A monitorização dos pacientes por meio da aferição dos sinais vitais – temperatura corporal, batimentos cardíacos, oxigenação sanguínea e pressão arterial, fornecem informações necessárias e valiosas aos médicos, para que estes possam determinar o tratamento a ser iniciado e ou continuado.
A monitorização hemodinâmica não invasiva vem aumentando nas unidades de cuidados críticos e centro cirúrgico. O objetivo principal de utilizar a técnica não invasiva é reduzir as complicações associadas às técnicas de monitorização hemodinâmica invasiva.
A monitorização hemodinâmica é de suma importância no cuidado prestado ao paciente critico com a finalidade de reconhecer e avaliar as complicações do estado hemodinâmico do paciente para que se possa intervir com uma terapia adequada e com o intuito de prevenir assim maiores complicações melhorando assim o prognóstico ...
Fornecer alertas clínicos, medir a gravidade de doenças, oferecer feedback e eficácia clínica também são metas do monitoramento na UTI.
Sua função especifica é acompanhar os pacientes graves, observando as arritmias precoces (taquiarritmias e bradiarritmias) e ser tomado medidas profiláticas evitando intercorrências fatais.
Sendo assim, usualmente a monitorização é realizada de forma não invasiva oferecendo parâmetros vitais mais pertinentes, sendo eles os importantes: pressão arterial, pulso, temperatura, respiração, oximetria de pulso e monitorização cardíaca.
De acordo com a literatura consultada a monitorização hemodinâmica é uma técnica invasiva utilizada para medir pressões intracardíaca, intrapulmonar e intravascular(6). É usada para avaliar a função cardíaca e determinar a eficácia da terapia(7).
As indicações principais são: choque de qualquer etiologia, desconforto respiratório grave, insuficiência renal aguda, sepse grave, cirurgia cardíaca, cirurgia torácica, transplante cardíaco, hepático e renal e outras cirurgias de grande porte, síndrome nefrótica, desidratação grave, insuficiência hepática e grande ...
Os valores considerados normais para uma PAM é entre 70 a 100mmHg, sendo que abaixo de 70 pode indicar perfusão prejudicada, e acima de 100 pode ocasionar complicações com a pressão acima do que é necessário ao organismo.
A monitoração hemodinâmica básica compreende frequência cardíaca, diurese, eletrocardiograma (ECG) contínuo, oximetria de pulso continua (SpO2), pressão arterial média (PAM) não-invasiva ou invasiva, frequência respiratória, temperatura e pressão venosa central (PVC).
Acesso arterial (PAM)
Os valores normais de PVC, considerando-se a linha axilar média como o zero do transdutor, variam de 0 a 8 mmHg. Na presença de funções ventriculares direita e esquerda normais e na ausência de doença cardiovascular significante, existe uma correlação razoável entre PVC, PAD e pressão de capilar pulmonar (PCP).
Definição. A Pressão Venosa Central (PVC) é determinada pela interação entre volume intravascular, função do ventrículo direito, tônus vasomotor e pressão intratorácica. Portanto, ela fornece informações sobre três parâmetros: volume sanguíneo, eficácia do coração como bomba e tônus vascular.
As complicações relacionadas à cateterização venosa central incluem punção de artéria carótida, pneumotórax, hemotórax, tamponamento cardíaco, infecções, embolia e hidrotórax.
Cintra (2003) reforça que o principal propósito de mensurar a PVC é estimar a pressão diastólica final do ventrículo direito. Em pacientes com reserva cardíaca e resistência vascular pulmonar normal, a PVC pode orientar o manuseio hemodinâmico global.
Para a mensuração da PVC, é necessário o posicionamento de um catéter em veia central (veia cava superior), comumente utilizando-se de punção percutânea de veia subclávia ou veia jugular interna. É checado radiológicamente para certificar-se que o catéter esteja bem posicionado e não esteja dentro do átrio direito.
Pressão venosa central (PVC) é a medida da pressão existente nas grandes veias de retorno ao átrio direito do coração (veia cava superior)e representa a medida de capacidade relativa que o coração tem em bombear o sangue venoso.
A PVC pode ser aferida por: a) transdutor de pressão ou coluna de água.
Em termos fisiológicos, a mensuração da PVC é um métodos acurado da estimação da pressão de enchimento do ventrículo direito, de grande relevância na interpretação de sua função. É reforçado que o principal propósito de mensurar a PVC é estimar a pressão diastólica final do ventrículo direito.
O catéter de Swan-Ganz, constitui um método rápido para obter informações diagnósticas úteis, sem o uso do Raio-X, através da avaliação das pressões nas cavidades direitas, tronco e Artéria Pulmonar (A.P.), Capilar Pulmonar (C.P.) e débito cardíaco pela termo-diluição.
Monitorização Neurológica Invasiva Umas das grandes preocupações com os pacientes internados em UTI, especialidade na Unidade de Neurologia, é a elevação da Pressão Intracraniana (PIC) e conseqüentemente, alteração do fluxo sanguíneo cerebral, avaliado através da Pressão de Perfusão Cerebral.
Os cuidados de enfermagem realizados para esse paciente em virtude do sistema DVE/PIC foram: cabeceira do leito elevada entre 30 a 45 graus; sistema DVE/PIC em um suporte exclusivo; checagem do sistema a cada 6 horas; zerar o cateter de DVE no conduto auditivo externo, evitando o tracionamento do mesmo, em caso de ...
A sua elevação leva a redução da pressão de perfusão cerebral. Portanto, a otimização do fluxo sanguíneo cerebral (equilíbrio entre a oferta e demanda de oxigênio sanguíneo cerebral) é o objetivo central da monitorização e controle da PIC.
As indicações para o monitoramento da PIC não estão bem estabelecidas no coma não traumático, mas o monitoramento deve ser considerado uma opção quando existe suspeita clínica de hipertensão intracraniana. A pressão de perfusão cerebral (PPC) é calculada pela simples fórmula: PPC = PAM (pressão arterial média) – PIC.