Quando realizamos uma avaliação antropométrica, medimos o peso, altura, comprimento, perímetro, diâmetro e dobras cutâneas.
“A cineantropometria é um método para avaliação do indivíduo em diversos âmbitos, permeando tanto o campo esportivo quanto a saúde como um todo. Essa ciência tem como vantagem oferecer muitas informações a partir de alguns testes, que permitem uma série de interpretações para um diagnóstico preciso.
Introdução: A perimetria é a mensuração em centímetros da circunferência, feita com fita métrica que consiste em encontrar o perímetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo.
A perimetria é um instrumento de avaliação utilizado pra mensurar edemas e linfedemas. As medidas devem ser feitas com fita métrica em intervalos de tempo periódicos e sempre pelo mesmo terapeuta. Nos membros superiores, tem-se como ponto de referência à fossa cubital.
NORMAS BÁSICAS Todas as DC são realizadas do lado direito; A dobra dever ser pinçada com os dedos polegar e indicador; O compasso dever estar perpendicular à DC; Após o pinçamento, espera-se um tempo de aproximado de 2 a 4 seg.
Observação: A perimetria pode ser interpretada isoladamente ou em conjunto com as mensurações das dobras cutâneas tomadas no mesmo local, podendo se estimar a densidade corporal de forma indireta. Ponto de referencia: Logo acima da glabela, borda superior da orelha e protuberância occipital externa.
Utilizando medidas simples como o Índice de Massa Corporal (IMC), o Índice de Adiposidade Corporal (IAC), as circunferências de cintura/quadril e abdômen pode-se determinar se o risco cardíaco e arterial está diminuindo com a prática de um exercício físico.
Existem várias técnicas para realizar a avaliação de composição corporal:
A avaliação da composição corporal é realizada para quantificar os principais componentes do organismo humano: ossos, musculatura e gordura corporal. Divide-se em massa magra (livre de gordura e constituída por proteínas, água intra e extracelular e conteúdo mineral ósseo) e massa gorda (gordura corpórea).
Para se determinar quadros de obesidade ou peso ideal, são utilizados métodos que envolvem a quantificação direta de gordura corpórea por meio de aparelhos sofisticados de densitometria corporal ou ressonância magnética.
Os aparelhos de bioimpedância conseguem avaliar a porcentagem de gordura, músculo, ossos e água do corpo porque uma corrente elétrica passa pelo corpo através de placas de metal. Essa corrente viaja facilmente pela água e, por isso, tecidos muito hidratados, como os músculos, deixam a corrente passar rapidamente.
A antropometria é o método mais utilizado para a avaliação da composição corporal, por ser de baixo custo, não invasivo, universalmente aplicável, e com boa aceitação pela população (3).
Dobras Cutâneas A maior proporção de gordura corporal é localizada no tecido subcutâneo e, dessa forma, a mensuração da sua espessura é utilizada como indicador de quantidade de gordura corporal localizada em determinada região do corpo.
Atualmente, o método DEXA é conside-rado padrão de referência em pesquisas e na prática clínica para a avaliação da composição corporal em obesos, principalmente por se tratar de um método rápido e seguro.
A obesidade abdominal pode ser avaliada por tomografia computadorizada, ressonância magné- tica nuclear, e por diversos indicadores antropo- métricos: circunferência da cintura (CC), razão circunferência cintura-quadril (RCCQ), índice de conicidade (Índice C) e razão circunferência cintura-estatura (RCest).
Ainda que o IMC tenha sido considerado o indicador mais confiável de gordura corporal, ele também não leva em consideração a massa muscular, o que pode indicar incorretamente uma obesidade que não existe, disse a pesquisadora Margaret Ashwell da Unviersidade Oxford Brookes, no Reino Unido, em um estudo à parte.
A Tomografia Computadorizada (TC) tem sido conside- rada a técnica mais acurada e reprodutível para medição da gordura corporal, particularmente do tecido adiposo abdominal17, permitindo a diferenciação da adiposidade subcutânea e visceral nessa região, sendo, portanto, considerada desde 1990 o método “padrão-ouro” ...
A gordura visceral é o acúmulo excessivo de tecido adiposo na parte inferior do abdômen, logo abaixo da cintura. Diferentemente da gordura abdominal subcutânea, que como o próprio nome diz se acumula bem abaixo da pele, a gordura visceral se forma ao redor das vísceras, os nossos órgãos internos.
Para descobrir qual das duas é a causa da sua 'sobra' na região da barriga, basta, com os dedos em pinça, apertar a pele do local que deseja analisar por dois segundos e observar. Caso a marca do dedo permaneça por três segundos, é sinal que há líquido retido nos tecidos periféricos.
A associação da medida da circunferência abdominal com o IMC pode oferecer uma forma combinada de avaliação de risco e ajuda a diminuir as limitações de cada uma das avaliações isoladas.
A quantidade de gordura acumulada no abdômen, avaliada através da medida da circunferência abdominal, é um importante fator de risco para doenças crônicas do coração, além de hipertensão, diabetes tipo II, vários tipos de cânceres, trombose, entre outras.
O acúmulo excessivo de gordura na região abdominal já é um conhecido indicador de risco para doenças cardiovasculares. A medida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não deve ultrapassar 94 centímetros (cm) nos homens e 90 cm nas mulheres.
A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que a cintura não ultrapasse 102cm nos homens e 88cm nas mulheres. A relação circunferência abdominal - circunferência do quadril não pode ser maior que 1,0 nos homens e 0,85 nas mulheres.