Entre argentinos, brasileiros, paraguaios e uruguaios, doze clubes podem hoje ostentar essa posição, que, como sabemos, nunca é garantida por muito tempo. O orgulho do protagonismo continental, no entanto, fica para sempre.
O River Plate venceu seis dos seus nove títulos continentais de 2014 a 2020, sendo dois da Liberta. O segundo desta sequência — o quarto no total — vale, pelo menos para a torcida Gallina, mais que qualquer outro conquistado por todos nesta lista.
Depois de chegar à final de 1970 e ser derrotado pelo tricampeão Estudiantes, o clube teve um certo hiato das decisões. Só voltou ao protagonismo nos anos oitenta, turbinado pela rivalidade contra o Nacional.
Na metade da lista dos maiores campeões da Libertadores, um dos grandes vencedores internacionais da América e um dos mais recentes membros deste exclusivo “clube”.
O período, marcado pelo futebol fino de Riquelme, o entrosamente de Palacios e Palermo e uma boa dose de influência na Conmebol, transformou o Boca num dos cinco maiores campeões internacionais do futebol mundial.
Além dos troféus, o River tem um sem fim de participações em semifinais e outras participações em momentos históricos da competição, como na grande virada (e goleada) contra o Jorge Wilstermann em 2018 e a classificação seguida de confusão generalizada contra o Corinthians, em 2006. Um eterno protagonista.
O time paraguaio, afinal, é, além de um dos maiores campeões da Libertadores, o segundo maior finalista da competição (junto do Independiente) e um dos grandes carrascos dos Brasileiros. O São Caetano que o diga.
Todavia, em 2019, sob o comando de Jorge Jesus, o time venceu o bicampeonato depois de longos 38 anos de muita espera. Na primeira final única, em Lima, no Peru, os rubro-negros viram o River Plate abrir 1 x 0 no marcador, porém de maneira heróica, Gabigol marcou duas vezes num intervalo de três minutos para dar o título ao clube.
Hoje em dia, Boca Juniors e Copa Libertadores da América são praticamente sinônimos. Mas essa conexão é relativamente recente. Até metade dos anos setenta, o time argentino não havia conquistado o torneio uma vez sequer.
Consagrado bicampeão da Libertadores nas duas primeira edições, o Peñarol fechou a trinca na sétima, em 1966, no mesmo ano que levou o bi do Mundial Interclubes contra o Real Madrid.
Além do título, o Palmeiras registrou um feito raro neste século: levantar o troféu em duas edições consecutivas. A última equipe que havia sido bicampeã de maneira seguida foi o Boca Juniors (ARG) em 2000 e 2001. Entre os brasileiros, o último havia sido o São Paulo de Telê Santana, em 1992 e 1993.
O que falamos dos uruguaios la com o Nacional, na sexta posição? Pois bem, temos outro na terceira posição dos maiores campeões da Libertadores. E só podia ser o grande rival dos albos, o Peñarol.
O grupo que conquistou o tri da Libertadores não era exatamente dominante quanto o do bi, mas tinha uma bagagem interessante. Ao entrar em campo contra o Peñarol, os comandados de Muricy Ramalho tinham sido duas vezes campeões paulistas e outra da Copa do Brasil.
Agradecimentos especiais, portanto, à Renato Gaúcho, Hugo de León e todos os outros responsáveis pela conquista de 1983, a primeira. Na segunda, em 1995, o Imortal já se solidificava como um bicho-papão dos mata-matas com Luiz Felipe Scolari, Danrlei e cia.
Sem falar do encanto recente do futebol praticado por Neymar, Ganso e demais meninos da Vila. Este, claro, não foi à campo. Libertadores é outra história, amigo.
Chamado de Rey de Copas no Paraguai, o Olimpia foi logo o finalista da primeira edição, em 1960, e esteve por três vezes consecutivas na decisão entre 1989 e 1991. Levou “somente” a de 1990.
Em 2021, mais uma final, mas dessa vez, perdeu para o Palmeiras na decisão. No ano seguinte, em 2022, venceu o Athletico-PR por 1 x 0 com Gabigol e cravou o tricampeonato na competição.
Depois que Raí, Cafu, Müller e os demais comandados de Telê Santana foram bicampeões da Liberta e do Mundial no começo dos anos 1990, todos os outros queriam uma casquinha da glória continental e dos holofotes internacionais.