O atendimento do Sebrae é destinado a pequenos negócios. A empresa é de porte. Você está utilizando os serviços do Sebrae porque possui parcerias que atuam em benefício dos pequenos negócios?
Implementar projetos de responsabilidade social é uma forma de estreitar os laços com os funcionários e com a comunidade em geral, pois visando o bem estar social, a organização estabelece um relacionamento saudável com os funcionários, parceiros comerciais, fornecedores e consumidores. Isso ajuda a empresa a se tornar um lugar melhor para se trabalhar, pois melhorando a qualidade de vida dos funcionários, o rendimento e a produtividade deles aumenta e, por consequência, os da empresa também.
Conceito amplo, com muitos significados e sinónimos – como cidadania corporativa e desenvolvimento sustentável -, a responsabilidade social é um movimento voluntário de empresas, que adotam posturas, comportamentos e ações que visam o bem-estar dos colaboradores, parceiros, comunidade, meio ambiente, entre outros atores. Todavia, não deve ser confundida por ações compulsórias impostas pelo governo ou por quaisquer incentivos externos (como fiscais, por exemplo).
A preocupação central dos pesquisadores era pensar formas de fazer com que as empresas tivessem responsabilidade sobre seus colaboradores e a comunidade em que se inseriam.
A cadeia de valor pode ser uma grande oportunidade para as micro e pequenas empresas desenvolverem estratégias de sustentabilidade e de ESG em seus negócios. Cada vez mais, as grandes empresas exigem que seus fornecedores adotem práticas sociais, ambientais e de governança, pilares da agenda ESG. A sustentabilidade já não é uma tendência, mas uma realidade. Pesquisas mostram que 74% dos consumidores, de 18 a 29 anos, preferem marcas sustentáveis e 60% dos consumidores tendem a ser mais leais às marcas que realizam um programa de reciclagem. A cadeia de valor passou a ser fundamento de competitividade e inovação para as micro e pequenas empresas. Aquelas que forem capazes de diferenciar-se no mercado, com uma agenda ESG, destacam-se de seus concorrentes, abrindo novas oportunidades de negócios. Dessa maneira, torna-se necessário tirar as práticas ESG do papel e estipular uma meta, por menor que seja o impacto. Significa ter em mente que ações ESG não são, apenas, para grandes empresas. Além disso, para ser inovador, um negócio precisa gerar e compartilhar valor. Ou seja, só é inovador quem gera impacto positivo na sociedade. Como a agenda ESG gera valor Práticas ESG geram valor às empresas, tornando-as, entre outros fatores, mais transparentes. Exemplo disso é a empresa Malwee que, segundo seu CEO, Guilherme Weege, tem buscado inovações ambientalmente responsáveis, como a diminuição de 25% de água na produção de qualquer peça de vestuário e trabalho com o conceito do fio do futuro, que é a matéria-prima feita com roupas descartadas e materiais recicláveis. Outra empresa que adota práticas ESG com o objetivo de gerar valor à marca e ao negócio é a Natura. De acordo com Denise Hills, diretora global de sustentabilidade, a estratégia da organização está focada na responsabilidade e no impacto que os negócios geram. Assim, sustentabilidade passa a ser uma estratégia corporativa, e os negócios devem buscar resolver questões da sociedade, materializando ações em produtos e serviços. É possível verificar ações da Natura que servem de exemplos de práticas ESG, como: definição de metas 100% carbono zero até 2030, forte ação de inclusão e diversidade, 100% varejo com renda digna, cadeia de valor com total aversão à infração de direitos humanos e 95% de produtos biodegradáveis, reciclados e recicláveis. Outro fator importante na discussão sobre a potencialização da agenda ESG na cadeia de valor é o trabalho e fortalecimento da rede de fornecedores. É o que tem feito a empresa Raízen, que movimenta cinco mil parceiros, sendo 56% de pequeno porte com mais de mil categorias e com 55 mil itens distintos. Nesse sentido, a Raízen implementou uma forte agenda na área de suprimentos, contribuindo para que a rede de fornecedores consiga aperfeiçoar seus processos internos. Parcerias com o Sebrae também permitem criar cadeias de valor, estimulando as relações de parceria que promovem a sustentabilidade, trazendo soluções para a sociedade. O Fórum Encadear 2022, promovido pelo Sebrae, em agosto, teve como objetivo contribuir para melhorar a competitividade, a sustentabilidade, a inovação entre os pequenos negócios inseridos ou com potencial inserção nas cadeias de valor de grandes empresas. Confira o painel Potencialize resultados com práticas ESG na cadeia de valor. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores
Com um olhar sempre no futuro, desenvolvemos e disseminamos conhecimentos de teorias e métodos de Administração de Empresas, aperfeiçoando o desempenho das instituições brasileiras através de três linhas básicas de atividade: Educação Executiva, Pesquisa e Consultoria.
Reduzir ou neutralizar as emissões de carbono é uma das formas de contribuir com o objetivo da ONU de redução das emissões de gases do efeito estufa. Segundo a ONU, essas emissões globais, em 2030, precisam ser de 25% a 55% menores do que em 2018. Isso para diminuir o aumento de temperatura média da Terra entre 1,5°C e 2°C, temperatura considerada segura para os estudiosos do clima. Ser carbono zero ou carbon free significa calcular o total das suas emissões, reduzi-las conforme suas possibilidades e, ainda, balancear o restante das emissões por meio da compensação. E uma das maneiras de compensar está na compra de créditos de carbono em mercados voluntários ou na recuperação de áreas degradadas via arranjos florestais. Esse conceito de carbono zero foi estabelecido pelo acordo de Paris, quando líderes mundiais concordaram em reduzir as emissões até 2030. No caso do Brasil, a meta é reduzir em 43% as emissões totais até 2030. No entanto, o país está aumentando sua emissão de gases do efeito estufa. Houve crescimento de 10% apenas em 2020, ou seja, mais de 2,17 bilhões de toneladas de dióxido de carbono ou cerca de 10 toneladas de Co2 por habitante foram enviados para atmosfera. Como fazer o cálculo de emissões de gases de efeito estufa? A ferramenta do cálculo é, na verdade, um inventário que quantifica as emissões de GEEs emitidos pelas instituições ou empresas, a partir do perfil de emissões. Esse inventário é feito a partir da coleta de dados sobre o consumo de energia, geração de resíduos, consumo de água, transportes da empresa, entre outros. Os objetivos desse inventário são: compensar as emissões de GEEs, contribuir com a meta global de neutralização de carbono e atender às exigências legais. No geral, o processo de inventário é composto pela fase de concepção e implantação de um programa de carbono zero de acordo com a necessidade da empresa e, posteriormente, pela fase de plantio, descarbonização e manutenção. A partir da implantação do programa carbono zero, a empresa pode receber o certificado do carbono neutralizado e começar a utilizar o selo com credibilidade junto aos seus clientes. Assim, o carbono zero pode ser considerado uma espécie de balança ambiental, na qual são calculados GEEs emitidos pela empresa no ambiente durante seu processo produtivo. O desequilíbrio deve ser compensado com a neutralização de uma quantidade presente na atmosfera. Dessa forma, espera-se que a empresa tenha um “crédito”, neutralizando mais do que emitindo GEEs. Por isso, fala-se em “crédito de carbono”. Para cada uma tonelada de CO2, que não foi para atmosfera, tem-se um crédito de carbono. As Conferências sobre Mudança do Clima das Nações Unidas (ONU) consideram que o aquecimento médio do planeta deve chegar no máximo a 1.5 Cº. Segundo o Relatório do painel intergovernamental de mudanças climáticas (IPCC), as consequências, caso a temperatura ultrapasse esse ponto, serão graves ao planeta, como extinção de 99% dos corais e recifes, de 16% das plantas, 18% dos insetos e 8% dos vertebrados, entre outros danos. Para diminuir essas consequências, duas ações são fundamentais: contenção da queima de combustíveis fósseis e a diminuição do desmatamento das florestas, grandes emissores de CO² e outros gases de efeito estufa. O desequilíbrio gerado pela ação humana na natureza faz com que seja urgente sociedade e empresas adotarem iniciativas socioambientais em seu cotidiano. Apesar de parecer pequena, toda ação tomada em prol da preservação do planeta tem impacto relevante. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores
O caso da Mercadona na Espanha . É uma grande empresa supermercadista que lançou uma ambiciosa campanha de responsabilidade social nas áreas ecológica e urbana, por meio de quatro tipos de ações:
Empresas socialmente responsáveis assumem um conjunto de princípios, diretrizes e práticas que buscam ressignificar o papel de seus negócios e, assim, gerar mais valor e reputação para a marca. Em outras palavras, seus stakeholders passam a valorizar mais algumas empresas por seus posicionamentos e práticas em prol da população.
Já a responsabilidade social integra todas essas dimensões, que são históricas e utilizadas em diferentes áreas e que, hoje, sintetiza em uma ação de um indivíduo ou de uma empresa" comenta.
Você sabe o que significa o termo green bonds ou títulos verdes? São títulos de renda fixa emitidos por empresas, governos e organizações multilaterais para viabilizar iniciativas econômicas de sustentabilidade. Os green bonds vêm ganhando destaque no mercado por conta do cenário de investimentos. Esses títulos estão disponíveis em vários mercados e podem ser uma importante mola de alavancagem para novas iniciativas e tecnologias de sustentabilidade dentro das organizações. A projeção para 2022 é de que os investimentos globais alcancem US$ 1 trilhão. No entanto, segundo a Climate Bonds Initiative (CBI), para reduzir a lacuna de capital que dificulta a transição para uma economia de baixo carbono, é necessário chegar a US$ 5 trilhões/ano até 2025. Também são conhecidos como o nome de títulos sociais, sustentáveis ou green, social, sustainability e sustainability-linked bonds. A diferença entre essas nomenclaturas está no foco principal, no social, no ambiental ou em critérios ESG (como sustainability-linked bonds). Para cada um desses títulos, há um foco específico de investimento. Veja abaixo: Realizar a transição para uma economia sustentável exige bastante investimento. Os títulos verdes são vantajosos por serem recursos financeiros disponibilizados para aplicação em processos e projetos de sustentabilidade e ESG. É fundamental essa destinação de recursos para que governos e organizações possam desenvolver tecnologias de produção mais sustentáveis, alinhadas com diretrizes de sustentabilidade global, traduzidos no Acordo de Paris e na Agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. No Brasil, o mercado de green bonds ainda é recente. Seus primeiros registros foram em 2015. Conforme a Climate Bonds Initiative, o volume acumulado é de US$ 11,2 bilhões emitidos pelas instituições brasileiras. No entanto, na América Latina, o país só perde para o Chile, que soma US$ 11,9 bilhões. Como funcionam os green bonds? O dinheiro arrecadado dos investidores e sua emissão ocorre da mesma forma que qualquer outro título governamental ou privado. Os investidores que compram os títulos verdes esperam retorno financeiro com a valorização dos títulos. Geralmente, esses títulos possuem benefícios fiscais como isenção de impostos, o que os torna um investimento mais atraente. Para sua aplicação, os green bonds precisam ser verificados por instituições que têm o papel de avaliar e atestar a validade dos projetos sustentáveis aos quais eles serão destinados. No Brasil, existem duas instituições responsáveis por fazer essas avaliações: Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Para a emissão de um título verde, o processo é parecido com um título convencional. Primeiro, é feita uma análise de mercado e a elaboração do projeto. Após análise, empresas ou governos elaboram um projeto com foco ambiental ou que contribua para mudanças climáticas. Em seguida, é feita a certificação. Antes de ser emitido, o título deve ser analisado por uma avaliadora externa para garantir que os recursos serão destinados para projetos verdes e com indicadores de impacto bem definidos O terceiro passo é a emissão e oferta do título a investidores. Um órgão intermediador, como um banco, uma agência financeira ou corporações credenciadas emitem o título. Por fim, é feita a pós-emissão. A empresa deverá reportar relatórios contendo detalhamento dos investimentos do título verde. Há uma série de garantias e documentações necessárias para emissão dos títulos verdes. Informações do projeto, como o fluxo de caixa e ativos, fiança e contratos de venda com recebíveis, são algumas garantias necessárias. Os ganhos com os títulos verdes são inúmeros. Existe ainda a possibilidade de captações com prazos mais longos, visando a ampliar a capacidade de investimento em projetos e ações socioambientais. Além disso, os green bonds permitem a prevenção dos riscos originados pelas mudanças climáticas. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores
A responsabilidade social diz respeito às atitudes e ações que empresas adotam, de forma voluntária, que buscam promover o bem-estar social. Uma organização socialmente responsável é aquela que possui uma forma de gestão ética e transparente colocando em prática projetos voltados para o benefício da sociedade.
Isso significa que mesmo pequenas e médias empresas podem contribuir com a sociedade, ainda que em causas mais específicas.
ESG é uma tendência em ascensão no mundo dos negócios. Investidores, consumidores e a sociedade de forma geral levam em consideração marcas e empresas que possuem práticas responsáveis e comprometidas com o meio ambiente, com as questões sociais e de governança. Atualmente, investir em empresas vai muito além de observar lucros e receitas, dívidas e passivos, capacidade de gestão ou qualidade de produtos e serviços. Na hora de investir ou adquirir produtos, investidores e consumidores analisam outros fatores, como a adoção de boas-práticas de sustentabilidade, governança e relações sociais. Nesse contexto, surge o termo ESG (Environmental, Social and Governance), desenvolvido para orientar empresas, investidores e consumidores focados em boas-práticas empresariais que garantam maior responsabilidade social, ambiental e de governança. Ao que tudo indica, esse movimento veio para ficar e tende a ampliar sua esfera de importância, inclusive para as micro e pequenas empresas, visto o grande crescimento e relevância do ESG junto a instituições financiadoras e consumidores. A Bloomberg estima que a agenda ESG deva atrair US$53 trilhões em investimentos em 2025. Desde 2014, houve um aumento de 68% em investimentos para empresas que praticam ESG. Conforme a pesquisa EY Future Consumer Index 2021, 61% dos consumidores brasileiros passaram a observar os valores praticados pelas empresas das quais pretendem comprar. Ou seja, além de ser uma tendência, adequar-se ao ESG passa a ser cada vez mais um pré-requisito de competitividade e sobrevivência no mercado. Por que uma empresa deve adotar ESG? Há boas justificativas para que uma empresa se atente a importância de construir e implantar práticas ESG no seu negócio. Vamos ver alguns pontos importantes: Acesso a investimentos e crédito Instituições financiadoras têm preferido alocar capital em organizações que já internalizaram agenda ambiental, social e de governança. ESG promete ganhar mais espaço ainda Os três pilares do ESG possuem extrema importância no mercado financeiro e em instituições de investimento. Há uma direção clara para que as organizações adotem estratégias de sustentabilidade e ESG, com implicações financeiras para as empresas que não o fizerem. Implantar ESG ajuda a correr menos riscos Empresas com boas práticas de ESG correm menos riscos de enfrentar problemas jurídicos, trabalhistas, fraudes e sofrer ações por impactos ao meio ambiente. Como estão em constante análise e acompanhamento de métricas de uma agenda ESG, as empresas se dedicam a desenvolver melhores relações com os seus colaboradores, reguladores, fornecedores e clientes. Além disso, por conta dos mecanismos de auditoria, espera-se uma redução de desvios, de suborno e de corrupção dentro das empresas. ESG aumenta a rentabilidade e diminui custos As empresas que focam em ESG têm vantagens no mercado, com a possibilidade de reduções nos custos e aumento da rentabilidade a médio e longo prazo. Isso por conta da atração e fidelização de clientes, com produtos mais sustentáveis. Práticas ambientais, como diminuição de consumo de água e energia, por exemplo, também podem causar diminuição nos custos e aumento de aporte financeiro. Potencial valorização da marca e maior transparência Com as práticas ESG, há uma maior valorização da empresa e da marca junto aos consumidores e a sociedade. Da mesma forma, a governança exige maior transparência e controle das ações e práticas desempenhadas pela empresa, mostrando, na prática e regularmente, ações e resultados claros e objetivos, por meio de relatórios ESG comprometidos com o caminho que estão seguindo. Como você pode perceber, a lista de vantagens é bastante significativa para as empresas, investidores e consumidores. No entanto, simples promessas em adotar práticas sustentáveis não bastam. Implantar uma jornada ESG na sua empresa exige estudo, análise, planejamento e estratégias que caibam no seu bolso, já que investimentos iniciais são necessários. Ninguém faz verde no vermelho, não é mesmo? Mais do que um mero conceito, ESG representa ganho de força e competitividade, além de ampliar a aceitação de seus produtos, marcas e serviços no mercado. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores
Visa atender à crescente demanda da sociedade por uma maior contribuição das empresas em relação aos problemas sociais, ambientais, éticos e trabalhistas existentes, assim como pela adoção de uma postura de maior responsabilidade das empresas pelos impactos que geram.
E não há nada de errado nisso, já que sócios, acionistas e empreendedores buscam retorno sobre seus investimentos.
Para isso, instalou 120 painéis fotovoltaicos na cobertura do prédio e, dessa maneira, gera energia limpa.
Na sociologia, responsabilidade social é visto como uma maneira de retribuir a alguém ou a um grupo, por algo alcançado ou cedido, a fim de modificar para melhor o sujeito ou o local que recebeu o impacto de quem está retribuindo. Já os primeiros estudos sobre o tema iniciaram nos anos 1950, nos Estados Unidos.