Na obra, a animalização do ser humano (zoomorfização) é notória, principalmente, no personagem Fabiano e a humanização do animal (antropomorfização) na cachorra Baleia que, embora sendo um animal, é como um membro da família e apresenta as sensações mais humanas de toda a narrativa.
BALEIA – personagem curiosa. É a cadela da família, que, no meio de personagens animalizados – zoomorfizados -, acaba por sofrer o processo inverso, de humanização – ou antropomorfização. Baleia, assim, demonstra um comportamento humano em muitas passagens, sobretudo no momento de sua morte.
20 de março de 1953
Vidas Secas é um influente e importante romance do escritor brasileiro Graciliano Ramos, escrito entre 1937 e 1938, publicado originalmente em '38 pela antológica Livraria José Olympio Editora, hoje editado pela Editora Record, e considerado por muitos como a maior obra do autor.
Uma das implicações dessa vida nômade dos sertanejos é a fragmentação temporal e espacial. Graciliano Ramos conseguiu captar essa fragmentação na estrutura de Vidas Secas ao utilizar um método de composição que rompia com a linearidade temporal, costumeira nos romances do século XIX.
Vidas Secas pertence ao modernismo brasileiro. Mais especificamente, pertence ao segundo tempo do modernismo brasileiro, período compreendido entre 1930 e 1945. Nesse período ocorre uma retomada das características do realismo-naturalismo do século XIX.
155 páginas
Graciliano Ramos
terceira pessoa
O romance conta a história de uma família de retirantes do sertão brasileiro.
Resposta. A pobreza do sertanejo nordestino, sua exploração pelos donos das terras e a migração, o abandono dos pobres, chamados de retirantes, de sua terra por causa da seca.
Importância do livro O romance Vidas Secas, publicado em 1938, consegue a proeza de apresentar de maneira sintética uma visão da sociedade brasileira em seus níveis mais profundos. Há a dimensão social da exploração e da opressão política.
Nessa passagem do livro, o escritor identifica um personagem que vive o drama de ver e perceber o mundo, percebendo-se ele próprio no mundo, convivendo com coisas, com pessoas e, no entanto, sentindo-se incapaz de contar, narrar esta inserção, esta convivência, sua história: “Havia muitas coisas.
Fabiano, apesar da casca grossa, ainda mantinha um caráter genuíno. É perceptível que a rudez de Fabiano foi forjada no sofrimento e, bastou um rompante, um insight, para que ele pudesse repensar suas atitudes com o filho.