Porque A Famlia Romanov Foi Executada?

Porque a famlia Romanov foi executada

Em 17 de julho de 1918, a família imperial russa dos Romanov (czar Nicolau II, a czarina Alexandra e seus filhos Olga, Tatiana, Maria, Anastásia e Alexei) foram baleados em Ekaterimburgo, na Rússia. Foram executados também os criados que escolheram acompanhá-los no exílio.

Com o poder dos bolcheviques crescendo a cada dia na Rússia, o czar Nicolau II e sua família foram levados para a inconfundível Casa Ipatiev, em Ecaterimburgo. Na época, todavia, a propriedade foi apelidada estrategicamente de Casa da Proposta Especial.

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Segundo o historiador David Bullock, por volta de julho de 1918, os bolcheviques passaram a acreditar que os checoslovacos foram enviados à Ecaterimburgo para uma missão secreta, com a finalidade de resgatar os Romanov. Além disso, o governo de Lenin encontrou documentos expondo um possível plano de fuga. Tais fatos foram usados para justificar a execução da família. 

Enquanto isso, uma guerra civil assolava a Rússia. De um lado, o Exército Vermelho, e do outro, o Exército Branco, que formou uma estreita aliança com forças anticomunistas. Temendo que os rivais capturassem os Romanov, os bolcheviques passaram a arquitetar planos que pudessem conter as ameaças que a família representava. 

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Poucos meses depois, o governo provisório de Alexander Kerensky transferiu a família para Tobolsk, sob a alegação que seria mais fácil protegê-los dos revolucionários. Nos meses seguintes, os Romanov passaram a morar na mansão do ex-governador. No entanto, após os bolcheviques tomarem o poder, em outubro de 1917, a família imperial passou a enfrentar dificuldades. 

Por isso, inclusive, todos os corpos foram enterrados nas proximidades da linha férrea Gorno-Uralsk. A vala onde os cadáveres foram sepultados tinha cerca de 60 cm de profundidade e, para que os Romanov não fossem reconhecidos, seus corpos foram mergulhados em ácido sulfúrico e cobertos por cal virgem. Era o fim definitivo do czar.

Durante todo o processo revolucionário, a família pensou que seria poupada da possível execução dos bolcheviques. Estavam esperançosos: Alexandra até mesmo escrevia de maneira otimista em seu diário pouco tempo antes de ser morta. Isso tudo mesmo quando foram levados para a cidade de Ekaterinburg, onde permaneceram isolados.

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Na madrugada do dia 17 de julho de 1918, pouco mais de um ano após a Revolução Russa de 1917, a família imperial Romanov foi surpreendida por tropas bolcheviques, lideradas por Yakov Yurovsky. No exílio, o czar Nicolau II, sua esposa Alexandra e seus cinco filhos, Olga, Tatiana, Maria, Anastásia, e Alexei, encontraram um trágico fim. 

Muitas pessoas foram à festa, principalmente no intuito de comer e beber no palácio do czar. Um boato, no entanto, se espalhou no salão — eles ouviram que não haveria comes e bebes o suficiente para todos os convidados. Isso fez com que a multidão se tornasse um caos e inúmeros morressem na aglomeração revoltada.

Outros membros da dinastia foram eliminados na noite seguinte ao assassinato da família do czar. Em 29 de janeiro de 1919, os quatro últimos Romanov sob custódia foram mortos a tiros. No total, 18 membros da dinastia e muitas outras pessoas ao seu redor foram mortos pelos bolcheviques, então no poder, e em plena Guerra Civil Russa.

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A lenda de Anastásia sobreviveu muito tempo na Rússia — muitas pessoas realmente acreditavam que ela havia sobrevivido à execução dos Romanov em Ecaterimburgo. Por isso, vários impostores surgiam dizendo que eram Anastásia, o que até foi retratado no filme que leva o seu nome lançado em 1997.

À meia-noite de 16 de julho de 1918, Nicolau II, sua esposa, a czarina Alexandra Feodorovna, as quatro filhas, o filho caçula e outras quatro pessoas que os acompanhavam foram condenados à morte pelos líderes soviéticos do mais alto escalão e assassinados naquele dia. A Revolução Russa resultou no fim do czarismo de Nicolau II e sua família, a última Dinastia.

Em seu livro ‘Os últimos dias dos Romanov’, a autora Helen Rappaport revela alguns dos detalhes mais sórdidos da execução da família do czar. No total, foram cerca de 70 balas disparadas — sete para cada atirador — em um período de curtos 20 minutos.

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Foi nesse contexto quase explosivo que a família Romanov acabou executada no dia 17 de julho de 1918, há exatos 103 anos. Naquela madrugada, o czar Nicolau II, sua esposa e todos os seus herdeiros protagonizaram um 'fuzilamento' assustador e absoluto.

Segundo alguns historiadores, foi a solução para a família imperial não ser resgatada pela legião tcheca que lutava ao lado do Exército Branco contra os bolcheviques. Desconhece-se de quem partiu a ordem e não foi encontrado nenhum documento a respeito. Em Moscou, Lenin e Sverdlov endossaram as execuções após elas terem ocorrido.

Foram 20 minutos de puro terror, com dezenas de tiros sendo disparados à queima roupa. Tamanho era o estrondo das balas que algumas famílias que dormiam nos quartos adjacentes acabaram acordando no meio da madrugada.

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Logo que todos os membros da família e seus empregados foram dados como mortos, as portas da sala foram abertas, para que a fumaça da pólvora se dissipasse. Os corpos fuzilados, então, foram colocados em um caminhão, que os levou até sua cova.

Acontece que, para os bolcheviques, a família de Nicolau II e o próprio imperador poderiam representar uma esperança para o Exército Branco, composto por uma aliança entre anticomunistas — o czar poderia, inclusive, ser considerado o legítimo governante da Rússia pelas nações europeias caso continuasse vivo.

As execuções tiveram lugar em Yekaterinburg, a mais de 1000 quilómetros de Moscovo, onde os Romanov estiveram prisioneiros durante alguns meses. A responsabilidade da ordem para o massacre é incerta, não se sabendo com clareza se a decisão final partiu das autoridades regionais, da polícia secreta ou do próprio Lenine.

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No meio do transporte, Yurovsky descobriu que Pyotr Ermakov e seus soldados estavam embriagados e que haviam trazido apenas uma pá para o enterro da família do czar. Para piorar, o caminhão ainda ficou atolado em uma área pantanosa da região.

Tudo começou, segundo a autora, por volta da meia noite do dia 17 de julho. Apressado para acabar com os prisioneiros, o comandante Yakov Yurovsky exigiu que o Dr. Eugene Botkin, médico dos Romanov, acordasse toda a família e os vestisse apropriadamente.

O que aconteceu com a família Romanov?

Era 18 de julho de 1918, e o futuro da Rússia havia acabado de ajustar as contas com o passado: um grupo de bolcheviques liderados por Yákov Yurovski, um marxista fervoroso, havia acabado de assassinar a família real. Era o fim dos Romanov, a longeva dinastia que governou "todas as Rússias" por mais de 300 anos.

Quem era a família Romanov?

A Casa Romanov (em russo: Дом Рома́новых, transl. Dom Romanovykh), é uma família nobre russa, tendo sido a segunda e última dinastia imperial e portanto, a família imperial que governou a Moscóvia e o Império Russo por oito gerações entre 1613 e 1762.

Quem matou a família real russa?

Iakov Mikhailovich Iourovski (Tomsk, 19 de junho de 1878 – Moscou, 2 de Agosto de 1938) foi um agente da polícia secreta bolchevique Cheka, do governo revolucionário bolchevique de origem judia , que assassinou a Família Imperial Russa, desde Alexei, de quatorze anos, e as suas irmãs e aos seus pais o Czar Nicolau II e ...

Quais os fatores que levaram o czar Nicolau II a abdicar do trono em 1917?

Nicolau II foi forçado a abdicar em 1917 pois havia perdido o apoio de todos os setores importantes da sociedade russa: militares, operários, burguesia nacional e mesmo de parte dos monarquistas.

Qual foi o principal partido criado na Rússia em oposição à autocracia de Nicolau II?

No século XIX, os movimentos de oposição ao regime czarista russo abriram portas para a formação do chamado Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR).

Qual foi o último czar russo?

Nicolau II da Rússia

Quem foi o primeiro czar russo?

Ivan IV

O que foi o czar?

O termo Czar, (pronuncia tzar) foi usado por muito tempo como um título de alto escalão na época da monarquia russa. ... O primeiro imperador que recebeu o título de czar foi Ivan IV em 1546, e o último foi Nicolau II, que foi executado ao lado de sua família pelos bolcheviques, em 1917.

Qual era o poder do czar?

Czar era o título que se dava ao Imperador Russo e que, durante esse período, governava de forma absoluta, na qual se confundia com o Estado. Agiam politicamente em função da grandeza imperial e da ampliação de seu poder como déspota. O czarismo era um regime bastante parecido com o absolutismo.

Qual a diferença entre czar é rei?

O rei é o soberano de uma monarquia (ou diarquia, como por exemplo em Esparta). O imperador é o soberano de um império, que pode compreender vários territórios e diferentes povos. O Kaiser era o imperador alemão, e o Czar (ou Tzar), o imperador russo; ambos faziam referência a César.

Qual a diferença entre um presidente e um rei?

Rei é o chefe de estado de um regime monarquista. Presidente é o governante de uma república.

Qual a diferença entre Império e Reino?

Dentro de um império, podem coexistir várias etnias diferentes, unificadas por uma única administração e submetidas a uma mesma autoridade. Por isso, normalmente um reino é uma entidade político-administrativa mais estável, enquanto o império se caracteriza por uma constante tentativa de expansão.

O que é o Reino de Deus segundo a Bíblia?

O Reino de Deus (Em grego: βασιλεία τοῦ θεοῦ basileia tou theou) designa um governo ou domínio em que tem Deus por soberano ou governante. Segundo o Gênesis, os primeiros humanos rebelaram-se deliberadamente contra a soberania de Deus, por isso, eles foram expulsos do Jardim do Éden.

O que quer dizer é chegado o reino de Deus?

Para explicar o significado principal dessa expressão precisamos compreender que Deus reina sobre todas as coisas desde sempre. ... Apesar da Bíblia declarar que o príncipe deste mundo é o diabo, isso não significa que ele seja o soberano e aja com liberdade plena como um governante soberano.