Na maioria dos estudos analisados, evidenciou-se que as dificuldades enfrentadas pelas pessoas surdas quando buscam atendimento em saúde são ligadas à comunicação, bem como desconhecimento de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) por grande parte dos profissionais de saúde.
Dessa dificuldade surgem os problemas de evasão escolar e baixo acesso ao Ensino Superior e ao mercado de trabalho. E quando se fala em comunicação, é preciso pensar na importância da Língua Brasileira de Sinais (libras), reconhecida como segunda língua oficial no país desde 2002 de acordo com a lei
A família é a principal instituição que desenvolve a primeira forma de comunicação com a pessoa surda; assim, a forma de comunicação pessoal e familiar vai direcionar como será a formação subjetiva do sujeito surdo, direcionando os níveis de interação e desenvolvimento.
A sociedade como um todo, a escola, a família e outros ambientes estão envolvidos no desenvolvimento humano. ... A sintonia entre família e escola possibilita que o desenvolvimento da criança e o processo de aprendizagem sejam ampliados.
As famílias reconhecem e acreditam na importância da Língua de Sinais como uma grande aliada no processo de comunicação com o surdo, tornando-se assim, um relacionamento no qual todos possam ser entendidos.
As famílias apontam que barreiras na comunicação com seus filhos acabam acarretando outros problemas, tais como dificuldade de compreender as necessidades e os problemas na socialização da criança, além do aparecimento de comportamentos agressivos por parte do filho (Oliveira et al., 2004).
Segundo Karnopp (2004) uma criança surda que nasce em um ambiente onde os pais utilizam a língua de sinais adquirirá tal língua da mesma forma que as crianças ouvintes adquirem uma língua oral. Assim, as crianças surdas adquirem a língua de sinais que está à sua volta sem nenhuma instrução especial.