A diferença está no fato de Platão usar da razão para se chegar a verdade última, utilizando de pensamento crítico e lógica, ao contrário de Agostinho que usa como ferramenta a fé, como ponte de ligação para o conhecimento metafísico.
Agostinho teve uma grande influência de Platão no desenvolvimento do seu pensamento filosófico onde para Platão Deus era somente um intelecto, mas se transforma para Agostinho, em intelecto e criação de todas as coisas.
Santo Agostinho buscou entender os conceitos da vida por meio da psicologia, filosofia e religião, porém afirmava que cada acontecimento era uma providência divina. Era defensor da ideia de pecado original e da predestinação – teoria de que o destino da vida humana é planejado por Deus.
Agostinho sustenta que há no homem uma vontade que é livre, e que do ponto de vista moral, deve ser utilizada para fazer o bem. Se isso não acontecer, ele será o total responsável. Dessa maneira, a responsabilidade pela prática do mal moral (pecado) é exclusiva do homem.
O Livre-Arbítrio da vontade humana A concepção de Agostinho de Hipona a respeito da origem do mal tem por fundamente retirar de Deus qualquer responsabilidade de ser o autor do mal e mostrar que o responsável pela origem do mal é o próprio homem por meio do seu livre-arbítrio da vontade.
O mal é o nosso distanciamento de Deus. Santo Agostinho categoriza o mal em três formas: ontológico, físico e moral, onde respectivamente representam o ser enquanto ser, a moralidade e o sofrimento no mundo. Entretanto, Santo Agostinho somente admite a existência de um, o moral.
Para Agostinho, o único mal verdadeiro é o pecado, que não é natural. O mal é, portanto, privação de um bem que, pela graça divina, pertence ao homem. O ser humano foi criado para ser imortal e ter integridade física, mas, por causa do pecado original, que remonta a Adão, os males se distribuem no mundo.
Trata-se de um mal inerente à contingência e à finitude do ser humano como criatura, uma limitação anterior ao próprio pecado original, ou seja, à má ação do homem. Essa imperfeição é inevitável, pois sua inexistência daria origem à divinização da criatura. O mal moral é fruto da liberdade humana.
(…) Existem, sim, três tempos: o presente das coisas passadas, o presente das coisas presentes, o presente das coisas futuras. ... O que medimos é uma distensão interior: o tempo é distensão da alma. Agostinho mostra dois sentidos de distensão.
A concepção de História de Santo Agostinho deriva da tradição judaico-cristã e entende toda a história humana a partir da encarnação de Cristo. ... No pensamento desse filósofo há uma concepção de História que foi erigida a partir dos dogmas cristãos, como a encarnação, morte e ressurreição de Cristo.
Em princípio, Agostinho havia se integrado à seita Maniqueísta, uma doutrina persa que pregava a existência de dois polos equivalentes e em permanente luta no universo: o Bem e o Mal.
28 de agosto de 430 d.C.
O objetivo era treinar o controle das paixões para merecer a salvação numa suposta vida após a morte. Não é por acaso que a obra principal de Santo Agostinho seja Confissões, em que narra a própria conversão ao cristianismo depois de uma vida em pecado.
Filosofia antiga