A dependência química pode ser tratada, porém por ser uma doença crônica, é necessário que o paciente esteja em constante acompanhamento, principalmente nos primeiros anos após o início do tratamento. Não existe uma única alternativa para tratar o transtorno, ela pode variar de acordo com o quadro clínico do paciente.
O que caracteriza dependência a uma droga é: A perda do controle do uso da droga, o dependente não consegue interromper ou uma vez que começa a usar não consegue controlar as quantidades de droga que usa. A substituição progressiva de atividades importantes como o lazer ou trabalho pelo uso da droga.
De acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde, a dependência química é uma doença caracterizada pelo uso descontrolado de uma ou mais substâncias psicoativas, ou seja, que causam mudanças no estado mental da pessoa.
Algumas vezes, os dependentes químicos são vistos pela sociedade como pessoas que não possuem força de vontade, fracas e que deveriam simplesmente abandonar o vício.
Quando um dependente é excluído em seu ciclo de amizade, demitido de seu trabalho e distanciado pela família, ainda mais difíceis serão as suas chances de recuperação. Para se ter uma ideia, metade dos dependentes químicos apresenta doenças psíquicas associadas, sendo a depressão e a bipolaridade as mais comuns.
Euforia, excitação, relaxamento e alteração da percepção da realidade são apenas alguns dos efeitos das drogas que fazem com que um indivíduo recorra a elas com mais urgência a cada novo uso.
Os efeitos do abuso de drogas em membros da família, como crianças, também se estendem às finanças. O dano financeiro do vício pode levar a uma criança ser sub-educada e desnutrida. Filhos de alcoólatras e outros usuários de drogas também podem crescer em um lar altamente instável.
Além dessa dependência, as drogas destrói a saúde do usuário, causando nele perca de peso, memória, envelhecimento precoce e overdoses, problemas esses que podem levar o óbito dessa pessoa.
O uso de drogas afeta, diretamente, a cognição, capacidade de julgamento, humor e as relações interpessoais, ou seja, compromete a inserção da pessoa em sua comunidade e sua relação com esta.
Esses sentimentos podem gerar outros sentimentos nos familiares de dependentes, como medo, raiva e vergonha perante terceiros. Nery Filho e Torres (2002) apontam uma forte oscilação ante os sentimentos de raiva, de culpa e de impotência, o que revela como a droga invade a família e faz um estrago.
Elas afetam de modo temporário a estrutura e o funcionamento dos neurônios e causam alterações no humor, no comportamento e nos processos cognitivos, como a capacidade de concentração. Por causarem essas alterações, às vezes irreversíveis, essas drogas são frequentemente associadas à dependência química.