Para entender como a Lua influencia as marés, é importante conhecer os efeitos gravitacionais exercidos por nosso satélite natural — mas não só por ele, já que o Sol também afeta as marés, só que com efeito bem menor. É principalmente por causa da gravidade lunar que a água dos oceanos da Terra se acumula no lado do planeta mais próximo da Lua e naquele mais afastado dela, criando as marés altas; enquanto isso, entre elas, ocorrem as marés baixas.
Porque vemos o reflexo da lua na água? Quando a luz que se propaga no ar atinge a superfície da água, parte dela (parte da energia luminosa) é refletida e parte é refratada. … Quanto maior o ângulo de incidência (quanto mais rasante à superfície da água a luz incidir), tanto maior é a parte da luz refletida.
O fator Lua e Sol também é importante. Embora a força do satélite sobre a Terra seja mais de duas vezes maior que a da estrela, juntos eles resultam em marés muito mais poderosas. É o que ocorre nas marés vivas ou sizígia (fases nova e cheia), o oposto das marés mortas ou de quadratura (fases minguante e crescente):
Além disso, é nessa fase que os 3 astros, sol, lua e terra se alinham e a atração gravitacional deles se somam, provocando a elevação das correntes marítimas e as tão conhecidas marés altas.
De fato, a Lua é a principal responsável pelas marés, mas não é a única responsável para que ocorram. É que, na verdade, as marés também sofrem o efeito da força gravitacional do Sol, só que nosso astro está a cerca de 150 milhões de quilômetros de nós, enquanto a Lua encontra-se, em média, a 384.400 quilômetros da Terra. Por isso, a gravidade da nossa estrela afeta menos as marés do que aquela da Lua.
Além disso, os movimentos das marés ajudam a impulsionar as correntes marítimas. Como as correntes distribuem águas quentes e precipitações para os oceanos, elas têm grande influência nos padrões climáticos de todo o mundo; sem elas, as temperaturas regionais e os eventos climáticos poderiam ser muito mais extremos do que aqueles com os quais convivemos hoje.
Estas são as chamadas “marés grandes”, e ocorrem duas vezes a cada mês lunar. Sete dias depois de uma maré grande, o Sol e a Lua ficam em ângulos retos, que permitem que o acúmulo do oceano causado pela gravidade solar cancele, parcialmente, aquele da gravidade lunar, formando as chamadas “marés mortas”. Neste caso, as marés altas ficam um pouco mais baixas que o normal, e as baixas, mais altas.
Por exemplo, considere as estrelas do mar, caranguejos e outros seres, os quais dependem das idas e vindas das marés para sobreviver. Se fossem prejudicados pela falta delas e simplesmente ficassem ausentes, os animais terrestres e marinhos que dependem deles para alimentação também seriam afetados. Por isso, poderia haver extinções em massa.
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Da mesma forma, a Terra tem força gravitacional suficiente para manter um satélite do tamanho da Lua em sua órbita. Ao girar em torno do nosso planeta, a Lua também atrai a Terra, mas com muito menos intensidade. A força gravitacional lunar é baixa para mover o corpo sólido da Terra, mas sua composição líquida - a saber, os oceanos - é impactada.
Enquanto tudo isso acontece, a Terra continua girando. Então, no lado afastado do planeta em relação à Lua, a força rotacional do planeta é mais forte que a gravidade lunar, e essa força faz com que a água se acumule ao mesmo tempo em que tenta resistir, formando marés altas. As duas marés altas, em lados opostos, arrastam a água do restante dos oceanos; por isso, entre elas, ocorrem as marés baixas.
As correntes marítimas também possuem efeito sobre as marés. Pois, são elas que influenciam no tipo de água que está ocupando o mar, a salinidade, temperatura e velocidade.
Vale lembrar que, embora nosso planeta tenha aproximadamente 70% da superfície coberta por água, isso não significa que esta camada líquida seja distribuída uniformemente por toda a Terra. Como os continentes do planeta têm diferentes relevos, eles impedem que a água dos oceanos acompanhe totalmente o puxão gravitacional da Lua. Por isso, há lugares em que as diferenças entre as marés altas e baixas é drástica, mas em outros, nem tanto.
Pode conferir: quando vemos a Lua em fases cheia ou nova, a maré está alta; quando as fases são crescente ou minguante, a maré baixa. Mas não é a Lua em si que determina o volume das águas no oceano, mas uma equação de forças gravitacionais que envolve o satélite terrestre, o Sol e a própria Terra.
Quando a Lua está cheia ou nova, essa força está na mesma direção da atração lunar – isso torna as marés mais altas. Do mesmo jeito, nas fases minguante e crescente, parte da força gravitacional da Lua é anulada; assim, as marés baixas são menos baixas.