O linfócito é um subtipo de leucócito (glóbulo branco), e é a principal célula do sistema imunológico. Todos os leucócitos são classificados em granulócitos e agranulócitos, e os linfócitos pertencem ao grupo dos agranulócitos.
Contudo, os fagócitos não são capazes de reconhecer diretamente determinadas bactérias, pois estas se encontram rodeadas por uma cápsula. Nesses casos, as células B devem ajudar os fagócitos no processo de reconhecimento. As células B produzem anticorpos contra os antígenos contidos na cápsula das bactérias. Os anticorpos aderem à cápsula. O fagócito pode então reconhecer a bactéria.
As células Tc apresentam, normalmente, o marcador CD8, mas podem ser CD4; são essenciais para a eliminação de patógenos intracelulares, especialmente vírus. Células Tc também possuem um papel importante na rejeição de transplantes de órgãos.
As células NK fazem parte do sistema imunológico inato e são responsáveis por matar certas células infectadas por vírus e vários tipos de células tumorais. As células NK são chamadas de “exterminadoras naturais” porque, ao contrário das células T citotóxicas, elas não precisam ser ativadas para promoverem a morte de outra célula, permitindo uma resposta imune muito mais rápida.
Os monócitos são os leucócitos que possuem as maiores células, com alta atividade de fagocitose. Geralmente, eles estão concentrados em maior quantidade no local da infecção.
A leucopenia ocorre quando a contagem de leucócitos está abaixo de 4500 por milímetro cúbico de sangue. O uso de medicamentos contra infecções, como os antibióticos ou quimioterapia, podem fazer com que o número de leucócitos diminua.
Outro tipo de célula dendrítica, a célula dendrítica folicular, está presente em linfonodos e apresenta antígenos brutos (intactos), que foram ligados com um anticorpo (complexo antígeno-anticorpo) às células B. As células dendríticas foliculares ajudam as células B a responder a um antígeno.
Na microscopia de luz, os linfócitos pequenos apresentam grandes núcleos esféricos com cromatina condensada. O núcleo é circundado por uma fina borda azul e pálida, que consiste em uma quantidade mínima de citoplasma. Geralmente, nenhuma organela celular é visível nesses linfócitos, além de grânulos azurófilos ocasionais. Os linfócitos grandes têm um núcleo maior, com uma indentação, dando-lhe um aspecto em forma de rim ou feijão. Esses linfócitos também possuem mais citoplasma, com maior quantidade de grânulos azurófilos. Os grânulos azurófilos coram intensamente devido à abundância de enzimas lisossômicas, dando aos linfócitos sua aparência pontilhada.
As células NK também podem secretar várias citocinas (p. ex., IFN gama, IL-1, FNT alfa); são uma fonte importante de IFN gama. Ao secretar o INF gama, as células natural killer podem influenciar a imunidade adquirida, promovendo a diferenciação das células T auxiliares do tipo 1 (Th1) e inibindo células T auxiliares do tipo 2 (Th2).
Além disso, os linfócitos B atuam como células apresentadoras de antígenos (APC, do Inglês antigen-presenting cells). Esse tipo de célula expressa em sua superfície celular o antígeno estranho ligado a uma proteína do complexo principal de histocompatibilidade (MHC, do Inglês major histocompatibility complex), em um processo chamado de apresentação de antígeno. Além das células B, os macrófagos e as células dendríticas também participam da apresentação de antígenos, e todos eles exibem os antígenos para um subtipo de células T, chamadas de células T auxiliares (células T helper), que serão discutidas mais adiante.
Os linfócitos B (células B) se originam e amadurecem na medula óssea, daí seu nome (B vem de bone marrow, ou medula óssea em inglês). Os linfócitos B estão envolvidos na imunidade humoral, pois produzem anticorpos em resposta a antígenos estranhos (bactérias inteiras ou seus fragmentos, vírus e parasitas). Os anticorpos produzidos pelos linfócitos B servem para se ligar e neutralizar esses patógenos, bem como para marcá-los para posterior apoptose mediada por células, realizada pelas células T e NK.
Um anticorpo pode alterar sua parte constante e passar para uma classe diferente, mas sua parte variável não muda. Assim, ele sempre consegue reconhecer o antígeno específico para o qual foi formado para se fixar.
Após o rearranjo aleatório dos genes que codificam a imunoglobulina, as células B coletivamente têm o potencial de reconhecer um número quase ilimitado de antígenos singulares. O rearranjo genético ocorre em etapas programadas na medula óssea, durante o desenvolvimento da célula B. O processo inicia-se com uma determinada célula-tronco hematopoiética, prossegue nos estágios de células pró-B e pré-B, resultando em uma célula B imatura. Nesse ponto, quaisquer células que interagem com autoantígenos do próprio indivíduo (células autoimunes) são removidas da população de linfócitos B imaturos via inativação (anergia) ou apoptose. A eliminação dessas células assegura que há menos probabilidade de o sistema imunitário reconhecer esses antígenos como estranhos (tolerância imune). As células que não são removidas (isto é, aquelas que reconhecem antígeno não autoimune) continuam a se desenvolver em células B naïve maduras, deixam a medula óssea e se deslocam para os órgãos linfáticos periféricos, onde podem encontrar o antígenos.
Estão presentes pequenas quantidades de IgE na corrente sanguínea e na mucosa do sistema digestivo. Essas quantidades são maiores em indivíduos com asma, febre do feno, outros distúrbios alérgicos ou infecções parasitárias.
Células T killer (citotóxicas) aderem aos antígenos em células infectadas ou anormais (cancerígenas, por exemplo). As células T killer matam estas células fazendo furos em suas membranas e injetando enzimas nas células.
Os monócitos circulantes são os precursores dos macrófagos teciduais. Migram para os tecidos e lá, em aproximadamente 8 horas, diferenciam-se em macrófagos em decorrência da ação do M-CSF, secretado por diversos tipos celulares (p. ex., células endoteliais e fibroblastos). Nos locais de infecção, as células T ativadas secretam citocinas [p. ex., interferon-gama[INF-gama], as quais induzem a produção do fator inibidor de migração de macrófagos, prevenindo a saída dessas células do local.
Alogênicas: produzidas em resposta a células que expressam produtos de MHC estranhos (p. ex., nos transplantes de órgãos em que as moléculas MHC do doador não são compatíveis com as do receptor)
As células natural killer (NK) pertencem a uma categoria de células coletivamente denominada células linfoides inatas (que também englobam as ILC1, ILC2 e ILC3). As células NK representam 5 a 15% das células mononucleares do sangue periférico e têm um núcleo arrendondado e citoplasma granular. Induzem a apoptose das células infectadas ou com várias outras anomalias por meio de diferentes vias. Como outras células linfoides inatas, não têm receptores para antígenos específicos; entretanto, evidências recentes sugerem que algumas células NK tem algum tipo de memória imunológica.
Resposta imunológica secundária: Depois disto, no entanto, sempre que as células B se depararem com o antígeno novamente, as células B de memória rapidamente reconhecem um antígeno, se multiplicam, se transformam em plasmócitos e produzem anticorpos. Esta resposta é rápida e eficaz.
Acredita-se que as células NK típicas sejam importantes na vigilância contra certas células tumorais. Elas expressam tanto receptores ativadores como inibidores. Os receptores ativadores nas células NK podem reconhecer muitos ligantes nas células-alvo [p. ex., a cadeia A (MICA) e a cadeia B (MICB) relacionadas com a classe I do MHC]; os receptores inibitórios nas células NK reconhecem moléculas do MHC classe I. As células NK só podem destruir seus alvos quando não há sinal forte de receptores inibitórios. A presença de moléculas MHC da classe I (normalmente expressas nas células nucleadas) nas células, portanto, previne a destruição das células; sua ausência indica que a célula está infectada por alguns vírus que inibem a expressão do MHC ou que perdeu a expressão do MHC porque o câncer modificou a célula.
A dieta para imunidade baixa ou dieta neutropênica é um tipo de dieta que tem como objetivo fortalecer o sistema imune e diminuir o risco de infecção em pessoas que possuem o sistema imunológico enfraquecido devido à leucemia, transplante de medula óssea ou tratamento quimioterápico, por exemplo.
Filgrastim é indicado para: Redução da duração da neutropenia e incidência de neutropenia febril em pacientes tratados com quimioterapia citotóxica para doenças malignas (com exceção da leucemia mieloide crônica e de síndromes mielodisplásicas);
A febre pode ocorrer durante o tratamento e requer uma investigação imediata, pois pode ser sinal de uma infecção, resultado da queda de resistência.
Como os bastões costumam estar à esquerda na lista, quando há um aumento do seu número diz-se que há um desvio para a esquerda no hemograma. Portanto, se você ouvir o termo desvio à esquerda, significa apenas que há um aumento da produção de neutrófilos jovens. Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros.