Na situação de capitalismo incipiente, o explorador vivia muito próximo ao explorado, daí a estalagem de João Romão estar junto aos pobres moradores do cortiço. Ao lado, o burguês Miranda, de projeção social mais elevada que João Romão, vive em seu palacete com ares aristocráticos e teme o crescimento do cortiço.
O tema em si é a denúncia social do Rio de Janeiro do fim do século XIX. A partir do determinismo e do zoomoorfismo, à luz do Realismo-Naturalismo, Aluisio Azevedo descreve, após profunda observação e análise, a degradação social das camadas baixas e do ser humano como um todo no Brasil.
João Romão
João Romão: taverneiro português, dono da pedreira e do cortiço. Representa o capitalista explorador. Bertoleza: quitandeira, escrava cafuza que mora com João Romão, para quem ela trabalha como uma máquina.
O Cortiço é um romance do escritor brasileiro Aluísio de Azevedo. A obra retrata a vida das pessoas simples em um cortiço (habitação coletiva) do Rio de Janeiro. ... Com um teor crítico, trata-se de uma exímia representação da realidade brasileira do século XIX.
1890
O Cortiço é uma obra de grande importância para a literatura nacional, já que representa um marco do Naturalismo no Brasil. Ela também acabou se tornando um documento que nos ajuda a compreender os quadros mentais da sua época.
O personagem principal da história é o cortiço, porque nele as ações acontecem de forma tão dinâmicas que o espaço ganha vida, como se fosse uma pessoa.
Bertoleza era uma fiel escrava ganho de um velho cego ao qual ela via apenas para entregar-lhe os jornais mensais. Era, além disso, amigada com um português que fazia fretes com uma carroça.
A- A característica física que marca a personagem Bartoleza de "O cortiço" é que a mesma era uma mulher negra. b- Essa característica física de Bartoleza, aprisionava a mesma na condição social de escrava. Pois a história do "livro o cortiço" retrata um período onde ainda existia o regime de escravidão no Brasil.
Pombinha – amiga, inteligente e pura. Representa o extremo oposto de Rita Baiana, com sua beleza imaculada. “A filha era a flor do cortiço (...) Bonita, posto que enfermiça e nervosa ao último ponto: loura muito pálida, com uns modos de menina de boa família”.
Morrer de pé para não viver de joelhos: o suicídio de Bertoleza em O cortiço, de Aluísio Azevedo. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 24, n.
Rita Baiana é a personificação do melhor e do pior da mulher, mas não é uma mulher comum, e sim uma dotada do orgulho e da beleza da raça negra da qual descende, aliada à ferocidade da mulher pobre que defende seu espaço e seu sustento. Ela transborda alegria e sensualidade, é corajosa, digna, guerreira.