O ensino fundamental e médio não são tão rígidos na Finlândia como na grande maioria dos países, mas começar a ter contato com o ensino desde cedo é um passo importante para eles. ... Há apenas nove anos de escolaridade obrigatória na Finlândia. Depois do nono ano ou os 16 anos de idade, os estudos são opcionais.
A finalidade é o de propor como o adulto aprende, não avaliar sua capacidade de aprendizagem. A aprendizagem procede mais da participação em tarefas , do estudo em grupo e da experiência. O papel do educador é facilitar a aprendizagem, enfatizando, nesse procedimento, a bagagem de informação trazida por seus educandos.
O modelo educativo finlandês não é dividido entre básico, fundamental e médio, como o brasileiro. Em vez disso, segue uma estrutura obrigatória e única de nove anos, 190 dias por ano – abaixo dos 200 dias do ano letivo do Brasil. As crianças só precisam começar a frequentar a escola a partir dos sete anos.
O objetivo dessa forma de ensinar - conhecida em inglês como "project or phenomenon-based learning" ou "aprendizagem baseada em projetos/fenômenos" - é oferecer às crianças as habilidades que elas precisam para se desenvolver no século 21.
Por isso, a Finlândia está também no alto do “ranking” das despesas educacionais, que perfazem 7,1 % do Produto Interno Bruto (2015). Apesar de tudo, a Finlândia caiu claramente no “ranking” do Pisa há alguns anos.
Na década de 70, a nação foi convocada a mudar. Uma educação pública estelar passou a ser percebida como a base fundamental para a criação de um futuro menos medíocre: desenvolver o capital humano do país tornou-se a missão primordial do Estado finlandês.
Mais: obter um mestrado tornou-se a qualificação básica e obrigatória de um professor para poder ensinar nas escolas finlandesas – mesmo na educação pré-escolar. Cursos de doutorado para professores também são disponibilizados, gratuitamente, nas universidades do país.
Como oportunidades iguais a ricos e pobres ajudaram Finlândia a virar referência em educação - Fundacred. Em um espaço de 30 anos, país transformou um sistema educacional medíocre em uma incubadora de talentos que o alçou ao topo dos rankings mundiais e alavancou o nascimento de uma economia sofisticada.
Na Finlândia, as crianças aprendem somente a brincar e a ser feliz. Os países do norte da Europa, sabemos, são os melhores lugares do mundo para se ter um filho, porque estes países investem, valorizam e sustentam a criação de famílias e filhos.
Apesar de seus longos invernos e da fama dos seus habitantes, considerados pouco expansivos, a Finlândia goza de um padrão de vida muito elevado, serviços públicos eficientes e muitas florestas e lagos. O país também está muito bem posicionado em termos de solidariedade e na luta contra a pobreza e as desigualdades.
A independência da Finlândia tem 100 anos, mas o sistema educacional é mais antigo do que isso. A construção do papel social do professor envolve muitos fatores, não apenas o salário. ... Ao mesmo tempo, o governo precisa regulamentar a formação de professores para não ter uma diferença tão grande entre formações.
Os resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Aluno) foram divulgados nesta terça-feira e mostraram o Brasil na 57ª colocação em leitura.
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