A sondagem de hipóteses de escrita funciona como um ditado diagnóstico a fim de verificar quais níveis de aprendizagem a criança se encontra, portanto as hipóteses de escrita são: pré-silábica, silábica sem valor sonoro convencional, silábica com valor sonoro convencional, silábico-alfabética e alfabética.
Emília afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Neste processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo.
Nível Silábico-Alfabético: - Entende que a escrita é representada pelo som da fala; - Realiza uma leitura termo a termo (não global); - Já realiza combinações de vogais e consoantes em uma mesma palavra, sendo então uma tentativa de combinar sons.
Os níveis de aprendizagem
Os níveis conceptuais linguísticos No trabalho com os cinco níveis conceptuais, utilizamos a nomenclatura considerada a mais conhecida entre os professores: Nível 1 – pré-silábico (fase pictórica, gráfica primitiva e pré-silábica propriamente dita) Nível 2 – intermediário I Nível 3 – silábico Nível 4 – intermediário II ...
Dentro deste nível podemos identificar três fases importantes: Quantitativo: para cada sílaba o aluno põe uma letra sem pensar na correspondência sonora. Qualitativo: escreve para cada sílaba uma letra com correspondência sonora. Exemplo: para casa escreve “ca” ou “cz”.
R: Intrafigurais: a criança vê a palavra e percebe a quantidade de letras que ela contém. Interfigurais: a criança percebe que a letra não tem forma fixa. Que uma palavra sozinha não tem significado.
O termo psicogênese pode ser compreendido como origem, gênese ou história da aquisição de conhecimentos e funções psicológicas de cada pessoa, processo que ocorre ao longo de todo o desenvolvimento, desde os anos iniciais da infância, e aplica-se a qualquer objeto ou campo de conhecimento.
Seu domínio da linguagem oral permite-lhe compreender o conteúdo de textos escritos de uso social: contos, avisos, cartazes, anúncios, embalagens, notícias, etc. Desta maneira, de acordo com Ferreiro, a criança que cresce em um meio "letrado" está exposta à influência de uma série de interações.
Considerando que nosso sistema de escrita é alfabético, a escrita espontânea pode ser compreendida como toda a produção gráfica da criança que se encontra em processo de compreensão do princípio alfabético, mesmo quando ainda não domina este princípio.
Ao contrapor-se à concepção associacionista da alfabetização, a Psicogênese da Língua Escrita apresenta um suporte teórico construtivista, no qual o conhecimento aparece como algo a ser produzido pelo indivíduo, que passa a ser visto como sujeito e não como objeto do processo de aprendizagem.
A principal contribuição da psicogênese é essa – de conseguirmos ler como o sujeito pensa que se estrutura o sistema alfabético – e, dentro dessa leitura, ver as várias interpretações que esses alunos dão; além disso, é preciso que o professor saiba ressignificar a teoria de Ferreiro.
Psicologia Genética Wallon propõe a psicogênese da pessoa completa, ou seja, o estudo integrado do desenvolvimento. Considera que não é possível selecionar um único aspecto do ser humano e vê o desenvolvimento nos vários campos funcionais nos quais se distribui a atividade infantil (afetivo, motor e cognitivo).
Assim como Piaget, Wallon divide o desenvolvimento em etapas, que para ele são cinco: impulsivo-emocional; sensório-motor e projetivo; personalismo; categorial; e puberdade e adolescência. Ao longo desse processo, a afetividade e a inteligência se alternam.
Conforme dito anteriormente, ocorre uma alternância dos campos funcionais no decorrer dos estágios entre a afetividade e a cognição. A primeira especialmente implicada na construção do sujeito predomina nos estágios impulsivo-emocional, tônico-emocional, personalística e na puberdade e adolescência.