Também chamada de cirrose hepática, a cirrose é uma condição onde algumas células do fígado são destruídas ou deixam de funcionar corretamente, resultando na formação de cicatrizes, fibroses e nódulos no tecido e fazendo com que o fígado tenha seu funcionamento comprometido ou parcialmente afetado.
Os principais sintomas da cirrose são: náuseas, vômitos, perda de peso, dor abdominal, constipação, fadiga, fígado aumentado, olhos e pele amarelados (icterícia), urina escura, perda de cabelo, inchaço (principalmente nas pernas), ascite (presença de líquido na cavidade abdominal), entre outros.
O fígado pode ser afetado por diversas patologias, e sempre que isto acontece, é formado tecido cicatricial, de modo a reparar o órgão. A fibrose no fígado pode ser irreversível, embora possa ser possível tratar a patologia de forma a evitar a progressão da doença, conhecendo o agente causador dos danos.
Alguns distúrbios do metabolismo podem levar ao aparecimento da cirrose hepática, como por exemplo, a doença de Wilson. Esta doença é rara, genética e não tem cura e se caracteriza pela incapacidade do corpo em metabolizar o cobre, havendo acúmulo em vários órgãos, principalmente cérebro e fígado, podendo causar danos graves a esses órgãos. Saiba mais sobre os sintomas da doença de Wilson.
Os sintomas mais comuns que aparecem como alertas no início do desenvolvimento da cirrose costumam ser a fadiga, perda de energia, perda de apetite e de peso, náuseas, dores abdominais e pequenos derrames na pele.
O transplante de fígado é uma operação de substituição do fígado danificado, por um saudável proveniente de um dador (uma pessoa recentemente falecida ou parte de um doador).
Em caso de problemas no fígado, recomenda-se beber pelo menos 1,5 L de água por dia e consumir alimentos de fácil digestão e com pouca gordura, como peixes, carnes brancas, frutas, legumes, sucos naturais, queijos brancos e leite e derivados desnatados.
Muitas pessoas ficam desnutridas e perdem peso por terem perdido o apetite e porque a absorção de gorduras e vitaminas é deficiente. As pessoas podem ter eritemas roxo-avermelhados de pequenos pontos ou manchas maiores, causadas pelo sangramento de pequenos vasos na pele.
Já em casos mais avançados de cirrose, é comum observar sinais como pele e olhos amarelados, barriga inchada, urina muito escura, fezes esbranquiçadas e coceira por todo o corpo.
A cirrose pode ser assintomática (não provocar sintomas) durante anos. Assim, é uma doença que evolui de forma silenciosa durante anos, provocando agressões no fígado que se tornam irreversíveis, muitas vezes evoluindo para estadios avançados que dificultam o tratamento e levando muitas vezes à morte. Desta forma, é muito importante que o diagnóstico da doença seja efetuado o mais precocemente possível de modo a evitar a progressão da hepatite crónica e das suas complicações associadas.
É importante que a causa dos sintomas de problema no fígado seja identificada, pois assim é possível que seja indicado pelo médico o tratamento mais adequado, prevenindo possíveis complicações. Conheça outras causas de problemas no fígado.
A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada por uma infecção pelos vírus da hepatite A, B, C, D ou E, mas que também é comum em pessoas que fazem uso abusivo de bebidas alcoólicas, medicamentos ou drogas de abuso. Além disso, algumas doenças autoimunes como hepatite autoimune ou colangite primária, por exemplo, e a obesidade também podem aumentar o risco de desenvolvimento da hepatite.
Quando a cirrose está numa fase mais avançada, o médico gastrenterologista (especialista em doenças do aparelho digestivo) pode optar por prescrever alguma medicação para controlar a progressão da fibrose, melhorar o desconforto causado pelos sintomas (prurido, fadiga, etc.) e prevenir o desenvolvimento de complicações.
Dentro do fígado, a bile se move para o interior de pequenos canais (dutos biliares) que se unem para formar dutos maiores. Estes dutos grandes acabam saindo do fígado e se conectando à vesícula biliar (que armazena a bile) ou ao intestino delgado. A bile facilita a absorção de gorduras no intestino e leva toxinas e produtos residuais ao intestino para que sejam excretados nas fezes. Quando o tecido cicatricial bloqueia o fluxo de bile através dos dutos biliares, as gorduras, incluindo vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), não são bem absorvidas. Além disso, menos toxinas e produtos residuais são eliminados do corpo.
O paciente com cirrose alcoólica perde em média 12 anos de vida produtiva, muito mais que a cardiopatia (2 anos) e o câncer (4 anos). Esses dados só reforçam a necessidade de um diagnóstico precoce.