Fãs da primeira versão brasileira de Chiquititas costumam ficar nostálgicos e atentos às publicações dos ex-integrantes da novela no mês de julho. A novela, que completou 24 anos de lançamento no dia 28, tem sido lembrada em lives promovidas por Aretha Oliveira, a ex-chiquitita Pata, única menina a integrar o elenco do início ao fim da história. Assim como ela, apenas Flávia Monteiro, do elenco adulto, e Pierre Bittencourt, estiveram em todas as fases do folhetim, exibido pelo SBT entre julho de 1997 e janeiro de 2001.
Ao todo, a novela lançou seis álbuns (sendo um especial com canções inéditas, remixes e versões em karaokê) e um VHS com clipes. Juntos, os discos obtiveram mais de 3 milhões de cópias vendidas. Sendo que o primeiro álbum vendeu mais de 1.200.000, recebendo o certificado de Disco de Platina Triplo. O mesmo certificado recebeu o segundo álbum, que vendeu mais de 800 mil cópias. Os dois últimos álbuns receberam certificado de Ouro, sendo que o último teve 350 mil cópias vendidas. Os certificados, geralmente, eram entregues ao vivo no Domingo Legal, quando o elenco voltava para o Brasil.
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Elas são supervisionadas por Ernestina, zeladora do orfanato, e Chico, o cozinheiro amado pelas internas. Sofia, ex-governanta da família Almeida Campos, é a diretora do lugar, até que Carmem, irmã de José Ricardo, entre em seu lugar. Chegam ainda mais órfãos: Pata, Mosca, Binho e Rafa, que viveram nas ruas antes de entrarem na instituição. Pata e Mili tornam-se amigas rapidamente, enquanto Mosca, Binho e Rafa são os primeiros garotos a entrar no abrigo. As crianças sem-teto foram ajudadas por uma doce e bela garota que tocam e mudam a vida delas, assim como as das garotas do Raio de Luz.
Em número de capítulos, é considerada a novela mais duradoura da história da televisão brasileira, com 787 capítulos. Mas, por ser dividida em temporadas e ter passado por hiatos durante sua exibição, não é considerada a mais longa da história.
Em 1998, para a segunda fase da segunda temporada, o SBT promoveu testes de elenco para crianças de 6 a 12 anos de idade de todo o Brasil, em audições que aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Estes testes foram abertos a todas as crianças, sem que estas precisassem ter experiência com atuação ou serem agenciadas. Com isso, 31 mil crianças participaram destes testes. Muitas delas, fãs da novela, que formavam filas gigantescas nas sedes das audições. Participaram 15 mil crianças em São Paulo, 10 mil no Rio de Janeiro e 6 mil em Recife.
Sucesso absoluto, a história de Mili (Fernanda Souza), Pata (Aretha Oliveira), Bel (Vivian Nagura) e Mosca (Pierre Bittencourt) – os órfãos que viviam na mansão Raio de Luz – acabou revelou ótimos atores, ganhou um remake anos depois, e voltou a reunir o elenco para a produção do documentário Anos Depois, que está em fase de finalização.
Para que a trama se mantivesse tanto tempo no ar, constantes renovações no elenco eram feitas, somando mais de 40 atores mirins entre as cinco temporadas. Diferentemente da Argentina, em que os chiquititos demoraram quase um ano para ingressar na história, na versão brasileira eles já estavam presentes a partir do segundo mês. Mosca (Pierre Bittencourt), Rafa (Felipe Chammas), Júlio (Paulo Nigro), Binho (Luan Ferreira) e Matias (Bruno Andrade) foram os primeiros.
Pierre Bittencourt: Depois de viver o chiquitito Mosca nas cinco temporadas da novela, o ator se dedicou ao teatro, participando de comédias como Nany People salvou meu casamento. Na TV, fez as novelas Pequena Travessa (SBT, 2002) e Água na Boca (Band, 2008), além de uma participação no seriado Carcereiros (Globo, 2019). Desde 2006, integra o elenco do humorístico A Praça é Nossa, no SBT. Dublador profissional, Pierre empresta a voz a animações, seriados, novelas turcas e mexicanas. Durante a quarentena, montou um home studio em casa para poder continuar trabalhando.
Ana Olívia Seripieri tinha apenas 8 anos quando interpretou Tati – uma das protagonistas de Chiquititas. Após a novelinha, atuou em outros folhetins do SBT e no teatro. Em 2007, após fazer Amigas e Rivais, também no SBT, acabou se afastando da telinha.
Greta Antoine: Atuou na quinta temporada da novela, interpretando Inês. Após Chiquititas, manteve-se na carreira artística atuando no seriado infantil Ilha Rá Tim Bum (Cultura, 2002), que contou ainda com o ex-chiquitito Paulo Nigro no elenco. Na TV, participou ainda de Maria Esperança (SBT, 2007), Rebelde (Record, 2012), Nada Será Como Antes (Globo, 2016) e Filhos da Pátria (Globo, 2017). Afastada de projetos na TV e no teatro, ela estuda nutrição e filosofia.
Renata del Bianco fez Vivi em Chiquititas e, logo após o término de sua participação, ela passou a fazer alguns outros papéis de menor destaque. Distante da carreira artística, se formou em Veterinária. Recentemente ela fez uma participação no programa Morning Show, da RedeTV!.
Helena consegue a escritura do casarão e passa a armar contra Carolina para conseguir a guarda de sua neta de volta. Enquanto isso, Carolina continua com Felipe, mas fica dividida entre o irmão gêmeo dele, Manuel (Marcos Pasquim). Na reta final Felipe recebe uma proposta de trabalho nos Estados Unidos e viaja com Maria.
Carla Diaz interpretou Maria em Chiquititas na primeira versão da novela, e foi um grande sucesso. O papel fez com que ela se tornasse famosa ainda pequena. Contratada pela Globo, fez diversos papéis de destaque (um muito lembrado é o de Khadija, em O Clone, de 2002). Em seu trabalho mais recente, interpretou Suzane Von Richthofen no cinema.
As duas primeiras temporadas tiveram exibição em sequência, assim como a terceira e a quarta. Mas houve dois hiatos, entre a segunda e terceira temporadas e entre a quarta e quinta. Os intervalos passaram a acontecer para que os atores mirins tivessem um período de folga de 3 meses a cada início de ano, após uma reinvindicação dos pais das crianças que pediam férias para elas. A segunda temporada é dividida em duas fases, a primeira com 185 e a segunda com 105.
Guisele Frade, Aretha Oliveira, Francis Helena e Fernanda Souza com os primeiros uniformes de 'Chiquititas' durante gravação de clipe no Museu do Ipiranga (Foto: Reprodução)
Flávia Monteiro: A atriz se formou em Cinema depois de atuar em Chiquititas como a protagonista Carolina. Na TV, optou por descansar a imagem após a trama infantojuvenil – recusando convites para atuar em Pícara Sonhadora, por exemplo. Depois de quatro anos longe das novelas, fez Os Ricos Também Choram (SBT, 2005). Também atuou em Vidas Opostas (Record, 2007) e Apocalipse (Record, 2017), além de ter feito participações especiais em Kubanacan (Globo, 2003) e Bang Bang (Globo, 2006). No teatro, atuou em mais de dez espetáculos, como o musical Frisson e a comédia Mulheres Alteradas.
O SBT firmou uma parceria com a Telefe, que produzia a versão original. Com isso, a novela foi totalmente gravada em Buenos Aires, com atores brasileiros, no estúdios da emissora argentina. Reaproveitando os mesmos cenários da versão original, que ainda estava sendo gravada na época. Foi uma maneira que o SBT encontrou de economizar custos. Os atores ficaram hospedados em dois prédios alugados pela emissora brasileira. Sendo que os atores menores foram acompanhados de responsáveis. As gravações começaram na Telefe em 2 de junho de 1997.
Paulo Nigro deu vida a Júlio, um dos órfãos de Chiquititas no fim da primeira fase da novela. Ele continua se dedicando a sua carreira artística. Teve um papel de destaque em Os Dez Mandamentos, novela da Record, emissora onde coleciona trabalhos.