Resposta: foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. É considerado um dos maiores artistas da história da arte brasileira.
Fruto das experiências de Hélio Oiticica (1937-1980) com a comunidade da Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira, no Rio de Janeiro, o Parangolé é criado no fim da década de 1960. Considerado por Hélio Oiticica a "totalidade-obra", é o ponto culminante de toda a experiência que realiza com a cor e o espaço.
Em 1963, Hélio Oiticica iniciou a produção dos Bólides. São trabalhos em formato de caixa, majoritariamente em madeira ou vidro, mas também em plástico, contendo diferentes materiais como pigmento, terra, água, espelhos, conchas, pedaços de tecido ou papel, fotografias ou poemas.
Os Parangolés, do artista brasileiro Hélio Oiticica, são um conjunto de obras que nasceram,como dito o artista, de "uma necessidade vital de desintelectualização, de desinibição intelectual, da necessidade de uma livre expressão".
O Parangolé é uma espécie de capa que se veste, com textos, fotos, cores e que serve como uma Obra-ação-multisensorial.
Verificado por especialistas A preservação de acervos está relacionada com a manutenção da memória bem como da criatividade e talento de um determinado artista. Sendo assim, a preservação deve ser realizada por intermédio de ambientes que apresentem pouca umidade, sendo secos, com uma temperatura reduzida.
De acordo com os textos que foram escritos entre 1959 a 1969, Hélio Oiticica foi um dos poucos artistas que teorizou, conceituou, a própria arte. A ideia do artista era fixar questões essenciais no campo da arte. Quanto mais escrevia, mais potencializava sua teoria que irá acompanhar cada obra e invenção.
A dança e o Parangolé Ocorre uma incorporação entre a obra e o participador dançarino. Dissolvem-se assim as fronteiras entre a arte e o corpo, entre o artista e o espectador, entre a obra e o espectador.
A arte propositora pode ser entendida como um mecanismo da arte onde os artistas utilizam de sua relação comunicativa de maneira intensa, e, direta, expondo uma estética comunicativa que envolva os espectadores em um determinado propósito, passando assim intensidade nas obras, peças, e, expressões corporais elencadas . ...
"Parangolés" -espetáculo que a coreógrafa e bailarina Mariana Muniz estréia hoje, na Galeria Olido, inspirado na obra de Hélio Oiticica- revela uma profunda pesquisa artística envolvendo dança, poesia, samba e artes plásticas. ... O próprio Hélio dizia que eles só faziam sentido se fossem vestidos pelo público", diz ela.
O Parangolé é uma espécie de capa que se veste, com textos, fotos, cores e que serve como uma Obra-ação-multisensorial. “O objetivo é dar ao público a chance de deixar de ser público espectador, de fora, para participante na atividade criadora”.
Ao vestir o Parangolé, o participante se constitui obra de arte e supera a ideia de suporte para a capa. De acordo com Oiticica (2010, p. 13), há uma "incorporação do corpo na obra e da obra no corpo". ... A vivência é o que pulsa nesse movimento criado pelos novos espaços concebidos ao artista e aos participantes.
O parangolé tem a função geralmente de enganar uma pessoa através da lábia. O que é: É um objeto artístico cujo conceito foi criado pelo artista brasileiro Hélio Oiticica.
Os Parangolés são capas, estandartes e tendas feitos de variados materiais como plásticos, panos, esteiras, telas, cordas etc., revelados no movimento de quem o usa (OITICICA FILHO, 2011).
Estandartes, bandeiras, tendas e capas de vestir prendem-se nessas obras, elaboradas por camadas de panos coloridos, que se põem em ação na dança, fundamental para a verdadeira realização da obra: só pelo movimento é que suas estruturas se revelam.
A obra Parangolé, no entanto, consiste no gesto simples, desprovido de acessórios, de se vestir da peça (tal como se veste uma roupa) e de se mover com ela como se fosse, ao mesmo tempo, um estandarte de festa e de protesto.
A criação do Parangolé surgiu na década de 60, através do contato que Oiticica teve com o samba e o seu ritmo contagiante. O samba para o artista era uma livre expressão, uma desinibição intelectual, “lucidez expressiva da imanência” como ele se referia.