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Como se deu a Revolta de Felipe dos Santos?

Como se deu a Revolta de Felipe dos Santos? Essa é a pergunta que vamos responder e mostrar uma maneira simples de se lembrar dessa informação. Portanto, é essencial você conferir a matéria completamente.

Como se deu a Revolta de Felipe dos Santos?


Prezada, A Revolta de Felipe dos Santos ou a Revolta de Vila Rica ocorreu em 1920 e foi chefiada por Felipe dos Santos e Tomé Afonso Pereira, na vila e adjacências. Ela decorreu da vinda do Conde de Assumar, que viera impor a ordem na nova Capitania das Minas Gerais, pretendendo implantar casas de fundição em Vila Rica, facilitando, assim, a cobrança dos impostos. Precisava, para isso, fazer com que os paulistas obedecessem as ordens, bem como enfraquecer concentrações portugueses que usavam tropas de escravos armados para ameaçar até mesmo o poder real na capitania. Para enfraquecer essas tropas, o conde proibiu o uso de armas e roupas de seda pelos negros. Ele reestimulou a implantação dos capitães-do-mato, para que caçassem os negros fugidos e revoltosos. Os senhores das minas não queriam a casa de fundição, que deveria funcionar a partir de 23 de junho de 1720, pois isso aumentaria a cobrança dos quintos reais (um quinto do ouro era para a coroa portuguesa), dentre outras aumentos tributários que incidiriam sobre o fumo, sal, e a cachaça, entre outros produtos. Em 28 de junho de 1720, sete ou oito mascarados invadiram a casa do ouvidor Martinho Vieira de Freitas, destruindo o que puderam, inclusive papeis jurídicos. No dia 1 e 2 de julho de 1720, mais de 1.500 pessoas saíram em marcha até Riberão do Carmo, onde estava o Conde de Assumar. Aos 13 de julho, o governador ofereceu o prêmio de 100 oitavas de ouro para quem matasse um mascarado. Para piorar a situação, os denunciados eram homens ricos e influentes, bem como dois padres. Evitando se indispor com pessoas influentes, o Marquês de Assumar encontrou dois bodes expiatórios que eram pobres agricultores, o Felipe dos Santos Freire e o Tomé Afonso Pereira. Eles eram amigos do verdadeiro cabeça do motim, o riquíssimo Pascoal da Silva Guimarães, que não sofreu qualquer represália. Os pobres foram julgados, enforcados, e esquartejados, depois de  confessarem seus crimes (provavelmente, sob tortura). Como resultado de tudo isso, houve a separação da província de Minas Gerais, que saiu do poder de São Paulo, aumentando-se as ações que visavam controlar o contrabando e a evasão fiscal.