A principal fonte de energia para os ruminantes são os ácidos graxos voláteis (AGV) produzidos no rúmen pela fermentação microbiana de carboidratos e, em alguns casos, da proteína, sendo o acético, propiônico e butírico os principais (Berchielli et al., 2006).
Assim, os ruminantes são mais independentes em relação da qualidade da dieta. Além disso, tornam-se possível suplementar os alimentos com nitrogênio não-protéico (NNP) como sais de amônio ou uréia (McDonald, 1995). Durante a passagem do alimento pelo rúmen, parte da proteína é degradada a peptídeos pelas proteases.
Os ácidos graxos voláteis são extensamente absorvidos pela mucosa ruminal e constituem a principal fonte de energia dos ruminantes. A biomassa microbiana flui para o omaso e abomaso e constitui a principal fonte de proteína para o ruminante.
Os carboidratos, genericamente chamados de glicídios ou açúcares, são as macromoléculas que estão presentes em maior quantidade em nosso planeta e destacam-se como a principal fonte de energia do nosso organismo. Os animais são incapazes de produzir essas moléculas, sendo necessária, portanto, a sua ingestão.
Entre os fatores que interferem na digestão de amido estão a composição química e a forma física do amido, presença de barreiras nos grãos dos cereais, fatores antinutricionais, a forma física do alimento fornecido e os diferentes tipos e intensidades de processamentos aplicados aos alimentos.
O controle da ingestão de alimentos em ruminantes é diferente de outros animais em função da existência dos pré-estômagos que antecedem o estômago verdadeiro ou abomaso, que tem como função a fermentação e digestão através da microbiota ruminal (VAN SOEST, 1994).
Dentre os principais benefícios da ingestão de fibras, podemos destacar a redução dos níveis de glicose no sangue, diminuição da pressão e dos lipídios e prevenção contra problemas crônicos, como doenças cardiovasculares, diabetes melito e câncer de cólon.