Está associado à agressão física e à selvageria. Seriam esses os elementos necessários para o sucesso bélico. As características são suavizadas para Marte, o equivalente de Ares na mitologia romana. Marte é menos agressivo, mais calmo e compreensivo.
A ajuda de Ares também era bastante solicitada pelos gregos em diversas guerras e para isso eles sacrificavam animais na noite anterior aos combates, em oferta ao deus.
Dentre os acompanhantes de guerra, além de Deimos e Fobos, seus filhos, também estão Eris, que representa a discórdia e Ênio, que também era uma deusa do derramamento de sangue.
Descrito por Hesíodo na sua Teogonia como “Ares fura escudos” e “Ares destruidor de cidades”, o deus representava o lado mais brutal e sangrento das batalhas, o que contrastava com Atena que representava os elementos mais estratégicos da guerra. Nas histórias da mitologia Grega, Ares era geralmente encontrado na companhia dos seus outros filhos com Afrodite, Fobos (Medo) e Deimos (Pânico), com a sua irmã Éris (Discórdia) e a sua auriga Énio.
Na arte Grega Arcaica e Clássica, Ares é frequentemente representado usando armadura completa e carregando um escudo e uma lança. Desta maneira ele é praticamente indistinguível de qualquer outro guerreiro. Ás vezes são representadas na sua carruagem puxada por cavalos que respiram fogo. O mito da batalha de Ares contra Hercules era popular nos vasos Áticos durante o século 6 AEC.
Outro ponto importante sobre Ares é que embora ele fosse um entusiasta das guerras, ele perdeu muitas batalhas, inclusive para Atena, como contaremos abaixo.
Nas batalhas, o deus guerreiro costumava trajar-se usando capacete, escudo, lança e couraça, além de sempre comparecer em uma biga que era tracionada por cavalos que botavam fogo pelas narinas.
Apesar disso, Ares tinha boa aparência, grande vigor físico e era muito corajoso. Provavelmente por isso, teve um longo relacionamento extraconjugal com Afrodite, deusa da beleza e do amor. Essa deusa era casada com Hefesto, deus da metalurgia, conhecido por ter uma aparência horrenda. Nesse relacionamento, Afrodite e Ares tiveram vários filhos juntos.
Ares era o deus Grego da guerra e talvez o mais impopular de todos os Olimpianos devido ao seu temperamento forte, agressividade e a sua inesgotável sede por conflitos. É famoso por seduzir Afrodite, lutar sem sucesso contra Hercules e enraivecer Poseidon ao assassinar o filho deste Halirrhothius. Um dos deuses Olimpianos mais humanos, ele era popular na arte Grega e ainda mais nos tempos Romanos quando se tornou mais sério como Marte, o deus Romano da guerra.
Na mitologia romana, o deus da guerra Marte é o pai de Rômulo e Remo, os fundadores de Roma. Ele é o deus correlato de Ares e o mês de março é uma homenagem a ele.
Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia da equipe (Inciso I do Artigo 29 Lei 9.610/98), salvo para trabalhos escolares. Todo conteúdo é para fins educacionais.
Talvez sem muitas surpresas, considerando a cultura militar da cidade, Ares era bastante estimado em Esparta. Ares não era muito adorado mas havia locais de culto com templos a ele dedicados em Creta (ele é mencionado na Linear B das tábuas de Cnossos) e em Argos, Atenas, Erythrae, Gerantrae, Magalopolis, Tegea, Therapne e Troezon. Ele também era cultuado na Trácia e era popular entre os Cólquidas no Mar Negro.
Durante a Guerra, Diomedes viu que Ares havia mudado de lado e ordenou que os seus soldados recuassem lentamente. Em um ataque de Ares contra Diomedes, Atena, que estava descontente com a situação, desviou a lança atirada.
Vingativo, matou Poseidon, após este estuprar Alkippe, uma de suas filhas. O tribunal divino o absolveu e ele, mais uma vez, pôde permanecer no Olimpo.
Algumas versões dizem que da união dos dois também nasceu Eros, que assim como a mãe era um deus ligado ao amor e tinha o poder de roubar os corações das pessoas com suas flechas. Outros já dizem que Eros é um deus primordial, nascido logo após o Caos.
Mais tarde, ao deus romano Marte foi dado muitos dos atributos de Ares, embora, como era típico na visão Romana dos deuses, com menos qualidades humanas. Na mitologia Romana, Marte foi o pai de Rómulo e Remo (através da violação da Virgem Vestal Réia Sílvia) os lendários fundadores de Roma, e assim, a cidade adquiriu um estatuto sagrado. Como Atena era padroeira de Atenas, Marte era o padroeiro da capital Romana e o mês martius (Março) recebeu o seu nome.
Na versão de Homero da Guerra de Tróia, Ares apoia os Troianos, chegando por vezes a liderá-los juntamente com Heitor. A Ilíada mostra Ares numa luz menos favorável, e é descrito como “Ares odioso”, “o assassino”, “o belicoso” e “flagelo dos homens”. A imagem que Homero passa de Ares muitas vezes demonstra a sua fraqueza em comparação com os outros deuses. Ares é agredido por Atena que, estando do lado dos Aqueus, lhe acerta com uma grande pedra. Ele também sai perdedor contra o herói Diómedes que consegue ferir o deus com a sua lança, graças à ajuda de Atena. Homero descreve o grito de dor de Ares como o de 10000 homens feridos. Fugindo de volta para o Olimpo, Zeus ignora as suas queixas mas ordena que sua ferida seja tratada por Paieon.
Filho de Zeus e Hera, as irmãs de Ares eram Hebe e Ilítia. Tirando o facto de ser um deus, os Gregos consideravam-no como oriundo da Trácia, talvez numa tentativa de o associar com o que pensavam ser estrangeiros e amantes de guerra, completamente diferentes deles próprios. Ares teve vários filhos com diferentes parceiras, dos quais vários tiveram o infortúnio de se atravessarem no caminho de Hercules durante os seus famosos doze trabalhos. A filha de Ares Hipólita, a rainha Amazona, perdeu o seu cinturão para Hercules; o seu filho Euritião perdeu o seu gado; e Diómedes teve os seus cavalos roubados pelo herói. As corajosas mas guerreiras Amazonas são ditas serem descendentes de Ares.