O governante deve ser sempre bom para que após sua morte sua alma seja salva. É a ética medieval, promovida pela Igreja e ainda em auge na época de Maquiavel. Já a ética política, defendida por Maquiavel, sugere que para ser um bom governante às vezes o mal deve ser a medida a ser tomada para que a cidade seja salva.
Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino que viveu no período renascentista e escreveu o livro intitulado O Príncipe, dedicado a Lourenço de Médici. Nessa obra, o autor sugeriu as condições necessárias para que um soberano absoluto fosse capaz de conquistar, reinar e, principalmente, manter seu poder.
A obra “O Príncipe”, escrita por Maquiavel em 1513, e publicada postumamente em 1532, se transformou em sua obra-prima. ... Para Maquiavel, o importante era realizar o desejo projetado, mesmo sob qualquer forma de governo – monarquia ou república, e por qualquer meio, inclusive a violência.
Em português, recomendo a edição da Companhia das Letras e também a 3ª edição revisada da Martins Fontes. As duas valem a pena, pela qualidade e preço. E evite a qualquer custo a edição da Martin Claret! A d'Os Pensadores, no caso de Maquiavel, também não é uma boa.
Para Maquiavel, metade de nossas ações é governada pela fortuna, metade pela virtù. A fortuna é fácil de entender: é o acaso, a sorte, favorável ou desfavorável.
Os conceitos de Virtù (coragem, valor, capacidade, eficácia política) e de "Fortuna" (sorte, acaso, influência das circunstâncias) têm grande importância para a concepção maquiaveliana da história.