Na Bíblia, é chamado “amado de Javé” e diz-se que o seu nome foi anunciado por Deus ao seu pai, o rei David. Construtor do primeiro Templo de Jerusalém, foi o terceiro e último soberano do reino unificado de Israel.
Mas, Adonias ainda assim vai provoca-lo e morre logo após tentar usar Bate-Seba, a própria mãe de Salomão, para pedir a mão de Abisague, a sunamita em casamento (1Rs 2:13-25).
Nesse tempo, “o povo de Judá e Israel era tão numeroso como a areia que está na praia do mar; eles comiam, bebiam e se alegravam. Salomão dominava sobre todos os reinos desde o Eufrates até a terra dos filisteus e até a fronteira do Egito. Esses reinos pagavam tributo e serviram Salomão durante todos os dias da sua vida. Porque Salomão dominava sobre toda a região e sobre todos os reis do lado de cá do Eufrates, desde Tifsa até Gaza, e tinha paz em toda a região ao redor”.
[4] Aqui é dito que, em todo o tempo de Salomão: “Judá e Israel habitavam seguros, cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira” (1R 4:25). Mais à frente, esse fato será lembrado pelos profetas Miquéias e Zacarias, que mencionaram a restauração do povo do Senhor por meio do Messias, se referindo à profunda paz e amor entre os filhos de Deus, usando essa mesma expressão, onde diz que “cada um se assentará debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira” e que “cada um de vós convidará ao seu próximo para debaixo da vide e para debaixo da figueira.” (cf. Mq 4:4 e Zc 3:10)
Salomão casa com a princesa do Egito, isso fez com que ele tivesse paz com a maior potência de sua época. A filha de Faraó fica morando na Cidade de Davi até o palácio ficar pronto (1Rs 3:1-2; cf. 1Rs 9:24)
O motivo de sua idolatria foi se desviar de obedecer a Deus por dar ouvidos às mulheres estrangeiras que ainda estavam apegadas aos seus falsos deuses. Dentre as obrigações de um rei, estava a proibição de multiplicar cavalos para si, principalmente buscar cavalos no Egito; além disso, era proibido ao rei multiplicar mulheres (para que seu coração não se desviasse do Senhor, exatamente como aconteceu com Salomão); também era proibido ao rei multiplicar muito seu tesouro particular (isso não o proibia de prosperar abundantemente o reino; mas apenas seu tesouro pessoal).
O profeta Aías revela a Jeroboão que ele reinará sobre dez tribos de Israel. Salomão tentou matar Jeroboão, mas ele fugiu para o Egito e ficou com Sisaque, rei do Egito até a morte de Salomão (1Rs 11:26-40).
As exigências tributárias da coroa, unidas aos cultos politeístas que os estrangeiros – e as próprias esposas do rei – introduziram em Jerusalém, foram, segundo os textos bíblicos, os principais factores de um descontentamento que, durante os últimos anos do reinado de Salomão, começou a tornar-se muito evidente entre os cidadãos da capital e entre as diferentes tribos de Israel. Os rabinos começaram a repreender o rei pela sua deterioração moral e religiosa, bem como pela prática de determinados costumes, como, por exemplo, o facto de as suas numerosas esposas lhe prepararem diariamente extravagantes alimentos que nunca chegavam a ser consumidos na sua totalidade. Os sacerdotes de Israel realçavam especialmente a responsabilidade da sua esposa egípcia, a qual acusavam de ter levado para Jerusalém mil instrumentos musicais diferentes destinados, cada um deles, à adoração de um ídolo diferente, e de ter colocado sobre a cama do rei um dossel mágico, bordado com gemas que brilhavam como estrelas, que o levava a confundir o dia com a noite, o que chegou a impedir, em determinada ocasião, que Salomão praticasse no templo os obrigatórios ritos matinais.
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A lendária sabedoria e o carácter quase divino que lhe foram atribuídos acabaram por lhe conceder poder sobre todos os seres vivos, os fenómenos da natureza, os espíritos e os demónios. Ao longo dos séculos, a sua figura acabou por se tornar numa espécie de demiurgo poderoso, ao qual foram atribuídas acções extraordinárias. Os antigos cabalistas judeus afirmavam que as pedras do Templo de Jerusalém se levantavam e baixavam por si próprias; que Deus lhe dera um tapete de seda verde e fios de ouro capaz de o transportar pelo ar com mais quarenta mil homens, e que “foi-lhe revelado o livro dos segredos, através do qual governou sobre os demónios”.
[3] O termo hebraicoקָטָן qatan, significa: jovem, pequeno, insignificante, sem importância; pequeno; insignificante. – cf. STRONG h6996
A Bíblia não dá muitos detalhes sobre as mulheres de Salomão. A primeira mulher citada como sua esposa foi a filha do Faraó, rei do Egito (1Rs 3:1;7:8) e ao que tudo indica, essa princesa do Egito era filha da rainha Tafnes (1Rs 11:20). Faraó, rei do Egito, deu a cidade de Gezer, como dote à sua filha, mulher de Salomão. (1Rs 9:16).
Felipe Morais é servo temente ao Senhor e atua como pastor na Igreja Batista do Reino, Bacharel em Teologia, colunista do Portal GUIAME, escritor (Os Segredos da PÁSCOA: e a Salvação do Povo de Deus | Perdão: assim como nós perdoamos), atua como professor no YouTube pelos canais Curso Bíblico Online e Devocional Bíblico Online.
A rainha de Sabá[9] visita a Salomão para o colocar à prova com perguntas difíceis, mas ele respondeu todas as perguntas que ela fez, e não houve nada profundo demais que Salomão não pudesse explicar. Então, a rainha de Sabá ficou como fora de si e confessa que essa sabedoria era muito além do que ela tinha ouvido falar (1Rs 10:1-13; 2Cr 9.1-12).
E então, Salomão reconhece que o Senhor foi bondoso com seu pai, porque ele andou com Deus “em fidelidade, em justiça e em retidão de coração, diante da tua face.” era apenas um jovem”[3] e pediu sabedoria para saber agir com um povo tão numeroso. Estas palavras agradaram ao Senhor que deu a ele um coração sábio e inteligente. Além disso, Deus deu a Salomão tanto “riquezas como glória, de modo que, entre os reis, não haverá ninguém semelhante a ele durante os dias da sua vida.” Mas uma coisa o Senhor colocou como uma condição; prolongaria seus dias de vida, apenas se ele fosse fiel a Deus como fez Davi. (1Rs 3:3-15; 2Cr 1.2-13)
[8] [Nota de Rodapé] da BÍBLIA SAGRADA. Tradução de João Ferreira de Almeida. 3ª ed. (Nova Almeida Atualizada). ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017, pág. 489.
Em Cantares de Salomão, há uma mulher descrita como Sulamita, que significa “a perfeita”[13] (Atenção para não confundir com o termo sunamita – de Suném – veja as notas sobre ambos os termos abaixo do texto).
Davi então deu as últimas ordens ao seu filho Salomão, morreu e foi sepultado na Cidade de Davi (1Rs 2:1-12). Suas últimas palavras foram para dar glórias a Deus (2Sm 23:1-7).
Após abençoar o povo, Salomão ora ao Senhor, lembrando das promessas feitas a Davi, seu pai. Também Salomão demonstra clara noção da grandeza de Deus ao dizer: “— Mas será que, de fato, Deus poderia habitar na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, muito menos este templo que eu edifiquei.” E pede que os olhos do Senhor estejam abertos noite e dia sobre este templo, sobre este lugar do qual disseste: “O meu nome estará ali”[7], para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar. (1Rs 8:22-53; 2Cr 6.12-42)
[9] A rainha de Sabá é também chamada de “rainha do Sul” por Cristo (cf. Mt 12:42; Lc 11:31). Sabá era um descendente de Cuxe. Cuxe deu origem à Etiópia (Gn 10:7) e, de acordo com o dicionário STRONG (ref. h7614), Sabá se tornou uma nação no sul da Arábia. Salomão cita Sabá no Salmo 72, versos 10 e 15. No livro de Jó, os sabeus, que eram os homens de Sabá, mataram os bois e jumentas e levaram tudo. Além disso, eles mataram os servos de Jó (Jó 1:14,15).
Salomão construiu o seu palácio e levou treze anos para concluí-lo. Além disso, fez a Casa do Bosque, o Salão das Colunas, a Sala do Trono que é a Sala do Julgamento e “a casa, em que haveria de morar, ele fez em outro pátio, atrás da Sala do Trono, e era uma obra semelhante à anterior. Salomão também fez uma casa semelhante à Sala do Trono para a filha de Faraó, que havia tomado por mulher.” (1Rs 7:1-12). E assim, terminou toda a construção da Casa do SENHOR e o seu próprio palácio em vinte anos (2Cr 8:1)
A figura de Salomão chegou a transcender a aura puramente humana para alcançar a categoria semidivina. Assim, chegou a afirmar-se que “entendia a linguagem das feras e das aves”, e que não precisava confiar nas testemunhas quando tinha de emitir uma sentença num dos seus célebres julgamentos, pois, pela observação das argumentações, sabia quem estava certo e quem estava errado. A tradição judaica considera-o um profeta e chega a afirmar que nele habitou o Espírito Santo, que lhe inspirara a escrita de um grande número de cantos, provérbios e salmos, embora a sua pretensa obra literária seja de origem incerta. Considera-se possível, no entanto, que tenha escrito alguns salmos e parte do chamado Livro dos Provérbios. Na imagem, O Julgamento de Salomão, de Rubens.