Porém, na matriz arendtiana, a violência é apenas uma das formas de se interromper o fluxo natural dos acontecimentos. Na verdade, segundo HANNAH ARENDT, não só a violência, mas “toda ação”, concebida distinta de mero comportamento previsível, é capaz de interromper aquilo que teria acontecido naturalmente.
Quando a relação é o poder, é estabelecida sem que as pessoas envolvidas reconheçam a sua importância e necessidades , há um descompromisso por parte de alguns envolvidos que se sentem contrariados em seus direitos,causando a violência.
Arendt, em todas suas análises, defende o poder como sendo a dimensão de criar homens livres, e essa liberdade é a capacidade de agir com os outros. Ela colocou a categoria da ação para se refletir sobre o poder. Para a autora, o poder é constituído de ação, condição humana e espaço público.
Ter poder e ter força sobre algo ou alguma habilidade. Violência tem o tipo verbal quado há ofensa. e física quando se bate em alguém. Esta diferença tem suas características, porque poder você exerce com eleições, ou herdeiro de alguma coisa, e você tendo o poder, você manda em alguma coisa.
“O conceito de violência estrutural se aplica tanto às estruturas organizadas e institucionalizadas da família como aos sistemas econômicos, culturais e políticos que conduzem à opressão determinadas pessoas a quem se negam vantagens da sociedade, tornando-as mais vulneráveis ao sofrimento e à morte”.
A palavra poder vem do latim potere, e seu significado remete-nos à posse de capacidade ou faculdade de fazer algo, bem como à posse do mando e da imposição da vontade.
O poder é difuso e prepotente, insaciável e avassalador, tende a crescer sempre, e só a oposição de outro poder o restringe. O ser é difusivo e filosoficameente se pode dizer que tudo tende a ser plenamente si mesmo, além de seus limites actuais, da sua estância intrínseca, potencialmente in infinitum.
Max Weber (1991, p. 33) apresenta um clássico conceito de poder ao asseverar que: “poder significa toda probabilidade de impor a vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade”.
O poder só se exerce sobre “sujeitos livres”, enquanto “livres” — entendendo-se por isso sujeitos individuais ou coletivos que têm diante de si um campo de possibilidade onde diversas condutas, diversas reações e diversos modos de comportamento podem acontecer.
Resposta: A através de poderes jurídicos e políticos ele se edifica, estabiliza e sustenta, exerce seu poder e o legitima. O ente denominado Estado.
As cinco bases de poder apresentadas são: o poder de recompensa, o poder coercitivo, o poder legítimo, o poder de referência e o poder de especialista.
Os cinco tipos de poder
Portanto, os três primeiros tipos de poder (recompensa, coercitivo e legítimo) têm como base o poder de posição, enquanto os outros dois (competência e referência) as bases de poder são pessoais.
Um território pode ser controlado por Estado, por um grupo social (os indígenas por exemplo) ou até mesmo por um grupo criminoso.
As relações de poder do mundo atual se dão principalmente por um teor de ligação financeira . O capitalismo é selvagem e domina como forma de viver no mundo , infelizmente traz diversas vicissitudes sociais , porém , a realidade é que , as relações de poder se dão principalmente em função do dinheiro .
Constituído de quatro características simultâneas para existir: tempo, espaço, vigilância e saber. Esse Poder atua na construção do indivíduo com o auxilio de instituições como escola e família, através da formação de conduta e educação da sociedade desde o nascimento do homem.
Dentre as três formas de poder social, pode-se citar:
Para Foucault o poder é uma prática social constituída historicamente. São formas díspares, heterogêneas, em constante transformação. Constata Foucault que o poder está por toda parte e provoca ações e uma relação flutuante, não estando em uma instituição nem em ninguém.
Onde há poder, há sempre a possibilidade de resistir, de forma que poder e resistência capilarizam-se nas malhas do social em uma relação perpétua de forças, movimentos que não se anulam dialeticamente.
Para Weber poder significa “a probabilidade de impor a própria vontade, dentro de uma relação social, mesmo contra toda resistência e qualquer que seja a base dessa probabilidade (Weber, 2005)”. Neste caso, o poder envolve a capacidade potencial de impor a vontade e pode se manifestar de maneiras diferentes.
Foucault tratou de temas como loucura, sexualidade, disciplina, poder e punição, hoje vistos em várias áreas do conhecimento. ... Uma de suas ideias fundamentais é que a loucura não é algo da “natureza” ou uma “doença”, como acreditavam os psiquiatras, mas um “fato de cultura”.
Mais do que a teoria do poder, Foucault propões regras ou cautelas metodológicas. Diferentemente das concepções correntes, Foucault pretende explicar o poder sem o rei como sua fonte e natureza. ... Para ilustrar o conceito foucaultiano de poder, comenta-se uma situação atual da política nacional.
Foucault afirmou que o poder é prolixo, mas há todo um investimento de desejo de poder, a relação entre poder e interesse é muito importante. Sua preocupação fundamental é com a articulação entre saber, poder e verdade. ... Foucault aponta o entrelaçamento do saber no poder.
A posição de um dos maiores intelectuais do século 20 em relação à ditadura reflete o fascínio que ele tinha por um tema, que era recorrente em sua obra: as relações de poder. ... Apesar de ser bastante associado ao conceito de poder, Foucault jamais forneceu uma teoria unificada sobre o tema.
É o homem máquina pensado por La mettrie. Podemos chamar essa forma de existência de subjetividade pontual. Com esse exemplo quis mostrar que o homem (sujeito) em Foucault, como já dito, é histórico, é uma identidade, um composto produzido por relações de poder.
Com efeito, ser foucaultiano é também uma experimentação constante, ou seja, é ter coragem de repensar indefinidamente o mundo e a si mesmo mediante as várias linhas que se cruzam e se desprendem deste novelo que é o tempo presente.