Foi a partir do século XVI que as pessoas surdas passaram a ser vistas como educáveis. Na história da educação dos surdos, o primeiro educador de surdos teve, como alunos, filhos de pais abastados que queriam que seus filhos aprendessem a ler e escrever para que tivessem direito a receber herança.
O Congresso de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na História dos surdos, uma vez que lá, um grupo de pessoas, a maioria ouvintes, tomou a decisão que a língua oral seria utilizada na educação e no ensino de surdos, substituindo-a língua de sinais/gestuais (o comité do congresso era unicamente constituído por ...
Apesar do nome, o Congresso de Milão foi na verdade a primeira conferência internacional de educadores de surdos. Mais de 160 educadores e especialistas reuniram-se entre 6 e 11 de setembro de 1880 para discutir os rumos da educação das pessoas surdas. Esse grupo de pessoas era na maioria ouvinte.
Pelo fato de que surdos e ouvintes apresentam necessidades diferentes, além do fato de que surdos apresentam limitações, e por conta disso, requerem um atendimento mais especializado, principalmente durante o processo de alfabetização.
Sem desenvolver o conhecimento da língua materna, os gestos realizados pelo intérprete não passam de mais códigos sem sentido para a criança surda, assim como são as palavras e os números. Além disso, o método de alfabetização adotado em muitas escolas é o fônico, apoiado nos sons das letras.
As crianças surdas filhas de pais surdos têm acesso à língua de sinais desde o nascimento. Embora seja sua língua natural, não é nessa língua que ele deverá aprender a ler e escrever. ... Sua leitura de mundo é feita através de experiências visuais e concretizadas em sua língua natural.