Até então, as teorias consistiam em adequar a razão humana aos objetos, que eram, por assim dizer, o "centro de gravidade" do conhecimento. Kant propôs o contrário: os objetos, a partir daí, teriam que se regular pelo sujeito, que seria o depositário das formas do conhecimento.
Por que a possibilidade do conhecimento deve ser explicada pela contribuição da sensibilidade e do entendimento? ... O conhecimento humano resulta da operação combinada dos sentidos e do entendimento. Pelos sentidos, os objetos são-nos dados; pelo entendimento, tornam-se pensáveis.
A “coisa em si” é, segundo Kant, incognoscível e não podemos conhecer mais do que os “fenômenos”, porque o que está na base desses fenômenos escapa à nossa experiencia (Anschaung): Dessa maneira, Kant considerava que o espaço, o tempo, a causalidade, as leis da natureza, não são propriedades da própria natureza, mas ...
Em princípio, a coisa em si é algo que existe por si próprio, independentemente de o sujeito perceber sua existência, tornando-o um objeto. Em Kant, o termo númeno é usado para falar da coisa em si, isto é, da coisa em sua existência pura independentemente de qualquer representação.
Tudo o que conhecemos não é a realidade, mas o que Kant chama de fenômeno, isto é, o objeto na medida em que ele é apresentado, organizado e entendido pelo pensamento. A realidade em si não está condicionada ao sujeito – por isso, é impossível conhecê-la.
Ela pode ser assim resumida: Distinção: Coisas em si são substâncias que possuem propriedades intrínsecas; fenômenos são propriedades relacionais de substâncias" (Langton, 1998, p.
Kant distingue entre a coisa em si ou númeno (a ideia ou objecto metafísico incognoscível: Deus, alma, liberdade) e a coisa para nós ou fenómeno ( exemplo: a árvore, a nuvem, o corpo físico).
Como se vê, Schiller determina a utilidade moral (e o perigo) dos costumes estéticos segundo a distinção entre moralidade e legalidade formulada na Crítica da razão prática: O essencial de todo o valor moral das ações depende de que a lei moral determine imediatamente a vontade.
“Beleza é a forma da conformidade a fins de um objeto, na medida em que ela é percebida nele sem representação de um fim.” (KANT, 1995, p. 82). Quando o sujeito contempla o belo, somente pode dizer se algo é belo se ele sentir por meio da percepção a complacência, isto é, a harmonia dos sentidos manifestados no objeto.
Mediante a análise da razão moral comum realizada por Kant, para que haja o moralmente bom, não basta que seja apenas bom; é necessário que seja ilimitadamente bom, é preciso que seja bom sem reservas; e, segundo o filósofo, esse bom sem limites é somente uma coisa: a boa vontade.