A teoria de Pierre Bourdieu pretende superar as oposições entre o subjeti- vismo e o objetivismo, o individuo e a sociedade, a liberdade e o determi- nismo analisando o social como existindo sob duas modalidades. De um lado nos agentes sociais, sob a forma das disposições do habitus.
Habitus é um instrumento conceptual que auxilia a apreender uma certa homogeneidade nas disposições, nos gostos e preferências de grupos e/ou indivíduos produtos de uma mesma trajetória social. Assim o conceito consegue apreender o princípio de parte das disposições práticas normalmente vistas de maneira difusa.
Nas palavras de Bourdieu (2007), o habitus é um “sistema de disposições socialmente constituídas que, enquanto estruturas estruturadas e estruturantes, constituem o princípio gerador e unificador do conjunto das práticas e das ideologias características de um grupo de agentes” (p.
O “capital simbólico” é, na verdade, um efeito da distribuição das outras formas de capital em termos de reconhecimento ou de valor social, é “poder atribuído àqueles que obtiveram reconhecimento suficiente para ter condição de impor o reconhecimento” (BOURDIEU, 1987, p. 164).
Campo, na teoria proposta por Pierre Bourdieu representa um espaço simbólico, no qual lutas dos agentes determinam, validam, legitimam representações. É o poder simbólico. Nele se estabelece uma classificação dos signos, do que é adequado, do que pertence ou não a um código de valores.
A Teoria da Reprodução Social (TRS) é fruto de um acúmulo histórico de debates que, tão antigos quanto o próprio capitalismo, foram retomados no interior de movimentos feministas-socialistas1 e antirracistas após as lutas por emancipação e reconhecimento das décadas de 1950 e 1960 nos Estados Unidos da América (EUA) e ...