Martin Heidegger nasceu na pequena cidade de Messkirch em 1889. A princípio sentiu vocação para ser padre e ingressou num seminário jesuíta. Estudou teologia e filosofia na Universidade de Friburgo. ... Nesta época, escreve seu principal trabalho “Ser e Tempo” onde expõe suas ideias acerca da existência do ser.
26 de maio de 1976
Heidegger questionou as possibilidades de comunicação. Seu pensamento ilustra o momento contemporâneo, marcado pela convergência discursiva entre povos distintos, que tem culturas distintas, e que falam línguas distintas, com fés e crenças distintas, ainda que esforço muito grande se tenha para a unificação de valores.
por meio da análise da existência humana de um ponto de vista fenomenológico, Heidegger se tornou a principal fonte de inspiração de outra corrente filosófica conhecida como existencialismo.
Em outras palavras, a corrente existencialista prega que o ser humano é um ser que possui toda a responsabilidade por meio de suas ações. ... Para os existencialistas, a vida humana é baseada na angústia, no absurdo e na náusea causada pela vida não possuir um sentido para além da própria existência.
O existencialismo é uma corrente filosófica e movimento intelectual que surgiu em meados do século XIX na França, a partir das ideias do filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard. ... Os filósofos existencialistas entendem também a vida e a existência como importantes para o acúmulo gradual de conhecimento.
O filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) entende que o ser humano é temporal e histórico, ou seja, que se modifica de acordo com o tempo e a história. ... A existência humana, na concepção existencialista, é compreendida em suas singularidades e particularidades que diferenciam uma pessoa da outra.
O existencialismo de Sartre, pensamento separativista da percepção e da imaginação, A Existência precede a essência, pensamento desenvolvido em o ser e o nada. “Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”, ou ainda; Não pare agora...
Existencialismo é uma doutrina filosófica centrada na análise da existência e do modo como seres humanos têm existência no mundo. Procura encontrar o sentido da vida através da liberdade incondicional, escolha e responsabilidade pessoal.
"O existencialismo (...) centra sua reflexão sobre a existência humana considerada em seu aspecto particular, individual e concreto." Fenomenologia é um método, ou melhor, uma atitude sobre como conhecemos ou entendemos as pessoas subjetivamente em seus modos de ser.
Diferentemente do existencialismo de Kierkegaard, o existencialismo de Sartre é ateu. A consequência disso é a ênfase na liberdade humana. O existencialismo foi um movimento filosófico plural, isto é, desenvolvido de formas diferentes por muitos pensadores.
Ele afirmava que a existência é definida por esta característica do homem que é denominada transcendência. ... A temporalidade une a essência com a existência, une os sentidos do existir; é o que torna possível a unidade da existência, constituindo assim a totalidade das estruturas do homem.
O ser-para-si não é algo, pois não possui uma essência, ele é pura existência, e está condenado a essa liberdade, tendo que fazer escolhas para criar a essência que não possui. ... Por isso mesmo Sartre coloca o título de seu livro como 'O ser e o nada', que se trata do "ser" (em-si) e o "nada" (para-si).
Não há nada que justifique essa ou aquela ação, a não ser a própria liberdade, o que confere ao homem a total responsabilidade diante de seus atos. ... “Para a realidade humana, ser é escolher-se: nada lhe vem de fora, nem tampouco de dentro, que possa receber ou aceitar.
Pessoas que descrevem a si mesmas como plenamente alertas e atentas ao momento presente têm emoções mais estáveis e maior controle sobre o próprio humor e o comportamento.
A morte é para o ser-aí a possibilidade de não-poder-mais-ser-aí. ... O ser-jogado na morte se lhe revela do modo mais originário e penetrante na situação emotiva da angústia. A angústia diante da morte é angústia 'diante' do poder-ser mais próprio, incondicionado e insuperável.
A limitação dos modos é carência de infinitude, ou simplesmente finitude. ... E finitude significa ser limitado por outras coisas singulares do mesmo atributo. A palavra finitude quer dizer "finitos". Todos os seres vivos são seres finitos isto quer dizer que todos morremos, que temos um final.
A angústia revela a imanente indeterminação ontológica originária da existência humana e seu caráter não essencial. Assim, movimentando-se em uma compreensão de um ente que pode ser, o Dasein se depara igualmente com a possibilidade de nada ser.
A angústia, por ser um modo do existencial da disposição que singulariza o homem, é considerada por Heidegger como disposição fundamental porque além do caráter de singularização da existência do homem, ela abre para ele a possibilidade de sair da decadência e de se apropriar de seu ser.
O que pode tirar o homem da alienação é a angústia? a) Sim.
Experimentamos a angústia quando nos sentimos farto das coisas, tudo se torna igual, tudo perde sentido. O que caracteriza essa experiência é “a fuga do ente em sua totalidade”. ... Quando uma pessoa se encontra angustiada e perguntamos o que sente; ela geralmente diz: “não é nada não”, “não há nada, vai passar”.
Enquanto que para Kierkegaard a angústia é vista em estrita relação com o pecado, a fé e a liberdade, Heidegger busca atribuir ao fenômeno do angustiar-se um sentido ontológico, inscrito no projeto da ontologia fundamental, a partir do qual torna-se possível ao Dasein ser livre para escolher a si mesmo, e assim assumir ...
Para Heidegger, a angústia e o temor fenomenicamente se parecem pelo fato de que, no ato do Dasein se projetar no mundo determinando - no seu modo de-cadente de ser -, ele também se determina como ser-no-mundo; enquanto que, nesse mesmo ato de projetar-se, o mundo como nada, igualmente, já se deu.
A diferença entre a angústia e o temor reside precisamente no fato de que a angústia é mais ampla que o temor. O temor é direcionado a um ente determinado da nossa existência, ao passo que o objeto da angústia, ao qual ela se dirige, é "completamente indeterminado" (1986, §30, p. 186).
Segundo o filósofo Martin Heidegger (1889-1976), o medo nos convida a viver na impropriedade, não atribuímos sentido, deixamos que os outros e as circunstâncias o atribuam, nos alienamos de nós mesmos, vivemos sempre correndo, com nossas agendas cheias de distrações que nos ocupam.
Ôntico é o termo que se refere à estrutura e à essência própria de um ente, aquilo que ele é em si mesmo, sua identidade perante outros entes enquanto Ontológico é o termo que se refere ao estudo da metafísica dos entes, investigação dos conceitos que nos permitem conhecer pelo pensamento o que esse ente é.
Ele diz respeito a um conceito filosófico fundamental, a angústia. A angústia é um sentimento disperso e desagradável e, ao mesmo tempo que carrega uma inquietação metafísica, é algo paralisante. ... Na visão do filósofo dinamarquês, a angústia é constitutiva da condição humana. Ela faz parte da vida.
* * ANGÚSTIA É o sentimento profundo que faz o ser humano despertar da existência inautêntica e revela: o quanto nos dissolvemos em atitudes impessoais; o quanto somos absorvidos pela banalidade do cotidiano; o quanto anulamos nosso eu para inseri-lo, alienadamente, no mundo do outro.
Normalmente oculto pela quotidianidade da existência. O sentimento de abandono e a solidão revelam a realidade mais profunda da condição humana, e a falta do reconhecimento é a característica da existência inautêntica”.
O nada na obra de Heidegger exerce uma função enquanto possibilidade pela qual o ser-aí humano pode entrar numa relação com a totalidade do ente. Nela o nada é imprescindível na medida em que é através dele (nele suspenso) que o ser-aí humano entra em relação com o ente em sua totalidade.