Durante o seu ciclo de vida, o T. cruzi pode apresentar três formas morfológicas: amastigota, epimastigota e tripomastigota. Amastigota: apresenta forma arredondada. O núcleo e o cinetoplasto não são observados com microscópios ópticos.
Os Parasitas do gênero Leishmania são digenéticos (heteroxenos) e apresentam em seu ciclo de vida apenas duas formas evolutivas: a forma promastigota, que é flagelada e extracelular, e a forma amastigota, que é intracelular e sem movimentos.
Ciclo biológico: Ao fazer repasto sanguíneo em hospedeiro infectado, as fêmeas dos flebotomíneos ingerem sangue com macrófagos e monócitos parasitados. No intestino médio do inseto, as formas amastigotas são liberadas e após divisão se transformam nas formas promastigotas, infectantes para o homem.
Durante a fase no hospedeiro invertebrado, o T. cruzi se transforma em epimastigotas e então, no intestino posterior, diferenciam em tripomastigotas metacíclicos (um processo conhecido como metaciclogênese) os quais, eliminados pelas fezes e urina do inseto vetor, são capazes de infectar o hospedeiro vertebrado.
As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral (ou calazar), que ataca órgãos internos.
O teste confirmatório para leishmaniose visceral canina é feito por meio da técnica de Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA), que permite a detecção de anticorpos no plasma sangüíneo, o antileishmania. De acordo com o especialista, com a realização das duas técnicas as sensibilidades confiáveis podem chegar a 100%.
Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos.
- Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
O cachorro com Calazar pode apresentar sintomas diferentes, tais como:
Tipos de Imunofluorescência: Imunofluorescência Indireta (não realizada no Laboratório Gilles): Utiliza-se de um substrato contendo o antígeno a ser estudado, por exemplo, bexiga de rato ou pele de prepúcio. Este é incubado com o soro do paciente teste, para saber se tem auto-anticorpos.
A Leishmaniose Visceral Canina popularmente conhecida como Calazar é uma doença infecciosa não contagiosa transmitida tanto aos cães quanto aos seres humanos. O contagio ocorre pela inoculação do protozoário Leishmania infantum chagasi através da picada de um inseto conhecido como mosquito-palha ou birigui.
A LVC apresenta-se como importante doença parasitária em cães, em função das suas características clínicas, transmissibilidade e potencial zoonótico (GRIMA, 2005).