Com o rigor mortis fica caracterizado o encurtamento definitivo dos sarcômeros, devido à formação do complexo actomiosina; assim, os músculos perdem a extensibilidade, tornando a carne bem menos macia (PRICE & SCHWEIGERT, 1994; LAWRIE, 2005).
Mesmo após a morte do animal a musculatura ainda permanece "viva", sendo que somente após um conjunto de reações bioquímicas e biofísicas é que o músculo transforma-se em carne. O músculo em um animal vivo se contrai por um processo de gasto/recuperação de energia sob condição aeróbica (presença de oxigênio).
O processo de contração do músculo liso é ativado pelo íon cálcio e a combinação entre cálcio e calmodulina ativa a miosina quinase a qual fosforila as cadeias leves de miosina, que fixa os filamentos de actina e realiza a contração muscular.
O mecanismo de contração do músculo liso é uma modificação do mecanismo dos filamentos deslizantes. No início da contração, os filamentos de miosina aparecem e os de actina são puxados em direção e por entre eles. O deslizamento dos filamentos de actina aproxima os corpos densos levando ao encurtamento da célula.