Na geração espontânea a transmissão das características definidoras de cada organismo não dependia da existência de um ou mais progenitores, ficando apenas subordinada à presença de um «princípio organizador» inerente à matéria de onde o novo organismo se formava (i. e.: nega-se o princípio da dependência genética).
Abiogênese e biogênese Não precisavam da "semente" de outro ser vivo. Essa concepção é conhecida como geração espontânea, ou abiogênese, e, segundo ela, a vida poderia surgir espontaneamente da matéria inanimada, desde que houvesse ar. As moscas, por exemplo, nasceriam da carne em decomposição.
A TEORIA DA GERAÇÃO ESPONTÂNEA O problema de origem da vida, na realidade, não era assunto que preocupava a comunidade científica até o início do século XIX, pois todos acreditavam que era possível obter seres vivos a partir de matéria inanimada, ou seja, pela geração espontânea.
Exemplo foi o inglês John Needham que, em 1745, separou um caldo nutritivo em vários frascos e os ferveu por 30 minutos, fechando imediatamente com rolhas de cortiça. Alguns dias depois, ele percebeu que os frascos foram tomados por microrganismos.
Atualmente, a lei da biogênese, atribuída a Louis Pasteur, é resultante da observação de que seres vivos provêm apenas de outros seres vivos, através da reprodução. Ou seja, que seres vivos não se formam diretamente a partir de materiais não vivos em forma como proposta na geração espontânea.
Dias depois Pasteur observou que nenhum organismo de qualquer tipo apareceu misteriosamente no interior dos frascos, ratificando que a vida não poderia surgir de matéria inanimada, como acredita-se em séculos anteriores.
Em resumo, geração espontânea é uma ideia de que algumas formas de vida são geradas espontaneamente de matéria inanimada. Essa doutrina foi sintetizada inicialmente por Aristóteles e perdurou por dois milênios.
Na sua experiência, Redi utilizou mais de 8 frascos, nos quais colocou carne em estado de putrefação. Selou fortemente a metade deles, deixou outra metade aberta e cobriu a outra metade com gaze. Desenvolveram-se larvas no frasco aberto e sobre a gaze do frasco correspondente.
Experimento conhecido como "pescoço de cisne", Louis Pasteur, colocou, inicialmente, caldos de carne em um recipiente de vidro com gargalo curvado, com a finalidade de que nenhuma partícula impura do ar entrasse em contato com o líquido.
Spallanzani ferveu o caldo por mais tempo e assim esterilizou-o adequadamente, matando todos os micróbios lá dentro. Needham retrucou que tanta ferveção acabaria com a "força vital", impossibilitando a geração espontânea. E assim, a controvérsia seguia, um século após os experimentos de Francesco Redi.