O tempo de isquemia, período que o órgão sobrevive sem circulação sanguínea, é geralmente muito curto, e cada minuto conta. Mas para que o transplante ocorra dentro do prazo esperado e com segurança, é preciso seguir um processo complexo, que deve ser rápido e eficiente.
O coração é o órgão de menor TIF, já os rins podem ficar até 24 horas sem serem irrigados. O transporte precisa ocorrer em uma caixa térmica que mantenha temperaturas entre 2 a 8°C. Se for abaixo do previsto, o órgão pode congelar, inviabilizando o transplante.
Corrida contra o tempo O tempo máximo que um coração consegue manter as atividades fora do corpo humano, antes de um transplante, é de apenas 4 horas. Esse é o chamado tempo de isquemia, que varia de órgão para órgão. Um pulmão pode ser transplantado em até 6 horas, enquanto o fígado e pâncreas podem esperar 12 horas.
Um dos motivos para isso é o tempo limitado de conservação dos tecidos: os rins, mais resistentes, aguentam até 36 horas. Pâncreas, fígado e intestino não podem ficar mais de 12 horas no regime hipotérmico. Coração e pulmão, se não transplantados em quatro horas, perdem a serventia.
A cirurgia dura em geral de três a quatro horas e consiste em implantar o novo rim na região inferior do abdômen, unindo os vasos sanguíneos do receptor ao órgão transplantado, além de implantar o ureter (estrutura que leva a urina do rim para a bexiga) do novo rim na bexiga do paciente.
Quem espera por um rim é posicionado na lista de acordo com a compatibilidade. Isso significa que os órgãos do doador passam por exames e uma análise genética completa e, após os resultados, são feitas análises comparativas com todos os pacientes.
Todo o paciente renal crônico pode se submeter a um transplante desde que apresente algumas condições clínicas como: suportar uma cirurgia, com duração de 4 a 6 horas; não ter lesões em outros órgãos que impeçam o transplante, como cirrose, câncer ou acidentes vasculares; não ter infecção ou focos ativos na urina, nos ...
O transplante renal está indicado para pacientes que apresentam doença renal crônica avançada. A indicação do transplante de rim é feita após o médico nefrologista avaliar o paciente e considerar exames de sangue, de urina e de imagem.
É um tratamento para pessoas com insuficiência renal crónica, que consiste na realização de uma cirurgia na qual um rim saudável de um doador é colocado na pessoa (recetor) com insuficiência renal crónica. O transplante é um tratamento, não é uma cura!
Dá para viver normalmente com um rim só? A maioria das pessoas vive sem restrições, desde que o rim que fica esteja saudável. Isso porque ele naturalmente aumenta de tamanho para assumir a função daquele que foi removido. O rim normal mede de 9 cm a 12 cm, em média.
Tem data de validade Outra questão é que, de acordo com Luciane, o transplante tem uma meia-vida média em torno de 12 a 15 anos. Após esse período, 50% dos pacientes que foram transplantados já vão ter perdido esse rim --a outra metade dessas pessoas ainda estará com o órgão funcionando.
A cirurgia nesses casos consiste na retirada do rim (nefrectomia radical). A nefrectomia pode ser feita pela via aberta, na qual o cirurgião faz uma incisão abdominal ou pelas costas ao lado da coluna para expor o rim junto com a massa tumoral, ou por via laparoscópica.
Em geral, é muito seguro viver com um único rim. Existem até pessoas que nascem com somente um único rim. Mas é muito importante entender que com um único rim, os cuidados devem ser redobrados quanto ao controle de comorbidades, cuidados com a dieta, prática de exercícios físicos e ingestão de líquidos.
O Paciente renal pode se aposentar por invalidez e receber auxílio doença. Quando o paciente renal é segurado da Previdência Social (INSS) ele pode receber o auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
Uma em cada 1000 pessoas nasce só com um rim; a esta situação chama-se “agenesia renal unilateral”. Pode também existir um rim com malformação e incapaz de funcionar, fazendo com que só exista um rim funcionante.
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Insuficiência renal Também chamada de lesão renal aguda ou doença renal crônica, o problema acontece quando há uma perda súbita da capacidade dos rins de filtrarem resíduos como sais e líquidos do sangue. Nesses casos, os rins podem perder suas funções e o excesso de resíduos afeta a composição química do sangue.