Com o auge da industrialização do Brasil, entre as décadas de 1950 e 1970, a migração nordestina para a região Sudeste, em especial para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, foi intensa, tornando as capitais destes estados (São Paulo e Rio de Janeiro) grandes polos de atração para essas populações.
Durante os anos de 1915 a 1918, o número de entradas de estrangeiros ficou bastante reduzido, sendo a média anual de 27.000 pessoas. A partir de então, os portugueses voltam a constituir o maior contingente de estrangeiros entrados no país. Também aumenta a representatividade dos grupos englobados na categoria "outras nacionalidades".
A história dos direitos dos refugiados e migrantes está diretamente ligada à história da humanidade, visto que o fluxo e o movimento de pessoas em diferentes territórios possibilitaram não apenas o povoamento do planeta, mas a construção da identidade cultural e social das sociedades ao redor do mundo.
Há porém alguns anuários que apresentam dados retrospectivos como é o caso do de 1948 e o de 1954, pelas nacionalidades que mais contribuiram. Os dados aqui utilizados para o Brasil, de 1884 a 1954 provém desses anuarios. Os anteriores a esses foram coletados da Tabela sobre o movimento de imigração de 1820 a 1907 do Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908 2 (p. 82-85). Os posteriores a 1954 até 1967 foram tirados de vários anuários. De 1968 a 1972 (até 31-8-1972) foram copiados diretamente dos resumos, da Divisão Nacional de Migração do Departamento Nacional de Mão de Obra, Ministério do Trabalho e Previdência Social.
2. Do que é possível afirmar quanto à emigração dos estrangeiros que aqui chegaram, verificamos que foi durante o período de 1890 a 1900 o mais próximo do início das grandes correntes imigratórias , que menos imigrantes deixaram o país. Daí em diante, o nível de retorno tendeu a ir gradativamente aumentando.
Nesse período, os deslocamentos eram motivados especialmente por questões climáticas e de subsistência, visto que os povos eram caçadores-coletores. Isto é, caçavam e coletavam os alimentos e recursos para a sua sobrevivência. Assim, conforme o historiador, em torno de 10.000 a.C o homo-sapiens já havia atingido os territórios da África, Eurásia, Austrália e Américas.
Em 1822, por ocasião da Independência, segundo WAIBEL 41 "julgou-se necessário dar maior ênfase à colonização das duas províncias mais meridionais, que estavam sujeitas a ataques dos Argentinos pelo lado sul, e dos índios Botocudos pelo interior". Some-se a isso o desinteresse que os colonos dos Açores e da Madeira e os luso-brasileiros tinham em relação ao cultivo de terras de mata, preferindo os campos abertos. Há a acrescentar também a influência da imperatriz, originária da Europa Central, na escolha dos grupos nacionais que para cá imigraram (WAIBEL41, SMITH33 e D'ÁVILA 5).
The present paper, exploratory and informative basically, had as main purpose, to put together data about International Migration in Brazil and the contribution of this migration to the growth of the brazilian population. For this matter an index that would proporcionate a first approximation for the estimatives of return emmigration, was build, once data on that matter is lacking. Despite the fact of the introduction having elements beyond 1872, this date was taken as inicial point, as it is of the first Brazilian National Census. It also has been analysed based on Census data, the spacial distribution by State, of the foreign population.
A Convenção determinou os direitos e deveres entre os refugiados e os países que os acolhem, garantindo, por exemplo, a não discriminação, o direito ao trabalho, à educação e às liberdades fundamentais.
3 É interessante lembrar que em Estados onde a população estrangeira é relativamente inexpressiva, há sempre um contingente maior de portugueses, italianos ou alemães; porém, o grupo árabe (turcos, sírios, libaneses e palestinos) tem em geral a segunda importância. Os Estados que não apresentaram importância tanto em relação à população estrangeira total quanto a população estadual são: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Houve Estados que em determinados censos possuiam uma população estrangeira que não era desprezível. Contudo nessas mesmas datas essas populações estrangeiras nada significam em relação às populações estaduais. É o caso da Bahia. Minas, Pernambuco e Rio de Janeiro.
Assim, os Estados passaram a temer por sua segurança interna, visto que o grande fluxo de refugiados poderia acarretar impactos econômicos, sociais e políticos em seus países. E, além disso, a falta de regulamentação e normas deixavam essas pessoas sem proteções legais e jurídicas, sendo sujeitas às políticas migratórias dos países de destino e a situações de adversidade e vulnerabilidade.
1 a proporção da população estrangeira em relação ao total da população do Brasil, para o período de 1872 a 1970, variou de 1,31% (em 1970) a 6,16% (em 1900). Alguns Estados sobressaem por terem tido continuamente na população, uma proporção de estrangeiros, maior do que aquela encontrada para o Brasil, na mesma data. São eles: Distrito Federal, hoje Guanabara, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Paraná. Outros Estados como Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina não sofreram processo de continuidade;
Dentre os Estados de imigração internacional de fronteira, o único outro que possui proporção significativa de população estrangeira é o Mato Grosso. Os outros que comentaremos não se destacam pela proporção de estrangeiros na população estadual; porém, com exceção do Amazonas, cuja categoria "outras nacionalidades" apresenta uma proporção próxima a 43%, todos os demais tem 80% da população estrangeira do Estado (ou Território) nessa situação. Vale lembrar que o Rio Grande do Sul tem percentagem maior do que 50% nessa categoria.
Com o aumento do preço do açúcar na Europa, ainda no séc. 16, Portugal decide, pelas condições favoráveis que o Brasil apresenta, incrementar aqui a cultura canavieira, uma vez que a produção de suas outras colônias do Atlântico não é suficiente (HUGON 10, p. 30). Com o advento dessa nova política, maior era a necessidade de mão de obra.
Segundo o historiador Michael H. Fisher, foi com a migração do homo-sapiens na África, há cerca de 100.000 anos atrás, que começamos a desenvolver características que contribuíram para o nosso processo identitário e cultural, como línguas complexas e organização social.
...foram esses interesses que levaram ao arrefecimento da política oficial de Colonização do governo geral, através de núcleos de europeus aos quais se facilitavam ao acesso à terra e outras formas de assistência e à sua relegação a áreas não pertencentes à faixa de expansão dos cafezais; e que promoveram, nesta, a política de imigração de trabalhadores para o amanho das terras dos fazendeiros e não de pequenas glebas que se lhes destinassem (NOGUEIRA26, p. 7).
Os anuários, por vezes, só colocam "entrada", "saída", "saldo" e aí estão incluídos permanentes e temporários. As entradas e saídas são a do ano em consideração, porém o saldo muitas vezes é negativo, porque inclui saídas de pessoas que já haviam entrado há mais de um ano.
A sua importância consiste na forma ampla em que conceitua os refugiados, considerando também aspectos locais e regionais na definição, englobando fatores como a violência generalizada, a agressão estrangeira ou outras circunstâncias que perturbem a ordem pública.
Durante os anos que o compõem (1877 a 1903) entram no Brasil 1.927.992 pessoas, o que perfaz uma média anual de 71.000. A fim de facilitar o acompanhamento dessas novas tendências, podemos dividir este período, por sua vez, em duas fases: a primeira, que se estende até 1886, e a segunda deste ano até 1903.