Mary Austin era uma das lindas vendedoras da Biba, famosa butique da Swinging London e talvez o lugar mais cool da capital inglesa na década de 70. Point de descolados, artistas e fascinados por moda e estilo, Freddy Mercury era um dos habitués do lugar. E foi por lá que conheceu a mulher que mudaria sua vida e com que viveria logo depois um relacionamento de seis anos. Esse é um dos pontos altos do documentário Freddie Mercury: The Untold Story.
Quer conhecer um pouco mais sobre a vida do grande Freddie Mercury? Separamos a história dele em alguns dos aspectos mais importantes da sua vida: sua infância e adolescência, carreira, relacionamentos e, claro, seu legado.
Muito se diz sobre a sexualidade de Freddie (que é quase sempre retratado como homossexual). Na verdade, o artista era bissexual não assumido, tendo relacionamentos com homens e mulheres ao longo da vida.
Em 1991, Mercury perdeu a visão e quase não saía da cama. Ele parou de tomar pílulas e se recusou a lutar por sua vida. Mary e Jim estavam lá: eles se lembravam dos velhos tempos, viam as gravações dos shows do Queen, riam e choravam juntos.
Freddie Mercury viveu diversas paixões ao longo da vida, algumas breves e outras que duraram até o final da vida do vocalista do Queen. O astro do rock mergulhou de cabeça em cada relacionamento e não deixou de lembrar de alguns parceiros no testamento dele.
Confira a reportagem original do Aventuras na História aqui.
Claro, Mary Austin também tinha sua vida pessoal, assim como Freddie Mercury. Teve dois filhos, mas nunca se casou com o pai das crianças. Freddie Mercury até se tornou o padrinho de seu filho mais velho. Naquele momento, Freddie dolorosamente procurou o amor, foi assediado pelos fãs, mas para receber afeto e apoio, ele procurava Mary.
Além disso, após a sua morte, o astro deixou a Mary em seu testamento dois itens de grande valor. O primeiro foi a detenção dos direitos autorais de todas suas músicas, que a continua rendendo milhões de libras. Freddie também a deixou sua mansão, que Mary continua a viver até os dias de hoje.
Aos 19 anos, Mary era uma vendedora da butique londrina Biba, um dos lugares mais descolados da capital inglesa na época. Freddie e o guitarrista Brian May sempre iam para lá observar as garotas, e o cantor acabou se apaixonando pela jovem, como mostrou o documentário "Freddie Mercury: The Untold Story". "Ele era diferente de todos [os homens] que eu tinha conhecido", disse ela para o "Daily Mail" em 2013. "Ele era confiante, de um jeito único. Nós crescemos juntos".
Segundo o site Mirror UK, Mercury deixou cerca de £500 mil para Hutton, que decidiu voltar para o país de origem, Irlanda, e viver o resto da vida.
Ele teve o início da sua educação na St. Peter Boarding School, uma escola para meninos focada na educação inglesa e com aulas de piano. É aí que começa a nascer o nosso Freddie.
O relacionamento do casal terminou após o artista assumir que também gostava de homens, mas mesmo assim mantiveram uma grande amizade pelo resto da vida. Mercury, inclusive, dedicou a música Love of My Life a ela e se tornou padrinho de seu primeiro filho.
Mary lembra que naquela época eles eram muito pobres, e seu romance era semelhante ao relacionamento de milhares de casais. Os jovens ouviam música, passeavam, mas não podiam se permitir nenhum capricho extra. A vida dos músicos novatos em Londres não foi fácil na década de 1970, pois havia milhares deles.
Em 2018, Mary Austin completou 67 anos. Ela vive na mansão de Mercury atrás de paredes insuperáveis e não fala com jornalistas. Mary se recusou a participar do filme biográfico Bohemian Rhapsody, mas leu o roteiro e o aprovou.
Já em seus últimos dias, Freddie teria perdido sua visão e permanecia sempre na cama. Por isso, em 10 de novembro de 1991, ele decidiu parar de tomar seus medicamentos e apenas esperar por sua morte. Um comunicado sobre sua doença foi lançado à imprensa no dia 23 de novembro.
O casal namorou por seis anos, e o relacionamento ainda deu fruto para uma das músicas mais importantes do Queen: "Love of My Life". A homenagem do cantor para a amada foi lançada em 1975, e falava da importância de Mary para Freddie. "Todos os meus amantes me perguntavam por que eles não conseguiam ocupar o lugar de Mary, mas é simplesmente impossível", disse o vocalista em 1985. "A única amiga que tenho é Mary, e não quero mais ninguém. Para mim, ela é minha mulher. Para mim, foi um casamento. Nós acreditamos um no outro, isso é o suficiente para mim".
Nos anos seguintes, os discos A Day At The Races e News Of The World foram lançados com outras faixas inesquecíveis, como Somebody To Love, We Will Rock You e We Are The Champions.
Mary Austin nasceu numa família de surdos-mudos e se comunicava com seus pais pela linguagem de sinais. Mas, por outro lado, essa família não era diferente de muitas outras: seu pai trabalhava como aplicador de estuque em obras e sua mãe era empregada doméstica. A garota baixinha e frágil imediatamente atraiu a atenção do futuro ídolo do rock. É verdade que Mary ficou um pouco surpresa: Freddie sempre se vestia de maneira chamativa. Diante dela apareceu um rebelde de cabelos compridos, de 24 anos, vestido com uma roupa extravagante, que, é claro, desconcentrou muito a garota comum e normal.
O fato de Freddie Mercury ter HIV no início era conhecido apenas por duas pessoas: Mary Austin e Jim Hutton. Quando a doença incapacitou o cantor, estes dois não o abandonaram por um único momento. Mary, porque era uma amiga leal de toda a vida e Jim foi o último amante da estrela.