No interior das matas pertencentes à tribo dos tabajaras, Iracema se deparou com Martim. Surpresa e amedrontada, a índia feriu o branco no rosto com uma flechada. Ele não reagiu. Arrependida, a moça correu até Martim e ofereceu-lhe hospitalidade, quebrando com ele a flecha da paz.
Após uma violenta batalha entre as duas tribos, ela confessa a Martim que não é mais virgem e que se voltar para sua tribo será morta. Ela também não pode viver entre os pitiguaras, seus inimigos. Martim decide então construir uma cabana na praia cearense onde passa a viver com Iracema.
Resposta: Iracema, índia da tribo Tabajara, que carregava consigo o segredo da Jerema, se sentiu arrependida quando feriu o estranho (guerreiro branco chamado Martim). Ela o feriu e logo após quebrou a flecha e o levou para sua tribo com o intuito de cuidar de sua ferida como um pedido de desculpa.
Metáforas e comparações ressaltam as paradisíacas terras brasileiras. Iracema representa a indígena submissa à cultura europeia, e seu nome é um anagrama para América. Martim, por sua vez, representa o guerreiro colonizador e conquistador. Seu nome é associado a Marte, o deus greco-romano da guerra.
Iracema apresenta uma espécie de conciliação entre o branco e o índio, na medida em que romantiza a dominação de um povo pelo outro. Desta forma insere nos códigos artísticos do Romantismo europeu a temática do processo de colonização do país. Com a obra se inaugura o mito heróico da pátria, de natureza indianista.