Quem Tem Maior Poder Blico Brasil Ou Venezuela?

A tensão na fronteira entre o Brasil e a Venezuela levou  o jornal Folha de São Paulo a ouvir especialistas. O objetivo é entender qual país seria mais forte em uma possível guerra, tendo assim mais chances de vencer.

Sua esperança, em caso de emergência militar, reside mais na forte presença de empresas estrangeiras a explorar seus recursos naturais, a americana ExxonMobil à frente, com operação a pleno vapor para extrair petróleo em operação nas águas de Essequibo. Em resumo, que os EUA mandem a cavalaria, por assim dizer.

Em uma comparação puramente numérica, as Forças Armadas brasileiras têm um contingente maior de soldados, mas não é só isso que conta

Mesmo que tenha ares de tigre de papel, a Venezuela é um gigante perto da Guiana. O pequeno país caribenho não tem Forças Armadas propriamente ditas, mas sim uma Força de Defesa que mais se assemelha a um dispositivo policial.

A possibilidade mais lógica para o ditador Nicolás Maduro é uma combinação de ataque aerotransportado aos poucos centros urbanos de Essequibo e um desembarque anfíbio pelo Caribe —para tal, conta com talvez cinco C-130H Hércules mais antigos e oito Y-8 chineses, mais recentes, aliados a sete navios de desembarque anfíbio.

Os boatos de que tais movimentos já estariam acontecendo ferveram nas redes nesta semana, sem comprovação alguma, como usual. O Ministério da Defesa brasileiro acabou alimentando o temor ao dizer que estava reforçando a fronteira, mas o fato é que há movimentações apenas residuais na região.

Entenda a crise entre Venezuela e a Guiana e o risco de guerra na região

Conta com meros 3.400 homens, segundo o IISS, e parcos equipamentos —as estrelas, por assim dizer, são seis blindados de reconhecimento EE-9 Cascavel, fabricados pela falida brasileira Engesa.

Analistas militares como Ivan Barabanov, que atua em consultorias de Moscou, consideram contudo que há muita propaganda nessa avaliação e lembram que uma disponibilidade de cerca de 50% da frota está dentro de padrões internacionais.

Tudo depende da vontade de Maduro —que, como Chávez, já jogou a carta do temor de um conflito regional, no caso com a Colômbia, para proveito próprio antes.

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A crise diplomática entre Brasil e Venezuela, com o fechamento das fronteiras, levanta dúvidas acerca da capacidade bélica dos dois países. Os repórteres Rodrigo Lopes e Humberto Trezzi analisam, no vídeo acima, quais são os tamanhos das forças militares dos dois países e mostram que existe um problema que pode dificultar a questão brasileira. 

Para especialistas, todos os países da América do Sul têm hoje forças militares condizentes às suas necessidades e ao seu território. Com isso, uma possível vitória ou vantagem dependeria muito mais da forma  como a possível luta seria travada. 

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Com isso, o país se viu inundado de material militar russo, como caças avançados, tanques, blindados, obuseiros, rifles de assalto e muito mais —com destaque a um sistema antiaéreo em três camadas, defesa de ponto, média e longa distância, de fazer inveja a qualquer país da região. Da China, vieram radares, aviões de treinamento e outros equipamentos.

A Venezuela é forte. Tem o maior sistema anti-aéreo de todo o continente, sendo superior nessa área do que o Brasil. Além de misseis de longo alcance, o país tem caças modernos. 

A crise entre Venezuela e Guiana acerca da soberania da região de Essequibo opõe dois países diametralmente opostos do ponto de vista militar, mas a geografia do eventual teatro de combates dificulta a vida de Caracas.

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Apesar da desigualdade que sugere um passeio sem interferência externa, há outras questões a considerar, de natureza geográfica. Boa parte dos 800 km de fronteira entre Venezuela e Essequibo ficam em um território de selva densa, quase impenetrável senão por pequenas unidades. Operações com blindados, o padrão-ouro para tomadas de territórios, são proibitivas.

Por óbvio, por outro lado, uma guerra em torno de uma causa popular sempre foi um modo clássico de países ditatoriais tentarem galvanizar apoio interno —vide a Guerra das Malvinas de 1982.

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Sem ajuda externa, a capacidade guianense de resistir a um ataque é discutível. No mar, contam com meros dois barcos de patrulha costeira, ante uma frota que, se não é poderosa, é muito maior do rival, com duas fragatas, um submarino e nove navios de patrulha, segundo o IISS. Isso dito, uma anexação pressupõe o envio de forças de ocupação, um problema adicional.

Mas este é um choque militar que parece atender mais às fantasias da esquerda e da direita radicalizadas da América Latina do que à realidade. Ideias de que os russos, apoiadores da ditadura de Caracas, teriam interesse numa confusão no quintal geopolítico dos EUA, são apenas isso do ponto de vista prático.

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Desde a ascensão do coronel Hugo Chávez (1954-2013) ao poder, em 1998, o direcionamento antiamericano do governo local o levou ao colo de potências rivais dos Estados Unidos, tradicionais parceiros na área de Defesa.

A matéria começa lembrando que não há uma guerra entre países aqui no Brasil desde a década de 1990, o que traria com o possível conflito um sinal de novidade. Além disso, os países contra Nicolás Maduro, como o Brasil, tem um forte apoio dos Estados Unidos. 

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