A religião nutre o ego, uma se considera melhor que a outra. A espiritualidade transcende o ego e valoriza todas as religiões que promovem a vida e o bem. A religião provoca devoção; a espiritualidade, meditação. A religião promete a vida eterna; a espiritualidade a antecipa.
As religiões ou igrejas podem ajudar as pessoas a buscarem compreensão sobre o sentido da vida, a enfrentarem com coragem e esperança os momentos difíceis, como a tristeza, a doença, acidentes, morte, bem como a celebrarem e compartilharem os momentos felizes da vida.
De qualquer modo, a religião pode contribuir para a moral, de múltiplos modos. A religião autêntica deverá constituir mais um impulso para a acção ética. Quando se pergunta pelo fundamento último da moral na sua incondicionalidade, é difícil não ser confrontado com a religião e o absoluto de Deus.
No Brasil o ensino religioso é permitido tanto nas escolas particulares e públicas. ... De acordo com a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o ensino religioso deve ser facultativo, precisa assegurar o respeito à diversidade de credos e não tentar impor um dogma ou converter alguém.
"Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
A Constituição Federal, no artigo 5º, VI, estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.
"Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais."
Ninguém será submetido a coerções que possam restringir sua liberdade de ter ou adotar uma religião ou uma crença de sua escolha. ... É esse o campo da liberdade de pensamento, de consciência e de crença. É um campo que diz respeito somente ao indivíduo, não podendo sofrer qualquer interferência do Estado.
O mesmo artigo 5º, em seu inciso VI, estabelece que a liberdade de crença é a liberdade de pensamento de foro íntimo em questões de natureza religiosa. ... Um Estado laico não quer dizer um Estado que não aceita a religião.