Dizer “me desculpe” é dizer que fiz algo de errado. Para algumas pessoas, admitir que elas fizeram algo errado não é possível, mesmo quando eles sabem que estavam erradas, e mesmo quando elas se sentem mal por fazê-lo. É estranho testemunhar, mas essas pessoas que nunca se desculpam podem realmente se sentir culpado e ainda se recusar a pronunciar as palavras que nos faria reconhecer seu remorso e corrigir o erro.
O que dizer: Sei que cometi um erro e quero ajudá-lo a reparar isso. Não consigo voltar no tempo, mas posso oferecer…(sugira algo para reparar o erro).
Ainda de acordo com o psiquiatra, é preciso estar disposto a ouvir e ser paciente, pois, num primeiro momento, a outra parte, muito provavelmente, não se sentirá confortável, terá de fazer uma leitura do seu comportamento, admitir estar errada ou procurar uma justificativa para separar suas ações do seu caráter. Se com franqueza conseguir expor o que sente e pedir desculpas, dará uma nova chance ao relacionamento, que pode até se fortalecer. Do contrário, se ignorar ou agir com superficialidade, o melhor a se fazer é não insistir e evitar o contato.
Receber uma sincera desculpas é um presente incrível. Nos sentimos ouvidos e reconhecidos, compreendidos e de valor. Quase qualquer dano pode ser corrigido com um genuíno e sincero “sinto muito”. Quando outra pessoa nos olha nos olhos e nos diz que eles estão arrependidos por algo que eles fizeram que nos causou danos, nos sentimos amados e valorizados; nós sentimos que nós importamos.
“É claro que a pessoa ofendida pode aproveitar o pedido de desculpas por escrito para prejudicar quem o enviou”, diz Mullet. “Ser vítima não transforma automaticamente alguém em boa pessoa. Portanto, quem pede deve ser prudente.
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Finalmente, não tenha pressa para conseguir o perdão. Cada situação é única, e algumas pessoas precisam de mais tempo para que possam desculpar certos erros. Enquanto o outro indivíduo tira um tempo para processar o seu pedido e aceitá-lo, tente mostrar para ele que você quer mudar e que não pretende cometer o mesmo erro novamente.
Texto de Psychology Today, tradução e adaptação Portal Raízes.
Quando quisermos pedir perdão, devemos falar na hora? Ou esperar ainda mais quando o outro precisa de tempo para esfriar a cabeça? “Às vezes, o pedido de desculpas imediato é necessário”, diz Antony Manstead, professor de Psicologia da Universidade Cardiff, no País de Gales. “Mas, se o outro lado estiver zangado com o que considera um delito, talvez seja mais eficaz esperar, porque a raiva pode impedir a receptividade ao pedido.”
Quem nunca ouviu a clássica desculpa "foi mal, tava doidão"? Pois bem, não use-a. Como já falamos anteriormente, faz parte de um pedido de desculpas verdadeiro e empático, tomar a responsabilidade para si. Se você culpa as circunstâncias, é como se você estivesse se eximindo do seu erro, o que abrirá precedentes para que a pessoa pense em não te desculpar, já que ela pode refletir que você sempre usará essa ficha de "a culpa não é minha, mas, sim, das circunstâncias" para seguir cometendo erros.
Seja por ter acordado de mau humor, estar com problemas pessoais ou ter tomado alguma decisão impulsiva, não importa o motivo, pessoas erram umas com as outras e, na maioria das vezes, isso é normal, faz parte da natureza humana. Porém, muitos, por não saberem como pedir desculpas, ou com receio da reação alheia, não se mobilizam e isso pode gerar problemas emocionais para ambas as partes.
Independentemente disso, não é para se esperar ou criar expectativas de que, do outro lado, esses argumentos sejam tolerados e aceitos. Qualquer um que se sinta ofendido, prejudicado e receba pedidos constantes de desculpas —mas que na prática não surtem nenhum resultado positivo— tem o direito de cortar relações. Sabendo disso, siga as recomendações apontadas, observe-se melhor, ouça mais os outros e, com prejuízos, recorra a profissionais de saúde mental.
Ser capaz de admitir que fizemos algo errado exige um certo nível de auto-estima ou força do ego. As pessoas que estão profundamente inseguras podem achar difícil dizer “me desculpe”, em parte, porque um único erro tem o poder de aniquilar a auto-estima. A ideia de que eles poderiam cometer um erro e ainda ser uma pessoa valiosa e boa é impensável para alguém cuja auto estima está gravemente ausente.
A primeira coisa a se fazer quando você quer se desculpar é entender as razões pelas quais a outra pessoa se magoou. Muitas vezes, machucamos outra pessoa, porque fazemos alguma coisa que para nós não seria motivo de chateação, mas para a outra pessoa pode ser.
Em 2016, por exemplo, pesquisadores das Universidades de Berlim, Haifa e Montreal, respectivamente em Alemanha, Israel e Canadá, decidiram investigar se as pessoas estão realmente mais "incivilizadas" e —pasmem — os resultados sugeriram que sim. Publicada no periódico Europe's Journal of Psychology, a pesquisa com mais de 100 voluntários revelou que todos tendiam a não se importar tanto com suas grosseiras ou reconhecê-las, mas não agiam igual com as dos outros.
Para o estudioso Edgar Henry Schein, existem aspectos visíveis no ser humano, que são nossas ações e nossos comportamentos. Em princípio, eles são explícitos, conscientes e observáveis. Mas existem outros pontos que ficam no nosso subconsciente: nossas atitudes, crenças e suposições, além de nossos valores. A saber, são eles que permearão nossas ações cotidianas.
O principal bem que se recebe ao se desculpar por livre iniciativa é um mix de alívio, prazer e bem-estar, ainda mais quando o pedido é aceito. Entretanto, por obrigação, pode causar vergonha, sentimento de humilhação, raiva ou pura indiferença. Por isso, cobrar por uma retratação também não faz sentido, pois não é espontânea, genuína e não promove arrependimento nem demonstra mudança, compreensão e preocupação reais.
Uma boa maneira de transferir sua autoimagem, aquilo que está no seu subconsciente, para um lugar “visível” é fazendo um exercício simples. Em primeiro lugar, escolha os 3 valores mais importantes para você e faça um ranking, classificando entre 1º, 2º e 3º mais relevantes. Em seguida, reflita sobre quais são suas ações em relação a estes valores, o que você faz para praticá-los no dia a dia. Dessa forma, é possível gerar uma autoimagem e elevar sua autoestima.
Pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio verificaram que os pedidos eficazes têm seus componentes: exprimir remorso, explicar o que deu errado, admitir a responsabilidade, declarar o arrependimento, oferecer-se para consertar a situação e pedir perdão. Os seis não são necessários em todas as ocasiões.
Há muitas outras razões pelas quais algumas pessoas não podem ou não oferecerão essas duas palavras a outro ser humano. Podermos dizer que nos sentimos muito, é poder ser vulnerável, o que é muito assustador, triste, perigoso ou qualquer um de um número infinito de outros motivos para algumas pessoas.
Pedir não desculpas. “As não desculpas são declarações como: ‘Sinto muito se você se ofendeu com minha piada'”, diz Giner-Sorolla. “Tem o formato do pedido de desculpas (‘Sinto muito’), mas joga a responsabilidade sobre o ofendido, insinuando que é sensível demais.
Deixe o orgulho de lado e peça desculpas
Jesus disse em Mateus 6:14-15 : “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.”.
Perdoar é um grande ato de bondade para consigo mesmo e para os demais, que lhe ajudará a avançar e se dar conta de que não há nada tão venenoso como estar mal consigo mesmo.