Em 14 de maio de 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em uma votação 14-1, aprovou a Resolução n° 175, que veda todos os cartórios do País a recusa de habilitar e celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo e converter a união estável homoafetiva em casamento.
O QUE É PRECISO PARA REALIZAR O CASAMENTO HOMOAFETIVO?
Legal desde à independência em 1961. (No país, nunca existiram leis contra a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo).
O valor do casamento civil varia para cada estado da federação e muda todos os anos. Atualmente, no estado de São Paulo custa R$ 417,63 para casar dentro do cartório e se for em diligência, fora do cartório o valor é de R$ 1.
Para iniciar o processo do casamento civil, os noivos devem comparecer ao cartório mais perto da residência de um deles, no máximo 60 dias e no mínimo de 30 dias antes da cerimônia, para pedir a habilitação do casamento, na qual o cartório verificará se ambos estão livres para casar.
Celebrante de Casamento é o profissional que celebra casamentos com ou sem conotação religiosa, para pessoas das diversas religiões ou mesmo para quem não pertença a nenhuma instituição religiosa.
O casamento civil gratuito está assegurado pelo artigo 1.
O casamento não está vinculado à igreja: ele é uma cerimônia civil. É o que diz o artigo 1512 de nosso Código Civil: “o casamento é civil e gratuita a sua celebração”. ... Reparem que a lei diz que o casamento religioso só é válido se ele seguir os requisitos do casamento civil.
O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. O art. 1.
Um casamento religioso ou matrimónio religioso é uma celebração em que se estabelece o vínculo matrimonial segundo as regras de uma determinada religião.
Isso porque, para católicos, o casamento é a instituição de um sacramento, tal qual o batismo, a primeira comunhão e a crisma. O valor sacramental estipulado pela igreja torna o ato de se casar um momento com muitos protocolos e diversas questões burocráticas.
Outras vantagens do casamento civil são: a presunção da paternidade, a qual se supõe que os filhos nascidos na união sejam do casal e o casal poder optar por um regime específico para a partilha de bens, que deve ser definido em contrato pré-nupcial.
As pessoas podem se casar quantas vezes quiserem. E o prazo mínimo para pedir separação judicial caiu para um ano após o casamento, em vez de dois. O divórcio agora é possível dois anos após a separação de fato (e não cinco) ou um ano depois da judicial.
"Para católicos que desejam casar novamente, a anulação religiosa é a única esperança para que o novo casamento seja realizado na igreja, já que o Vaticano proíbe o divórcio. ... "A Igreja não pode anular casamentos, mas pode reconhecer se um casamento foi nulo ou não e declarar isso."
A partir de agora é possível voltar a casar logo após um divórcio. O diploma que põe fim a este conceito legal entra em vigor esta terça-feira. A lei remonta ao início de 2017, quando o Bloco de Esquerda apresentou no Parlamento uma proposta que previa um prazo de 180 dias para voltar a casar, comum a ambos os sexos.
Para ser emitida a declaração de nulidade, os juízes devem considerar apenas causas anteriores ou concomitantes à celebração do matrimônio. O que acontece depois da cerimônia, portanto, não é levado em consideração pela Igreja. — Esses casamentos são nulos desde o começo.
Nesta terça-feira, em motu proprio (documento expedido pelo próprio pontífice), o papa Francisco promulgou novas regras para o processo canônico que reconhece a nulidade do matrimônio. Com isso, os trâmites que chegam a levar oito anos – e custar R$ 5 mil aos interessados – não devem mais ultrapassar 12 meses.
Art. 1.
180 dias
“Quem quiser pedir a anulação do casamento, tem que entrar com uma ação judicial na Vara da Família e explicar e comprovar os motivos para poder anular. Quando você anula o casamento, você volta a ter o estado civil anterior e tem toda aquela questão patrimonial, então na verdade é diferente (da separação).
O casamento religioso é considerado indissolúvel pela Igreja Católica. ... É o que faz o processo de nulidade matrimonial, conduzido pelos Tribunais Eclesiásticos –parecidos com os tribunais cíveis. A Igreja avalia se o casamento foi válido e, caso não tenha sido, ele é considerado nulo.