Enquanto força designa, em sua acepção filosófica, a energia ou firmeza de algo, a violência caracteriza-se pela ação corrupta, impaciente e baseada na ira, que não convence ou busca convencer o outro, simplesmente o agride.
Para Aristóteles, violência é tudo o que vem do exterior e que se opõe ao movimento interior de uma natureza. Ela é uma qualquer alteração negativa que força algo contra a sua vontade. ... Outros filósofos, como Hegel, Marx e Nietzsche, dizem que a violência é fecunda no Homem.
Violência, para a Organização Mundial de Saúde, caracteriza-se pelo uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha a possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de ...
A violência sistêmica brota da prática do autoritarismo, profundamente enraizada, apesar das garantias democráticas tão claramente expressas na Constituição de 1988. Suas raízes, no Brasil, encontram-se no passado colonial.
A subjetiva é aquela do olhar, da má vontade, do mau pensamento, dos maus tratos no lar, de tirar vantagem, abusar da confiança, escondida, covarde e talvez a mais mesquinha. A objetiva é essa violência criada com o intuito de agredir, ferir ou obter lucro direto com a ação conscientemente violenta.
O bullyng, o assédio sexual e o assédio moral são citados por DeSousa como tipos de violência simbólica, que é capaz de agir no psicológico, emocional e cognitivo do indivíduo causando danos muitas vezes irreparáveis.
“O poder simbólico é, com efeito, esse poder invisível o qual só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem” (BOURDIEU, 1989, p.
Violência simbólica é um conceito social elaborado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, o qual aborda uma forma de violência exercida pelo corpo sem coação física, causando danos morais e psicológicos. ... Para Bourdieu, a violência simbólica é o meio de exercício do poder simbólico.
Para Bourdieu (1998) violência simbólica, é vista como a forma de coação que se apoia no reconhecimento de uma imposição determinada, seja esta econômica, social ou simbólica.
"O campo do poder é um campo de forças estruturalmente determinado pelo estado das relações de poder entre tipos de poder, ou diferentes tipos de capital.
De sua ampla e imponente produção intelectual, são três os seus principais conceitos: campo, habitus e capital, desenvolvidos em suas pesquisas durante as décadas de 1960 e 1970 sobre a vida cultural da sociedade francesa.
A teoria de Pierre Bourdieu pretende superar as oposições entre o subjeti- vismo e o objetivismo, o individuo e a sociedade, a liberdade e o determi- nismo analisando o social como existindo sob duas modalidades. De um lado nos agentes sociais, sob a forma das disposições do habitus.
Em sua teoria Bourdieu leva em consideração o fato de que cada ser humano é submetido a um processo de socialização diferente que o forma como um ser social e ao longo do tempo esse processo vai construindo também as relações de aprendizagem que acabam por transformar a percepção e a maneira de agir de cada um.
Para Bourdieu, a escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra. É nela que o legado econômico da família transforma-se em capital cultural. ... Ao mesmo tempo, quanto maior o acesso a um certo grau de ensino, menos ele é valorizado como capital cultural.
O autor defende que o mundo social é construído a partir de de estruturas objetivas e socialmente construídas, que por sua vez, são responsáveis por coagir a ação dos indivíduos. ... Para Bourdieu, o mundo social é construído a partir de três pilares: o habitus, o campo e o capital.
Para Bourdieu, o espaço social é hierarquizado pela desigual distribuição dos capitais, ele explicita que a descrição da sociedade em termos de espaço social permite enfatizar a dimensão relacional das posições sociais.
– Pierre Bourdieu: a transformação social... A dissimulação é o elo fundamental entre os esquemas sociais e a reprodução. Sendo assim, a violência simbólica é a condição para a reprodução social pelo fato de escamotear e tornar natural e inquestionável a imposição e inculcação do arbitrário cultural dominante.
Nas palavras de Bourdieu (2007), o habitus é um “sistema de disposições socialmente constituídas que, enquanto estruturas estruturadas e estruturantes, constituem o princípio gerador e unificador do conjunto das práticas e das ideologias características de um grupo de agentes” (p.
Tipos de Capitais
O Capital Próprio é a diferença de tudo o que a empresa possui (capital ativo) e deve a terceiros (capital passivo), ou seja, é o valor líquido do patrimônio de uma empresa. É a soma do capital social e suas variações, lucros e reservas, e para calculá-lo, basta subtrair o capital passivo ao capital ativo financeiro.
O “capital simbólico” é, na verdade, um efeito da distribuição das outras formas de capital em termos de reconhecimento ou de valor social, é “poder atribuído àqueles que obtiveram reconhecimento suficiente para ter condição de impor o reconhecimento” (BOURDIEU, 1987, p.