Antes do século XVIII, o hospital era essencialmente uma instituição de assistência aos pobres ou, melhor, de separação e exclusão. Nessa época, o hospital guardava a função de “morredouro”, um lugar onde morrer.
Os primeiros de que se tem notícia foram construídos em 431 a.C., no Ceilão (atual Sri Lanka), no sul da Ásia. Dois séculos depois, o imperador Asoka criou, na Índia, instituições especiais para tratar doenças semelhantes aos hospitais de hoje. ... Foram eles que se tornaram modelo para os hospitais modernos.
A criação dos hospitais foi estimulada principalmente pelo aprimoramento do aprendizado da Medicina e pela evolução das obras sanitárias. Um exemplar dos hospitais construídos em terras islâmicas, durante a Idade Média, é o do Cairo, edificado em 1283.
Acredita-se que o primeiro foi o "Hotel-Dieu", fundado em Paris nos anos 651 ou 829 (reconstruído?) de nossa era. Actualmente há diferenciação entre hospitais públicos e privados de grande e de médio porte a depender da sua entidade mantenedora e do número de leitos que oferecem.
Santa Casa de Santos
MEDICINA DOS HORRORES | No século 19, hospitais eram vistos como “casas da morte” ... Doenças como a cólera, que vitimavam milhares de pessoas em cidades como Londres no século retrasado, foram contidas através da aplicação de métodos de higiene e esterilização até então desconhecidos.
Os hospitais eram lugares de exclusão dos pobres e moribundos, que necessitavam de assistência e representavam um empecilho na sociedade. Até o final do século XVIII o saber médico não existia nas ações hospitalares e, assim, os hospitais não tinham a função de cura.
No século XIX, avanços em diversas áreas levaram inovação à medicina. Um exemplo foi a teoria dos germes desenvolvida por Louis Pasteur. Foi a partir dela que a prática da antissepsia foi introduzida, reduzindo a mortalidade por complicações infecciosas após cirurgias.
O atendimento médico-hospitalar começou a se organizar nos anos 20. Foi quando surgiram as caixas de aposentadorias e pensões (CAPs). Eram entidades que, geridas pelos trabalhadores de determinadas empresas, ofereciam aos associados aposentadoria, remédios e assistência médica.
Antes de existir o SUS, a saúde pública era responsabilidade do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social, o Inamps. ... O Inamps dividia os gastos com saúde entre o empregador, o governo e a população. “Saúde não era considerada um direito, era um problema individual”, afirma o médico.
Durante os anos de 1970, mesmo no auge do milagre econômico, as verbas para saúde eram baixas: 1% do orçamento geral da União. Ao fim da década, as prefeituras das cidades que mais cresciam começaram a se organizar para receber e conceder aos migrantes algum tipo de atendimento na área da saúde.
Foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, como forma de efetivar o mandamento constitucional do direito à saúde como um “direito de todos” e “dever do Estado” e está regulado pela Lei nº. 8.
Hesio Cordeiro liderou o grupo de médicos que fundou o Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 1971. Este foi o primeiro programa de pesquisa sobre saúde pública no Brasil e nele foram formuladas as bases para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Pioneiro na articulação entre medicina e ciências sociais, Cordeiro, falecido em 8 de novembro de 2020, idealizou um sistema público de saúde menos excludente e desigual.
No último sábado (19) o Sistema Único de Saúde (SUS) completou 30 anos de existência. Considerado um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, por meio dele a população brasileira tem a garantia de acesso integral, universal e gratuito e atendimento à Saúde.
A Constituição Federal de 1988 determina que as três esferas de governo – federal, estadual e municipal – financiem o Sistema Único de Saúde (SUS), gerando receita necessária para custear as despesas com ações e serviços públicos de saúde.
O SUS contempla desde a aferição da qualidade da água, até o fornecimento de medicamentos e realização de transplantes. Em uma gestão tripartite, acaba restando ao município executar todas as açõe e serviços de saúde.
A política de assistência à saúde para a população carente, no Brasil, é de responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre as várias modalidades de assistência englobadas no SUS, merece destaque especial o Programa de Saúde da Família (PSF).
Considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde existentes, o SUS é descrito pelo Ministério da Saúde como “um sistema ímpar no mundo, que garante acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos”.
Acesso à saúde: 150 milhões de brasileiros dependem do SUS. No início de setembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde, que entrevistou milhares de pessoas em todos os estados e as regiões do Brasil em 2019.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa que mostra que 71,5% dos brasileiros, ou seja, mais de 150 milhões de pessoas, dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento. O balanço dados é referente ao ano de 2019, quando a pandemia não havia chegado ainda no país.
Qual o universo de pessoas que dependem do SUS? 80% da população ou 160 milhões de brasileiros dependem do SUS para cuidar da saúde. Adicional- mente, muitas vezes, também aqueles que têm planos de saúde, quando em casos graves, terminam sendo transferidos pelos planos de saúde ao Sistema.
Oitenta e nove por cento dos brasileiros classificam a saúde – pública ou privada – como péssima, ruim ou regular. A avaliação é compartilhada por 94% dos que possuem plano de saúde e por 87% dos que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo dados apresentados hoje (26) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).