A princípio, a educação infantil é um processo que engloba habilidades e competências cujos resultados culminarão no domínio da criança sobre determinados aspectos. Além disso, destaca-se a oportunidade que ela tem de promover outras interações, como a social e a cultural, por exemplo.
Conforme o autor, outra característica da linguagem interna refere-se à combinação ou fusão de palavras. Por um lado, verifica-se na linguagem interna o fenômeno da aglutinação de determinadas palavras como procedimento para compor outras, aptas a expressar conteúdos complexos. A palavra composta, ao cumprir essa tarefa, se manifesta funcional e estruturalmente como uma palavra e não como locução. Assim, ocorre uma unificação não apenas entre palavras, mas, sobretudo entre os sentidos que adquirem, quando entre eles se estabelece uma influência mútua da qual resulta, inclusive, o significado conferido à palavra. Considerando que a fala interior se coloca a serviço do pensamento, sua transmutação sob a forma de linguagem oral demandará mudança do papel da palavra, pela qual a função generalizadora deva ceder lugar, novamente, à função comunicativa. Sem esta mudança a oralização da fala interior resulta compreensível para quem fala, mas incompreensível para quem ouve.
Nesse sentido, tal sequência de descobertas tende a propiciar o seu desenvolvimento perante os desafios da vida escolar. Dentre as novidades, ressalta-se a grafomotricidade e o desenvolvimento da escrita.
Emília Ferreiro, uma psicóloga e pesquisadora, estudou por vários anos a teoria de Piaget. Ela buscava entender como um determinado sujeito aprende. O principal foco de suas pesquisas era descobrir se para aprender a escrever, o indivíduo utiliza dos mesmos recursos ativos e criativos estudados por Jean Piaget.
Concluindo, este artigo revisou três abordagens sobre o desenvolvimento da escrita. A perspectiva fonológica assegura que a compreensão principal no desenvolvimento da escrita é a de que as letras representam os sons das palavras faladas. Uma segunda perspectiva, aqui denominada construtivista, afirma que crianças em sociedades letradas sabem muito sobre a escrita, mesmo antes de entenderem que letras representam fonemas. Mas algumas ideias básicas da perspectiva construtivista, como o estágio silábico, não são confirmadas por estudos rigorosos. Por fim, a última parte deste artigo introduz uma perspectiva relativamente nova - a aprendizagem estatística.
Sendo assim, a técnica e prática são indispensáveis para aperfeiçoar a linguagem verbal dos estudantes, de forma que eles assimilem as informações que estão ao seu redor.
Esse período consiste na manifestação de desenhos sem formas humanas ou sem qualquer traço reconhecível. Inclusive, o momento em questão abrange as fases sensório-motora (do zero aos 2 anos) e pré-operacional (de 2 a 7 anos).
Destaque-se ainda que a psicologia histórico-cultural não é alheia ao aclaramento da trajetória culturalmente condicionada que pauta a aprendizagem da escrita na sociedade contemporânea, representando-a pelas etapas da escrita pré-instrumental, escrita gráfica não diferenciada; diferenciada, pictográfica e escrita simbólica. Com base em tais proposições lurianas, tomamos como objeto de análise a transição da escrita pictográfica em direção à escrita simbólica, propondo então a existência das subetapas da escrita pré-gráfica e do simbolismo gráfico, na base das quais a escrita simbólica edifica-se. A nosso juízo, a compreensão do processo cultural de desenvolvimento que corresponde à complexificação da linguagem oral sob a forma de linguagem interna e desta em relação à escrita representa um dos maiores contributos da psicologia histórico-cultural para a alfabetização, pois, localiza-a no bojo do desenvolvimento psíquico mais amplo, que ultrapassa em muito supostos estágios naturalmente condicionados e o momento pontual no qual se visa ensinar alguém a ler e escrever. Sob essa premissa, a periodização histórico-cultural do desenvolvimento da escrita não possui um caráter diagnóstico ou prescritivo, apontando, meramente, os meandros pelos quais os sujeitos particulares internalizam esta objetivação humana, presente no plano interpessoal e interpsíquico. Sendo assim, em sua base não reside outra coisa, senão, a qualidade da inserção cultural do sujeito.
O desenvolvimento da escrita ajuda os alunos não só a escreverem melhor, como também a se expressarem. Muitos deles até sabem escrever, mas continuam errando a escrita de algumas palavras. Já em outros casos, até sabem escrever corretamente, mas não se comunicam tão bem.
Você se lembra da primeira coisa que disse hoje ao acordar? Se não lembra, tudo bem. A maioria de nós não se recorda também. E da aula de ontem no colégio, você lembra de cor? Se não lembra, pode consultar o seu caderno, não é? Ainda bem que existe a escrita, hein?!
É grande a importância da teoria fonológica no estudo do desenvolvimento da escrita. Um dos pontos positivos dessa perspectiva está no reconhecimento de que crianças utilizam conhecimento linguístico em suas escritas. Essa perspectiva se opõe duramente ao conceito de que aprender a escrever é puramente um processo de memorização. Os trabalhos que seguem o ponto de vista fonológico foram precursores do conceito contemporâneo de que erros infantis refletem conhecimento sobre as propriedades sonoras das palavras. Estudos sobre o desenvolvimento da escrita mostram que a teoria fonológica, por si só, é capaz de explicar uma ampla gama de fenômenos. Outro aspecto positivo dessa abordagem é a utilização tanto de dados naturalísticos quanto experimentais. Essa combinação reúne a validade ecológica de observações naturalísticas ao rigor quantitativo de experimentos. A teoria fonológica tem um papel fundamental na alfabetização, já que tem orientado educadores e incentivado professores a analisarem a fala em fonemas e a ensinarem as correspondências letra-som.
Outro exemplo da evolução da forma de escrever é que hoje, já não damos tanta importância a ter uma letra bonita no caderno, porque o acesso a computadores torna mais fácil a produção da escrita em letra de forma, digitada. E vemos, nos e-mails e nas trocas de mensagens escritas simultâneas pela Internet – os chats –, uma variação da linguagem, produzida pela pressa em digitar. Por exemplo, quando escrevemos vc e tb, no lugar das palavras você e também. O uso de símbolos gráficos – os emoticons, como ; > ) (um rostinho sorrindo e piscando um olho) – tenta imitar as expressões faciais que acompanham a linguagem oral. Tudo isso mostra como a escrita é um processo vivo e ativo, inventado e reinventado pela humanidade todos os dias.
Outra dica para aumentar o desenvolvimento da escrita com os alunos é promover trabalhos colaborativos. Você pode fazer com que os estudantes trabalhem em duplas para escrever uma história. Assim, eles podem se ajudar mutuamente.
No nível pré-silábico, a criança percebe que a escrita representa o que é falado. Geralmente suas reproduções são feitas através de rabiscos e desenhos, pois ainda não conseguem relacionar as letras.