No estado de natureza, afirma Rousseau, o homem tinha uma vida essencialmente animal. A rude existência das florestas fez dele um ser robusto, ágil, com os sentidos aguçados, pouco sujeito às doenças, das quais a maioria nasce da vida civilizada.
Para Hobbes, o Estado encontra-se personificado na figura do soberano. Sua principal função é garantir o perfeito funcionamento da sociedade, evitando a qualquer custo uma guerra de todos contra todos. O homem deve renunciar de seu poder individual e cedê-lo para um único soberano.
Rousseau defende três formas básicas de governo: monarquia para Estados grandes, aristocracia para Estados médios e democracia aos Estados pequenos. ... O governo é considerado como funcionário do legislativo. Sua função é executar as decisões do soberano.
A ideia de democracia em Rousseau situa-se no nível do dever ser, necessitando de uma ação efetiva que conduza à sua concretização. Os interesses arbitrários do indivíduo devem dar lugar à construção coletiva daquilo que permite que todos possam ser iguais.
Contrariamente ao regime monárquico onde os homens alienam sua liberdade sem contrapartida, o filósofo considera uma democracia onde os homens alienam sua liberdade ao conjunto do povo que eles compõem.
Rousseau propunha uma vida familiar com simplicidade, no plano político, uma sociedade baseada na justiça, igualdade e soberania do povo presente na obra “O Contrato Social”, objeto desta pesquisa. Sua teoria da vontade geral, referida ao povo, foi fundamental na Revolução Francesa (1789).
Já para Rousseau, o homem nasce bom e a sociedade que o corrompe, ele afirma que o estado natural é a fonte da liberdade e da igualdade, sendo essencialmente bom, e o estado social é a fonte da guerra e da desigualdade entre os homens.
Em Rousseau, no estado de natureza os homens eram todos livres e iguais, sobrevivendo e partilhando da natureza. A desigualdade surge com a propriedade privada, quando um indivíduo, cercou um terreno e dizendo: isto é meu, encontrou pessoas que confirmaram a sua propriedade.
Desse modo, o objetivo da criação do Estado para Hobbes é preservar a vida, é deixar de viver sob o constante medo, para Locke é preservar a propriedade que já existe desde o estado de natureza, e para Rousseau é preservara liberdade civil.
Rousseau pensa em um Estado que melhore a vida dos homens e diz que é preciso de um novo pacto social, no qual haja condições de igualdade. Cada indivíduo deve abrir mão de seus direitos em função do coletivo.
De acordo com John Locke, o Estado tem a função de garantir ao indivíduo a manutenção de suas posses e a segurança delas, ou seja, seria uma instituição responsável por manter o que é de alguém nas mãos daquela pessoa, sem que outro a roube ou se aposse de alguma forma sem autorização do legítimo dono.
Em outras palavras, para Locke, o governo não surge para restringir liberdades individuais, mas para preservá-las. Todo governo que não preservar esses direitos pode ser derrubado pelos indivíduos, uma vez que todo o poder político tem origem no consentimento da maioria.