para a subsistência.
Os altos impostos cobrados pelo governo deu origem à prática do contrabando. Os mineradores tentavam burlar a sistema de fiscalização da Coroa transportando ouro nas botas, nas roupas, nas unhas e em santos de madeira, o que fez surgir à expressão “santo do pau oco”.
As regiões que hoje correspondem os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso atraíram milhares de homens em busca de uma vida melhor: negociantes falidos, comerciantes, desocupados, imigrantes portugueses, todos vieram com o sonho de uma oportunidade que lhes proporcionassem o enriquecimento. Estima-se que a população da colônia passou de trezentos mil habitantes no ano de 1700 para mais de três milhões um século mais tarde.
Portugal se afundava em dívidas, a metrópole era sustentada basicamente por suas colônias, os altos custos com a Coroa e a diminuição da renda obtida com o açúcar gerava a necessidade de encontrar novas fontes de lucro.
No final do século XVII, a economia açucareira começou a apresentar sinais de crise. A concorrência com o açúcar produzido pelos holandeses nas ilhas da América Central obrigaram os portugueses a diminuir o valor de seu produto, o que ocasionou uma significativa queda nos lucros obtidos.
Esse foi um período que representou o maior momento de controle do Brasil por Portugal, afinal os impostos de exportação cobrados pela Coroa eram altíssimos.
Portugal que vinha atravessando dificuldades econômicas por conta de má administração e desastres naturais, viu nessas jazidas uma perspectiva de estabilidade financeira.
Para controlar a extração de ouro, a Coroa Portuguesa cobrava 20% de toda a produção de ouro no país, sendo ela remetida para Portugal. Essa cobrança era chamada de Quinto.
Dessa forma, para quem deseja investir em ouro existem fundos de ouro que podem ser adquiridos por qualquer investidor. Além disso, existem ETFs, fundos de índices, como principal objetivo seguir o preço spot do ouro no mercado.
A mineração estimulou a criação de novas vilas e cidades, os mineradores construíam casas próximas às minas para facilitar o seu trabalho, dessa forma os centros urbanos iriam adquirindo importância em um cenário que antes era dominado por elites rurais.
O que foi o ciclo do ouro? Na primeira metade do século XVIII, a descoberta de ouro na região de Minas Gerais provocou uma intensa migração de pessoas de todas as regiões do Brasil em busca do enriquecimento fácil.
Estrangeiros vindos principalmente de Portugal também vieram tentar a sorte na colônia, causando muitas vezes atritos com os garimpeiros locais. O ciclo do ouro modificaria as estruturas da colônia provocando o surgimento de novas vilas e cidades dependentes economicamente desse metal extremamente valioso.
Com a descoberta do ouro, a maioria dos escravos passou a trabalhar nas minas, as lavouras perderiam um considerável número de trabalhadores. A riqueza gerada pela descoberta do ouro não possibilitou o enriquecimento de todos os habitantes da colônia, mas sim, de uma pequena parcela da população que passou a ostentar luxo e riquezas. Apesar disso, houve uma intensa transformação na sociedade, o lucro gerado pelos metais preciosos era investido no desenvolvimento e embelezamento das vilas, além de contribuir para a efervescência cultural.
Com a descoberta de diamante em 1729, a Coroa decidiu que a exploração ficaria a cargo dos contratadores, homens de confiança do governo. Os mineradores foram expulsos das regiões das minas e as terras arrendadas a esses empresários. Com o esgotamento das minas, os governantes aumentaram a pressão pela cobrança de impostos, o que incentivou a eclosão de diversas rebeliões coloniais.
Embora o ciclo do ouro tenha trazido avanços e mudanças na macroeconomia brasileira, ele foi responsável também por revoltas no país.
Na intenção de exercer total domínio sobre a mineração, Portugal criou em 1702 a Intendência das Minas, órgão responsável por distribuir as datas (pedaços de terra a serem explorados pelos garimpeiros) e cobrar os impostos dos mineradores.
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A transferência da capital foi uma estratégia da Coroa para se aproximar da região mineradora. A proximidade do centro do poder com as minas, facilitava o controle e fiscalização do governo. Para abastecer as vilas e cidades em volta dos centros de garimpo e liga-las ao porto do Rio de Janeiro, foram construídas estradas que favoreciam a intensificação do comércio.
Candido Portinari
substantivo masculino Indivíduo que lavra; quem realiza seu trabalho na lavoura; agricultor. Aquele que possui terras lavradias (boas para a lavoura). Indivíduo que cria gado não domesticado.
São pinturas que retratam a colheita, a secagem, o transporte e até mesmo os ricos cafeicultores paulistas que encomendavam retratos ao pintor, com a plantação ao fundo. Pelas datas, é possível ver que café foi um dos personagens que perduraram durante as três décadas de atividade do artista.
Portinari pintou quase cinco mil obras e conseguiu prestígio nacional e internacional dificilmente igualado no Brasil. Sua produção retrata principalmente questões sociais. Alguma vertentes da arte como o realismo, cubismo, surrealismo e muralismo mexicano serviram de inspiração para o artista.
Candido Portinari: as 10 principais obras analisadas
Portinari retorna da Europa, animado para pintar quadros exaltando a cultura brasileira, seu povo, sua natureza e sua história. Além de retratar as questões sociais de seu país, Portinari é bastante influenciado pelos movimentos artísticos da Europa como o Cubismo e o Surrealismo.
Pela importância de sua produção estética e pela atuação consciente na vida cultural e política brasileira, Candido Portinari alcança reconhecimento dentro e fora do seu País. ... Candido Portinari morre no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação pelas tintas.
A importância do artista na sociedade vai muito além do entretenimento. Seu papel é fundamental para o desenvolvimento intelectual, formação de opinião, inclusão social, educação e por fim, é a forma mais incrível de fazer com que as pessoas enxerguem o mundo com uma outra visão.
Começou a aprender pintura aos 9 anos, em Brodósqui, ao auxiliar um grupo de artistas na decoração da Igreja Matriz da cidade. Em 1919, já vivendo no Rio de Janeiro, estudou no Liceu de Artes e Ofícios e, posteriormente, na Escola Nacional de Belas-Artes.
Pintor
Brodowski, São Paulo, Brasil
O trabalho de Brecheret combina técnicas de esculturas Europeu modernista com referências a seu país de origem através das características físicas de suas formas humanas e motivos visuais extraídos da arte brasileira arte. Muitos de seus temas são os números do Bíblia ou da mitologia clássica.