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Após a Lei Áurea, muitos libertos abandonaram os locais que moravam e procuraram empregos em outras fazendas. Descubra com este texto mais detalhes sobre como ocorreu a abolição da escravatura no Brasil, no final do século XIX. Entenda também o que foram as leis abolicionistas.
A escravidão veio para o Brasil através do mercantilismo: os negros africanos vinham substituir os nativos brasileiros na produção canavieira, pois esse tráfico dava lucro à Coroa Portuguesa, que recebia os impostos dos traficantes. Até 1850 a economia era quase que exclusivamente movida pelo braço escravo.
A escravidão durou três séculos, de 1550 até 1888. Foram 300 anos de muita injustiça. Mas os escravos não aguentaram calados aquela situação desumana. Muitos deles fugiram para esconderijos no meio do mato, chamados de quilombos.
Hoje sabemos, por exemplo, que pelo porto de Luanda - de onde saiu a maior quantidade de escravos para o Brasil - embarcaram as etnias dembos, ambundos, imbangalas, lundas e diversas outras. Os africanos eram tratados como se fossem um único povo, cuja cultura era considerada "inferior".
Esses escravos, chamados de "ladinos" (negros já aculturados), entendiam e falavam o português e possuíam uma habilidade especial na realização das tarefas domésticas. Os escravos chamados "boçais", recém-chegados da África, eram normalmente utilizados nos trabalhos da lavoura.
Os locais no Brasil que mais receberam escravos foram Rio de Janeiro, Recife e Salvador. O tráfico negreiro só foi proibido no Brasil em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queirós. Estima-se que o Brasil recebeu de 3,5 milhões a 5 milhões de africanos escravizados.
Quais os países líderes em trabalho escravo?
Do total de pessoas em trabalhos forçados no ano de 2016, 58% vivem em cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão. Somente na Índia, a escravidão atinge 18,4 milhões de pessoas. Já em Bangladesh, existem 1,2 milhão de pessoas em situação de trabalho forçado.