A abertura de capital foi a maior em termos de participação de investidores de varejo do mercado brasileiro. Ao todo, segundo o banco, 815 mil pessoas investiram em seus BDRs (Brazilian Depositary Receipts), equivalentes a ações aqui na Bolsa brasileira.
Segundo a Bloomberg, mulheres não herdeiras são apenas 3% das 500 pessoas mais ricas do mundo no Índice Bloomberg Billionaires. Atualmente, Junqueira possui cerca de 2,6% do banco digital, que foi avaliado em US$ 41,5 bilhões após o IPO (Oferta Pública Inicial).
Agora, o Nubank ocupa o posto de banco mais valioso da América Latina, alcunha que antes pertencia ao Itaú Unibanco – e a CEO ganha US$ 1,1 bilhão.
"As pessoas que conseguem são, justamente, as que encontram motivação para fazer apesar das dificuldades. Aí que entra, de novo, a questão do autoconhecimento. Motivação não é linear e nem algo binário. Mas tendo ou não tendo motivação, você precisa ter responsabilidade com os compromissos que você assumiu."
Passada a polêmica, o Nubank seguiu com seus planos, que culminaram na estreia na Bolsa. Quem entende de negócios de tecnologia se impressiona com a capacidade de Cristina e de seus cofundadores de permanecerem na dianteira das estratégias de fintech com o negócio operando em patamares cada vez maiores.
Cristina Junqueira é co-fundadora do Nubank, o maior banco digital do mundo, com valor de mercado multibilionário, sobretudo após a estreia de sua IPO. Ela também é conhecida por sua trajetória profissional em grandes empresas como o Itaú Unibanco.
Cristina foi a única brasileira a ser reconhecida na edição 2020 da lista Fortune 40 under 40, a qual destaca líderes que estão transformando o mundo dos negócios. Impressionante né? Também foi eleita pela Forbes uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil em 2020!
A energia de fazer mais, buscar resultados e inovar acabou levando a uma conversa com o colombiano David Vélez, que se preparava para fundar o que viria a ser o Nubank. Em 2013, o executivo radicado nos EUA, com o apoio da Sequoia Capital, buscava nomes para ajudar a colocar em pé uma fintech dedicada a colocar o controle das finanças nas mãos das pessoas — e não mais das instituições financeiras.
Contudo, atualmente Cristina busca equilibrar o alto custo pessoal da dedicação extrema aos negócios. "Sucesso não se trata só de trabalho e carreira. Temos que considerar que somos cidadãs, irmãs, filhas, esposas, mães. É saudável buscar o equilíbrio entre esses tantos papéis que precisamos gerenciar."
"É o tipo de coisa que a mulher executiva tem de enfrentar no dia a dia. Quando são enfáticas e lideram uma reunião, são classificadas como difíceis. O mesmo não acontece com os homens, que são respeitados — e elogiados — quando adotam a mesma posição", compara Margareth Goldenberg.
Considerada uma das mulheres mais poderosas do Brasil em 2020 pela Revista Forbes, Cristina Junqueira, cofundadora e CEO do Nubank, deu mais um passo em direção a quebra de recordes nesta semana. Com a estreia do ‘roxinho’ na Bolsa de Nova York, a executiva passa a integrar a lista restrita de mulheres bilionárias e que construíram sozinhas as próprias fortunas.
Junqueira voltou a trabalhar em banco ao retornar ao Brasil, em 2008, quando foi superintendente de negócios no Itaú Unibanco, na área de seguros para pequenas e médias empresas. Um ano depois, se tornou chefe de produtos da LuizaCred, departamento de cartões de crédito da Magazine Luiza.
No ano de 2017, ela também precisou participar do mercado financeiro em sua gestação. O Nubank teve sua primeira captação de recursos durante este período, e ela precisou viajar para os EUA enquanto passava pelo sétimo mês de gravidez de sua primeira filha. Assim, a família da Cristina Junqueira foi construída, enquanto ela manteve sua carreira de sucesso com o Nubank.
Basicamente, ela estava cansada de oferecer cartão para quem não queria e negar o acesso para quem buscava a opção de pagamento. Foi nesse momento que, segundo relatos, a executiva enfrentou preconceito e vieses que costumam prejudicar a ascensão das mulheres a altos cargos.
Nascida em Ribeirão Preto, em São Paulo, Cristina tem 37 anos. Ela é formada em Engenharia de Produção e mestre em Engenharia pela Universidade de São Paulo (USP).
Aliás, antes de se juntar ao colombiano David Velez na criação da fintech, Junqueira trabalhou durante quase uma década com consultoria estratégica e em bancos tradicionais (de 2003 a 2012). No próprio Itaú, desbancado pelo Nubank em valor de mercado, a empresária foi analista de sistemas, superintendente e gerente na área de cartão de crédito.
Em 2009, tornou-se gerente de produtos da LuizaCred, ficando por lá até 2011. Em 2012, voltou para o Itaú Unibanco, onde atuou na área de cartões da instituição financeira.
Em 2006, tornou-se consultora interna na Booz Allen Hamilton, empresa norte-americana de consultoria e gestão, e no Boston Consulting Group, onde ficou até 2007. Depois, mudou-se para os EUA para estudar finanças e marketing na Northwestern University, no estado de Illinois.