Filha de Tupã, Jaci é a deusa da lua e guardiã da noite. Responsável pela reprodução, ela tem o dom de despertar as saudades no coração dos caçadores e guerreiros para que voltem sempre ao colo de suas esposas e cuidem de suas famílias.
Guaraci é Irmão e também marido de Jaci, a deusa Lua, de quem logo falaremos um pouco mais. Vale ressaltar também que o deus do Sol é o guardião das criaturas durante o dia. A passagem do dia para a noite e vice-versa é considerado como o encontro entre Jaci e Guaraci, e ocasião na qual as esposas pediam proteção para os maridos que iam caçar.
Vale ressaltar que a mitologia indígena brasileira tem uma lenda para a criação da noite: nas aldeias de todo o mundo, era sempre dia, e os homens nunca paravam de caçar, e as mulheres de limpar e cozinhar. O sol ia do leste ao oeste e depois fazia o caminho contrário, do oeste ao leste, sempre sem nunca desaparecer. Um dia, porém, quando Tupã havia saído para caçar, um homem tocou no frágil Sol para saber como funciona, e o Sol se quebrou em mil pedaços. A partir de então, as trevas reinaram nas aldeias, e Tupã, inconformado, recriou o Sol, mas este não voltava mais do oeste para o Leste, e por conta disso Tupã criou a Lua e as estrelas para iluminar a noite.
A Lua simboliza o tempo presente e para muitas culturas ela foi a medida do tempo, como é o caso dos índios da América que mediam o tempo pelos ciclos da Lua, que completos traduziam uma unidade mensal. ... Para uma tribo de índios do Brasil, a Lua é uma divindade masculina que nada tem a ver com o Sol.
Depois de ser ferido pelo índio que teria matado o pai de Kuandú, o dia escureceu, fazendo com que os índios não pudessem trabalhar para a sua sobrevivência.
O amor de Guaraci e Jaci Um dia, Guaraci estava muito cansado e por isso teve que fechar os olhos para descansar um pouco. Com os olhos fechados, tudo foi abraçado pela escuridão e então, para iluminar tudo enquanto ele dormia, ele criou a lua, Jaci. Jaci era tão linda que Guaraci logo se apaixonou por ela.
"Enquanto houver respeito e preservação da identidade cultural dos povos indígenas, a mitologia não morrerá. Ela é valiosa para o modo de vida, as visões de mundo e os rituais importantes da vida das pessoas e comunidades", conclui o professor Felipe.
Um dia, soam os gritos de guerra e quando Malauá foi se despedir de Uadi, este lhe comunica que também partiria em breve. Enquanto falava, uma arara-vermelha pousou na árvore e pediu a criança. Era Cananxiué que vinha buscar o seu filho. Tainá-racan se desesperou e chorou três dias e três noites.
Iá (em egípcio: Iah) ou Aá (Aah) era o deus da lua na mitologia egípcia. As primeiras presenças do nome “Iá” referem-se à lua enquanto satélite do planeta terra. Mais tarde, a palavra passaria a designar uma divindade.
Tem uma perna só, usa gorro vermelho e fuma cachimbo. Mas nem sempre foi assim. Inicialmente o Saci tinha duas pernas, mas perdeu uma lutando capoeira, a partir de quando começa a fumar.
O mito da criação envolve Tupã, que, com a ajuda da deusa Araci (deusa da aurora e das madrugadas), haveria descido à Terra em um monte da região do Aregúa (Paraguai), criando de lá tudo que existe (mares, florestas, animais, etc) e colocando as estrelas no céu.
O Boto cor-de-rosa é um galanteador que se transforma em um rapaz jovem e muito bonito para se encontrar com as moças da comunidade. Isso acontece principalmente por ocasião das festas juninas.
O professor reitera que a astronomia é um dos conhecimentos mais antigos da humanidade, e os povos indígenas usavam os astros não apenas como referência geográfica e temporal, como também histórica. Suas constelações representavam ancestrais, heróis e animais simbólicos. Mas como cada astro era representado nessa cultura tão rica?
Além dos tupis e dos guaranis – dois dos grupos mais importantes –, ianomâmis, araras e dezenas de outros povos deixaram um legado mitológico que permanece vivo até hoje. "Cada tribo, cada etnia, cada civilização indígena tem sua própria mitologia. Cada uma conta uma história sobre sua trajetória como povo, e que não é a trajetória de nenhum outro. Existem, ainda assim, muitos aspectos comuns entre os povos. As referências centradas no Sol na Lua, nas estrelas, a água e as tempestades, os grandes heróis grandes civilizadores da humanidade, que se tornaram constelações, estão presentes em grande parte das mitologias ameríndias", explica Felipe.
Para eles, quando essa vida ainda não havia começado, existiam somente o céu e a água. Separando-os, uma pequena casca que recobria o céu e servia de assoalho a seus habitantes. Na casca do céu a vida era plena, pois havia de tudo para todos.
Uma coisa que a humanidade sempre fez, independente de seu período, foi depositar a sua fé em alguma entidade superior. Na antiguidade, para os seres humanos, tudo era justificado com base nos deuses — desde os fenômenos da natureza até as emoções. E como grandes fãs da astronomia que somos, nós do Canaltech desenvolvemos a série de matérias chamadas Deuses da Astronomia, justamente para entender de que maneira os astros eram justificados pelas antigas civilizações. Nesta estreia, focamos na mitologia dos indígenas brasileiros.