Sociedade do cansaço é um livro curto – numa época de velocidade e esgotamento, trata-se de uma forma precisa de transmitir para o público leitor o aspecto tenebroso da valorização de indivíduos inquietos e hiperativos que se arrastam no cotidiano produtivo realizando múltiplas tarefas.
Para o filósofo sul coreano vivemos, hoje, na Sociedade do Cansaço. Uma sociedade que hipervaloriza a positividade, a “eficiência” e a “produtividade”. Entre aspas porque o superdesempenho, a supercomunicação e a superprodução levam ao colapso do “Eu”, o que o autor denomina de “infarto psíquico“.
A violência neuronal não é privativa, ela é saturante, trata-se de uma autoexploração, uma individualidade livre que está em colapso por não poder fracassar, uma eterna ambição de eficiência.
Se uma produz loucos e delinquentes, a outra produz deprimidos e fracassados. Quem não encontra a maneira adequada de produzir capital, produzir desejo, produzir pensamento vive à margem dessa sociedade. O Cansaço aparece como uma maneira de existir.
Qual a sociedade em que vivemos? A humanidade conheceu várias sociedades: bárbara, feudal, moderna, industrial, pós-industrial e, hoje, asseguram os especialistas, vivemos numa sociedade da informação. Segundo estudos, algumas regiões do mundo, já estariam ingressando numa nova sociedade do conhecimento.