Dentre os principais sintomas da picada da jararaca, estão: sangramento, edema no local, vermelhidão, dor intensa, dificuldade de coagulação sanguínea e, em alguns casos, até mesmo hemorragias internas. Tais sintomas estão diretamente ligados a fatores como: quantidade de veneno inoculado, região do corpo afetada, a demora no atendimento, a estrutura corporal do indivíduo, entre outros fatores.
Como foi dito acima, a jararagina é a principal responsável pelos terríveis traumas e sintomas da picada da jararaca. Ela é uma proteína isolada do veneno Bothrops jararaca, cuja capacidade de danificar os tecidos epiteliais já era por demais conhecida, apesar de o seu mecanismo de ação continuar sendo um grande mistério.
As mortes devido às consequências dos sintomas da picada das jararacas já são praticamente eventos esporádicos em praticamente todos os países do mundo. E, se depender do empenho dos pesquisadores, a droga capaz de inibir também as suas sequelas não demorará a ser disponibilizada nos sistemas públicos de saúde.
Uma das novidades do trabalho foi a utilização de uma metodologia inovadora para o experimento, que permitiu visualizar a toxina no local. “Passei dois anos tentando padronizar a metodologia, dos quais seis meses na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos”, disse.
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Imagem de destaque: Folha Vitória
Os acidentes com a Bothrops jararaca representam cerca de 80% de todos os acidentes com animais peçonhentos no Brasil. Sua ação pode ser devastadora, e as consequências do seu ataque são percebidas mesmo após a administração do soro antiofídico.
O problema é que boa parte das vítimas dessa espécie vive em locais não contemplados pela presença dos Poderes Públicos e não costumam observar as práticas recomendadas para evitar o ataque. E o resultado disso é o agravamento das lesões locais, que não são combatidas com o soro.
A jararaca possui dentição solenóglifa, ou seja, dois dentes inoculadores de veneno. Além disso, elas são retráteis e estão na parte anterior do maxilar superior. No momento do ataque, eles são projetados para fora, o que agrava as consequências da mordida.
Agência FAPESP – A Organização Mundial da Saúde incluiu recentemente o ofidismo (acidentes provocados por serpentes venenosas) como uma doença tropical negligenciada. No Brasil, as picadas de jararaca (Bothrops jararaca) respondem por cerca de 90% do total de acidentes com humanos envolvendo serpentes.
Atualmente, Cristiani desenvolve uma pesquisa de pós-doutoramento, também com Bolsa da FAPESP e supervisão de Ana Moura, intitulada “Efeitos da interação entre células endoteliais e jararagina em culturas tridimensionais ricas em colágeno”.
Graças aos testes realizados no Instituto Butantan de São Paulo, descobriu-se que a jararagina, após ser injetada na corrente sanguínea, imediatamente liga-se aos vasos capilares, danificando-os. E uma consequência imediata disso é, entre outras coisas, o rompimento de determinados vasos, com consequente sangramento.
Ela é uma poderosa neurotoxina ligada a um grupo de proteínas (as metaloproteinases) descritas pela primeira vez no início dos anos 90. Elas promovem ações proteolíticas (inflamatória), incoagulantes e hemorrágicas no organismo do paciente.
O trabalho publicado é resultado de sua tese de doutorado, intitulada “Mecanismos envolvidos na ação hemorrágica de metaloproteinases de venenos de serpentes”, com Bolsa da FAPESP e orientação de Ana M. Moura da Silva, do Laboratório de Imunopatologia do Butantan.
De acordo com Cristiani Baldo, pós-doutoranda no Laboratório de Imunopatologia do Butantan e autora principal do artigo, o trabalho representa um importante avanço. “Conhecíamos a patologia e já se sabia que a proteína era hemorrágica, mas os mecanismos através dos quais ela induzia a hemorragia ainda não estavam completamente esclarecidos”, disse à Agência FAPESP .
Utilizando a técnica de microscopia confocal, a pesquisadora usou a pele de camundongos como modelo experimental. “Marcamos a toxina com uma substância fluorescente, que foi injetada na pele para determinar o caminho percorrido pela toxina”, explicou.
Caso o socorro não aconteça a tempo, estas manifestações podem evoluir para lesões profundas do tecido afetado e necrose da região — complicações que podem levar, até mesmo, à amputação de um membro.
A região da picada apresenta dor e inchaço, às vezes com manchas arroxeadas (edemas e equimose) e sangramento pelos pontos da picada, em gengivas, pele e urina. Pode haver complicações, como grave hemorragia em regiões vitais, infecção e necrose na região da picada, além de insuficiência renal.
Fisicamente, possuem um distinto um padrão de escamas com desenhos dorsais na forma de V invertido. Dependendo da região geográfica, pode ter tons cinza, ardo-esverdeados, amarelados e marrons. Por outro lado, o ventre é mais claro, com algumas manchas irregulares.
De acordo com o estudo publicado, a jararagina se fixa às proximidades dos vasos, ligando-se a componentes de matriz extracelular (responsáveis pela estrutura do vaso), comprometendo sua integridade e induzindo o sangramento local, que se constitui um dos principais sintomas do envenenamento.
O pico do efeito do veneno nos tecidos moles é em 2 a 4 dias. As equimoses são menos comuns após picadas de copperhead e cascavéis de Mojave.
O que fazer em caso de acidente com cobras
A reprodução é Vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, com o nascimento previsto para início da estação chuvosa. Quando filhote, a Jararaca, como a maioria dos membros do gênero Bothrops, possui a extremidade da cauda ligeiramente clara ou amarelada.
No Brasil, as mordidas de jararaca (Bothrops jararaca) respondem por cerca de 90% do total de acidentes com humanos envolvendo serpentes. O veneno da jararaca pode provocar lesões no local da mordida, tais como hemorragia e necrose que podem levar, em casos mais graves, a amputações dos membros afetados.
Elas só atacam quando estão com fome ou se sentem ameaçadas. Saiba mais sobre esse animal! Todo mundo de medo de cobra. Mas esse animal só ataca quando está com fome ou quando se sente ameaçado.
Quando estiver caminhando, leve consigo uma vara e mexa em arbustos e na vegetação rasteira antes de passar por estes; assim, as cobras irão fugir. Elas fugirão imediatamente para baixo de arbustos ou do capim, então não pise nestes locais!
Dependendo da espécie de cobra, ela pode matar a presa por envenenamento, por constrição ou então ingerir a presa viva. Geralmente as presas que podem oferecer algum risco para serpente (ratos, outras cobras) são mortas por envenenamento ou por constrição.
Um desfalque na população de cobras pode causar uma superpopulação de outras espécies de animais, ocasionando um desastre em nosso ecossistema. Você sabe por quê? Em primeiro lugar, as cobras são predadoras naturais de roedores, animais muito prolíferos.
Normalmente, as serpentes não costumam atacar seres humanos, mas há relatos envolvendo serpentes grandes, como pythons. Apesar de serem dóceis, existem algumas espécies particularmente agressivas, mesmo assim, a maioria não ataca seres humanos, a menos que sejam assustadas ou molestadas, preferindo evitar este contato.
As cobras são animais de sangue frio e dependem do ambiente para se aquecer. Mas não podem ficar sob o sol direto, para não ressecar. Por isso preferem os locais úmidos, escuros e quentes e se refugiam em montes de lenha, lixo, paióis , palhadas, cupinzeiros, folhagens etc.
Para afastar as cobras, é necessário evitar o acúmulo de telhas, que servem de abrigo para o animal. Além disso, é importante colocar portas com tela para diminuir as chances da cobra entrar em casa e também cuidar do local onde a ração e comida são armazenadas.
“Eles devem chamar um órgão ambiental, o Ibama ou o Corpo de Bombeiros. Não se deve tentar capturar o animal porque, pode ser perigoso”, afirma. Hirano também explica que o ideal, se possível, é isolar o ambiente. “Se for um cômodo da casa, feche as portas, as janelas e qualquer local que ela possa entrar.
Em algumas regiões, essa cobra é chamada apenas de urutu, já no Rio Grande do Sul a espécie é conhecida como cruzeira.
Cobra-corre-campo
Bothrops alternatus, conhecido popularmente como urutu, urutu-cruzeiro, cruzeiro e cruzeira, é um réptil ofídio da família Viperidae, a mesma da jararaca, cascavel e surucucu, que ocorre no Sudeste, Centro-Oeste e no Sul do Brasil, como também no Uruguai, Paraguai e Argentina.
As serpentes tem músculos muito fortes. Mesmo sem pernas, elas dão botes que são como se fossem pulos.
Sintomas de uma picada de cobra venenosa Dor que piora ao longo do tempo; Inchaço que vai aumentando e afetando mais áreas ao redor da picada; Ínguas doloridas em locais próximos da picada.
Ela pode dar botes de 1,5 a dois metros de altura. Ela avisa antes. Vai vibrar a cauda dizendo que ela está numa situação de estresse inicial. O barulho dela vibrando contra as folhas da floresta é tão forte quanto o chocalho da cascavel”, alerta o médico.
3,5 metros por segundo
Python reticulatus